Esse santo praticamente desconhecido no Brasil foi Procurador Geral da Ordem do Carmo na corte do Papa Clemente VI, em Avinhão, bispo de Patti e Lipari, legado papal junto a reis e imperadores para consolidar a paz entre eles e promover a união com as Igrejas Orientais, arcebispo de Creta, e Patriarca Latino de Constantinopla.

Devoto da Virgem Maria, Procurador Geral da Ordem do Carmo, combateu os muçulmanos que ameaçava invadir a cristandade.

São Pedro Tomás nasceu em 1305 em Salimaso, aldeola do Perigord, na França, numa família pobre, que tinha como única riqueza sua fé católica. Muito cedo entrou para o convento carmelita, onde professou aos 20 anos de idade. Foi ordenado sacerdote seis anos mais tarde. Colou depois grau na famosa Universidade de Paris, dedicando-se ao ensino.

Em 1342 foi nomeado Procurador Geral da Ordem do Carmo. Segundo alguns, foi nessa função que ele recebeu de Nossa Senhora a promessa da perpetuidade de sua Ordem. Mudou-se então para Avinhão, onde estava a corte papal durante o chamado Cisma do Ocidente.

O papa Inocêncio VI, reconhecendo seu valor, nomeou-o seu legado, e como tal o enviou a Genova. No ano seguinte nomeou-o bispo de Patti e Coron, e o enviou como seu representante junto ao imperador Carlos IV. Nessa qualidade ele passou depois pela Sérvia para tratar da reconciliação dos cismáticos com a Santa Sé. Foi depois à Hungria e finalmente a Constantinopla, a fim de negociar a reunião dos assim chamados “ortodoxos” com Roma.

Entretanto, em meio a todas essas ocupações, Pedro Tomás distinguia-se como um notável pregador e confessor admirável, que movia os corações mais endurecidos.

Uma outra missão que teve São Pedro Tomás foi a de, como Legado Universal para o Oriente, pôr-se à frente de uma expedição militar visando deter os turcos que ameaçavam não só Constantinopla, mas toda a Cristandade. Não sabemos qual foi o fim dessa expedição, mas Constantinopla não resistiria por muito tempo, e cairia em 1453, pondo fim ao Império Romano do Oriente.

Região onde nasceu São Pedro Tomás.

Os carmelitas apontam o Santo como sendo, já em sua época, um ardoroso defensor da Imaculada Conceição. Sua ardente devoção à Santíssima Virgem foi sempre o farol que iluminou todas suas ações. Sempre que podia, o Santo, mesmo sendo bispo e depois Patriarca, hospedava-se nos conventos de sua Ordem, cumprindo com exatidão todos os pontos das Regras, principalmente no que diz que o carmelita deve “meditar dia e noite na lei do Senhor”. 

Logo que Pedro Tomás faleceu em 6 de janeiro de 1365, os milagres operados por sua intercessão vieram proclamar sua santidade. Alguns livros dos Carmelitas o apresentam como mártir, pois ele sucumbiu, “reduzido a pele e ossos”, em decorrência de ferimentos recebidos quando à frente de batalhas.

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