Desse santo diz o Martirológio Romano neste dia: “Em Roma, o senador Santo Apolônio que, sob o imperador Cômodo e o prefeito Perênio, foi denunciado como cristão por um escravo. Intimado a justificar sua fé, escreveu uma magnífica apologia, e leu-a em plenário. Por ódio a Cristo, o Senado o sentenciou, todavia, a que fosse decapitado”.
Contrariamente ao que acontece com os mártires dos primeiros séculos da Igreja, dos quais, naquele tempo tumultuado de perseguições não era possível escrever o relato do martírio de cada um, e consequentemente temos poucos dados deles, com Santo Apolônio, apesar de ter vivido no II século e durante ímpia perseguição, existem quatro diferentes fontes sobre sua vida.
A primeira é um relato de julgamento incorporado na História Eclesiástica, do escritor da História Eclesiástica, Eusébio de Cesaréia. São Jerônimo dedicou também um capítulo, o 40, sobre ele na sua conhecida obra “De Viris Illustribus”. Enfim, há duas versões de sua Passio, uma grega e outra armênia, que foram descobertas no final do século XIX.
Segundo essas fontes, Apolônio era um romano ilustre, senador, excepcionalmente talentoso e versado em filosofia. Denunciado como cristão ao prefeito pretoriano Perênio – segundo o Martirológio Romano, por um escravo – ele foi intimado a se defender perante o Senado. Apolônio já fora submetido a duas investigações, a primeira por Perênio, e a segunda, três dias depois, por um grupo de senadores e juristas. Como se tratava de pessoa de categoria, as audições foram conduzidas com calma e de maneira cortês, sendo-lhe permitido que falasse sem interrupções. O santo então, com toda calma, afirmou: “Eu sou cristão não só de palavras, mas de fato. E meu maior desejo é o de dar minha vida em testemunho da minha fé em Cristo”. E acrescentou: “Há algo melhor esperando por mim: a vida eterna, dada a quem viveu bem na terra”. Como resultado, foi condenado à morte com base na lei outorgada pelo imperador Trajano, embora o Martirológio fale que ele recebeu o martírio por ordem do imperador Cômodo.
Após exortar a muitos à conversão do paganismo para a verdadeira religião, aceitou o martírio, e entrou na eterna felicidade junto a Deus e a seus santos.