Natural de Aquila na Campânia italiana, no século II, Vitorino e seu irmão Severino eram bem ricos, mas venderam seu patrimônio, distribuindo o produto pelos pobres. Vitorino se retirou depois para o deserto, onde levava vida de contemplação e penitência. Sua virtude e santidade logo se tornaram conhecidas porque começou a resplandecer com milagres, curando enfermos de todas as moléstias, ressuscitando mortos, e expelindo demônios.

Morto o bispo de Áquila o povo, como era costume na época, o aclamou para sucedê-lo. Vitorino foi então ordenado sacerdote e sagrado bispo. Governou sua diocese com muita sabedoria, sendo um exemplo de vida santa, palmilhada de milagres. Por ordem do imperador Nerva ele foi aprisionado por sua fidelidade a Cristo, e pendurado de cabeça para baixo sobre águas mefíticas e sulfurosas, entregando sua alma a Deus depois de muito sofrimento no terceiro dia que, segundo a tradição, correspondia ao dia 5 de setembro do ano 100. Dele diz o Martirológio Romano neste dia: “Num subúrbio de Roma, o bem-aventurado Vitorino, bispo e mártir. Notável pela sua santidade e milagres, foi eleito bispo da cidade de Amiterno (Áquila), por sufrágio de toda a população. Mais tarde, no império de Nerva Trajano, foi relegado com outros servos de Deus para Cutilias, onde manam águas mefíticas e sulfurosas. Suspenso de cabeça para baixo por ordem do juiz Aureliano, sofreu ali durante três dias, pelo nome de Cristo. Afinal, após glorioso martírio, passou triunfantemente desta vida ao Senhor. Os cristãos arrebataram o corpo, e deram-lhe honrosa sepultura em Amiterno, no Abruzzo”.

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