Festa instituída por São Pio V em ação de graças pela vitória em Lepanto contra os maometanos em 1571, por Dom João de Áustria. O Papa santo havia promovido grandes procissões em Roma nesse mesmo dia, sobretudo pelos membros da confraria do Rosário, implorando a proteção da Santíssima Mãe de Deus. Em ação de graças, instituiu então essa festa para a Ordem Dominicana.

          Dois anos depois, o mesmo Pontífice permitiu que a festa fosse comemorada nas igrejas onde houvesse um altar dedicado ao santo Rosário. Mais tarde, em 1671, Clemente X estendeu a festa à toda Espanha.

          Finalmente, em 1716, por ocasião da importante vitória sobre os turcos ganha pelo Príncipe Eugênio no dia 6 de agosto na Hungria, Clemente XI ordenou que a festa do Rosário fosse celebrada em toda a Igreja universal. Leão XIII, por sua vez, acrescentou à Ladainha Lauretana a invocação “Rainha do Santíssimo Rosário”.

          Era costume entre os nobres da Idade Média, como outrora entre os romanos, pôr na cabeça de quem se queria honrar uma coroa de flores. Isso ocorre de certo modo nos países do Oriente, nos quais ainda hoje homenageiam com uma coroa de flores àqueles que querem bem. Antigamente estas eram oferecidas na Europa a título de vassalagem. Querendo honrar a Virgem Maria como nossa Mãe e Senhora, também a Igreja nos exorta a oferecer-lhe uma tríplice coroa de rosas de orações, a que dá o nome de Rosário.

          No decorrer dos séculos, a própria Rainha dos céus fez-se fiadora da eficácia desta excelente oração, concedendo inúmeras graças àqueles que a rezassem. É a Ela que a Igreja atribui seus maiores triunfos. Assim, foi por seu impulso e inspiração que São Domingos fez do Rosário a arma poderosa para combater a heresia dos Albigenses. Os Sumos Pontífices atestam que “pelo Rosário, todos os dias desce uma chuva de bênçãos sobre o povo cristão” (Urbano IV). “É a oração oportuna para honrar a Deus e a Virgem, como para afastar para bem longe os iminentes perigos do mundo” (Sisto IV). “Propagando-se esta devoção, os cristãos entregues à meditação dos mistérios, inflamados por esta oração, começarão a se transformar em outros homens, as trevas das heresias dissipar-se-ão, e difundir-se-á a luz da fé católica” (São Pio V). “Para levar a cabo empresa tão difícil como é reconduzir a família à lei do Evangelho, um dos meios mais eficazes é a reza do terço em família” (Pio XII).

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