A festa da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é a mais importante do ciclo litúrgico, mais ainda que a do Natal, pois, como diz São Paulo: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (I Cor 15, 14).

A ressurreição de Cristo Jesus é o seu mais estupendo milagre, o fato mais glorioso de sua existência humana, a prova mais luminosa de sua divindade. É a base ou pedra angular de nossa fé. A ressurreição tem seu coroamento na ascensão, e alcançará seu triunfo completo no Juízo Universal.

A Páscoa, celebrando a vitória de Cristo e de seus fiéis sobre a morte e o pecado, representa a passagem das almas do estado de culpa à condição de filhos amados de Deus. Está intimamente coligada com o santo Batismo, o qual não só é figura dessa vitória e passagem, mas a efetua, conferindo a vida espiritual da graça.

Por isso o tempo da Páscoa deve lembrar-nos as exigências morais da vida nova adquirida no Batismo , que se assentam no princípio enunciado por São Paulo: ressuscitado com Cristo, o cristão levanta as suas aspirações para o Céu, para desprender-se das satisfações terrenas, e saborear as coisas do alto. Caberá ao Espírito Santo acabar de formar no batizado “o homem novo” que, pela santidade de vida, será testemunha de Cristo ressuscitado.

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