Este santo, conhecido também como “o Negro”, ou “o Africano”, segundo a versão mais aceita, nasceu na Sicília, em 1524, numa família pobre, descendente de escravos etíopes. O Santo foi pastor, tornando-se depois eremita. Para obedecer a uma ordem do Papa, ingressou posteriormente como irmão leigo na Ordem Franciscana, no convento de Santa Maria de Jesus, nas imediações de Palermo. Ali notabilizou-se como cozinheiro milagroso, pois, com frequência, os Anjos do Céu desciam para ajudá-lo na preparação das refeições.
Por sua piedade, sabedoria e sobretudo santidade, foi eleito Superior do mosteiro. Apesar de iletrado e ser apenas irmão leigo, eram tais os dons e carismas com os quais a Divina Providência ornava sua alma, que logo se notabilizou por um sem número de milagres e prodígios. Seus irmãos o consideravam iluminado pelo Espírito Santo, pois fazia muitas profecias. Ao terminar o tempo determinado como Superior, reassumiu com muita humildade e alegria suas atividades na cozinha do convento.
Quando faleceu em 4 de abril de 1589 aos 65 anos de idade, já era considerado Santo. De modo que, a 7 de maio de 1592, três anos após sua morte, seu corpo, incorrupto e exalando suave perfume, foi colocado numa urna instalada em cavidade aberta na parede da sacristia da igreja de Santa Maria de Jesus. Entretanto, a sacristia logo transformou-se em capela, com o povo cantando, rezando, pagando promessas. Isso durante dezenove anos a fio.
No dia 3 de outubro de 1611, com a presença do Cardeal Dória, o corpo de São Benedito foi transladado novamente para magnífica urna de cristal numa capela lateral da própria igreja de Santa Maria de Jesus, no antigo convento franciscano, a três quilômetros de Palermo, cidade que, antes mesmo do reconhecimento oficial da Igreja, tomou-o por Padroeiro, em 1652.