De Santa Bibiana diz o Martirológio Romano neste dia: “Em Roma, a paixão de Santa Bibiana, virgem e mártir que, sob o sacrílego imperador Juliano, foi açoitada com bolas de chumbo, pela causa de Cristo, até render o espírito”.

         Santa Bibiana, viveu e deu sua vida pelo Redentor durante o infausto reinado de Flávio Cláudio Juliano (331-363), mais conhecido com o terrível epíteto de “Juliano, o Apóstata”. Esse imperador, nascido em Constantinopla, tinha renegado o batismo e, durante seu reinado efêmero, procurou aniquilar o cristianismo, substituindo-o por uma espécie de paganismo rejuvenescido. Para isso, deu liberdade de ação ao cristianismo mas também a todas as seitas eréticas, na esperança de que eles se destruíssem uns aos outros. Publicou também leis escolares tendentes a provocar a apostasia das crianças cristãs, como agora está sendo feito não só na China comunista – que está proibindo que as crianças sejam levadas às igrejas, para não serem “doutrinadas” – mas em todo o mundo.

Embora Juliano não tenha publicado editos sangrentos contra os seguidores de Cristo, tornou-os de tal forma odiosos aos pagãos, que alguns deles foram torturados aqui e acolá e mortos impunemente por funcionários que queriam ganhar as boas graças do Imperador apóstata. Foi o que se deu com Santa Bibiana.

         A bem-aventurada mártir nasceu em Roma. Seu pai, Flaviano, antigo prefeito de Roma, por ser cristão, foi marcado na testa com o ferrete de escravo, e mandado para as Águas Taurinas, onde morreu das privações que sofreu. Sua mãe, Dafrosa, foi decapitada. Sua irmã também morreu mártir. De seu pai, São Flaviano, diz o Martirológio Romano no dia 22 de dezembro: “Em Roma, São Flaviano, antigo prefeito da cidade, marido da bem-aventurada mártir Dafrosa, pai das bem-aventuradas virgem e mártires Bibiana e Demétria”.

Desde menina Bibiana praticava os mandamentos, dedicando-se também às obras de misericórdia.

         No ano de 363, essa virgem foi presa por um prefeito chamado Fausto, que a todo custo quis fazê-la adorar os ídolos. Mas a jovem defendeu sua fé com tal ardor, que converteu o prefeito, de modo que ele também derramou seu sangue por Cristo, sendo também venerado como mártir.

Basílica em honra de Santa Bibiana.

         Levada diante do juiz, como ela não aceitasse sacrificar aos deuses e continuava firme em sua fé, foi açoitada, como diz o Martirológio, com açoites com chumbo, até dar sua vida por Cristo em 363.

         Seu corpo ficou insepulto por dois dias, depois dos quais um sacerdote chamado João o enterrou junto ao sepulcro de seus pais e de sua irmã Demétria. Logo surgiu no local uma capela, e mais tarde a atual basílica, sobre o Esquilino.

Essas são as informações sobre a Santa dadas pelo biógrafo do papa Simplício (468-83), que atribui a este pontífice a construção da basílica em honra da bem-aventurada mártir.

O Martirológio Romano Monástico diz dela que “nem seis meses passados na companhia de uma mulher devassa, conseguiram corromper sua fé e sua virtude”.

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