Nuno Álvares Pereira nasceu no dia 24 de junho de 1360, filho sacrílego do Prior do Hospital, D. Álvaro Gonçalves Pereira, e de Iria Gonçalves de Carvalhal, criada da Corte. O rei D. Pedro I o legitimou no ano seguinte. Aos 13 anos Nuno entrou para o séquito do rei D. Fernando, e logo se distinguiu num reconhecimento militar, quando o exército castelhano marchava sobre Lisboa. Foi então armado Cavaleiro.

Embora quisesse fazer o voto de castidade, o pai o obriga a casar-se com a viúva Da. Leonor de Alvim, em 1376, com quem teve uma filha, Da. Beatriz.

D. João o chama para seu Conselho de Governo e, em 1384 ele obtém seu primeiro êxito de vulto, e é nomeado Conde de Ourém.

Em 1385, com a ajuda de Nuno Álvares, D. João é aclamado rei, e o nomeia Condestável. Nessa qualidade, o ínclito guerreiro conquista a província do Minho em ações militares fulminantes. Depois é ferido na batalha de Aljubarrota, na qual desbarata a soberba cavalaria de Castela e consolida a independência de Portugal.

Em outubro de 1388, sendo já viúvo, o Condestável inicia a construção da capela de São Jorge, em Aljubarrota. E continua suas proezas bélicas até que, em 1397, instala no convento de Lisboa os frades da Ordem do Carmo. Em 1401 é realizado o casamento de sua filha Beatriz com o bastardo régio, D. Afonso, Conde de Barcelos, legitimado pelo rei.

Livre dos deveres familiares, a vida religiosa o atrai de novo, de modo que, em 15 de agosto de 1423, professa na Ordem do Carmo. Nuno Álvares traz em si, desde o princípio, a vocação do serviço de Deus, para além de quaisquer outros senhores. E no serviço de Deus se extingue no dia 1º. de abril de 1431, abraçado ao crucifixo, na pequena cela do Carmo, acompanhado até o fim pelo rei e pelos infantes, chorado por mil desamparados que protegeu.

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