Proviniente de uma família patrícia de Veneza, Gregório João Gaspar nasceu a 18 de setembro de 1625. Aos quatro anos perdeu a mãe, cabendo ao pai, católico enérgico e exemplar, educar os filhos na senda da virtude.

Em 1643, aos 18 anos, Gregório tornou-se secretário do embaixador de Veneza, Contarini, e o acompanhou à Alemanha para tratar das negociações realizadas em vista da conclusão do Tratado de Vestefália.

Estando em Münster, travou conhecimento com o núncio apostólico, Fábio Chigi, que logo lhe dedicou a mais alta estima.

Gregório completou seus estudos eclesiásticos na Universidade de Pádua, sendo ordenado sacerdote em 1655.

Ocorreu então que, tendo o cardeal Chigi subido ao trono pontifício com o nome de Alexandre II, nomeou Barbarigo cônego de Pádua e prelado da Casa Pontifícia. Dois anos mais tarde, o mesmo Papa, que reinou de 1655 a 1667, colocou-o à frente da diocese de Bérgamo.

Nela o santo pôde desenvolver plenamente seu trabalho pastoral, fundando escolas e instituições de caridade, e dedicando-se inteiramente às suas ovelhas durante uma grave peste que atingira a cidade.

Em 1660 São Gregório foi nomeado Cardeal, e quatro anos depois, transferido para a sé de Pádua, onde ficou até a morte. Ele instalou o seminário da diocese no antigo mosteiro de Vanzo, mandou vir para nele ensinarem professores notáveis de todas as regiões da Itália e mesmo do estrangeiro, dotou-o de uma das melhores tipografias que então conheceu a Itália, donde saíram obras religiosas nas línguas orientais e eslavas, destinadas a favorecer o regresso ao seio da verdadeira Igreja dos que dela se afastaram com o cisma. Pois esse santo bispo aplicou-se com todas as forças para o regresso dessas cristandades dissidentes do Oriente.

Ainda em Pádua, o santo cuidou da assistência aos necessitados por meio de uma organização ligada à Companhia da Doutrina Cristã, assistindo, só em sua cidade episcopal, 7 mil adultos e 6 mil crianças. Fundou também casas para acolher as jovens pobres em risco de perdição.

São Gregório Barbarigo faleceu em sua cidade episcopal em 18 de junho de 1697. Devido à sua fama constante de santidade, foi beatificado por Clemente XII em 1761, e canonizado de modo eqüipolente, quer dizer, sem necessidade de um milagre, por seu conterrâneo João XXIII, em 1960. Este, no seu discurso em sua canonização, afirmou que elevou São Gregório João Barbarigo ao posto que ele merecia ocupar na Igreja.

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