A Igreja inteira festeja hoje a dedicação das duas grandes basílicas romanas, São Pedro do Vaticano, e São Paulo extra-muros.

A basílica de São Pedro está construída sobre o túmulo do príncipe dos Apóstolos, perto do circo de Nero, onde foi executado. Escavações recentes confirmaram que a basílica atual, como a anterior, foi realmente construída sobre o túmulo do Apóstolo. Como diz o papa Pio XII, sua “gigantesca cúpula lança sua curva exatamente por sobre o túmulo do primeiro Pastor da Igreja”.

Ela foi consagrada por Urbano VIII no dia 18 de novembro de 1626.

Situada na Praça de São Pedro, a sua construção recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais como Bramante, Michelângelo, Rafael e Bernini.

Maior e mais importante edifício religioso da Cristandade, a Basílica de São Pedro é um dos locais cristãos mais visitados do mundo.

Por outro lado, a basílica de São Paulo, do outro lado da cidade – uma das quatro basílicas papais da Cidade Eterna –, foi edificada sobre o túmulo do Apóstolo dos gentios. Quase completamente destruída por um incêndio em 1823, foi depois reedificada com esplendor por Gregório XVI e pelo beato Pio IX. Ela foi re-consagrada pessoalmente por esse papa santo em 10 de dezembro de 1854. No entanto, manteve-se a celebração do aniversário das duas dedicações no dia 18 de novembro.

É interessante que, para o fim das obras de reconstrução, muitos países mesmo não católicos contribuíram. O vice-rei do Egito enviou pilares de alabastro, o imperador da Rússia as pedras preciosas malaquita e lápis-lazuli para o sacrário. A fachada principal de frente para o Tibre foi completada pelo governo italiano, que declarou a igreja um monumento nacional.

Vale a pena ressaltar que essa basílica é uma das propriedades extraterritoriais da Santa Sé em território italiano, apesar de ficar fora do Vaticano.  Está localizada no “Quartiere Ostiense” da capital. Isto significa que o território da basílica é inteiramente propriedade e  parte da Santa Sé, e que a Itália está legalmente obrigada a reconhecer a soberania papal no local,  e a conceder-lhe “imunidade concedida pelo Direito Internacional às sedes de agentes diplomáticos de estados estrangeiros”.

As inscrições na basílica de São Paulo falam-nos da fé e estima dos fiéis: “Paulo, sepultado aqui, levantou-se mais alto que o céu. Ele, a quem todo o orbe é devedor da sua fé em Cristo”; e “Esta é a Sede da fé, onde o Soberano Dominador liberta as almas, as purifica na fonte sagrada, e as toma sob a sua proteção”.

São Gregório Magno diz-nos que, no seu tempo (século VI), as duas basílicas eram famosas pelo número dos seus milagres, e que os fiéis lhes tinham tal respeito e veneração, que não se atreviam quase a aproximar-se delas.

O Martirológio Romano diz dessas duas basílicas nesta data: “Em Roma, a dedicação das Basílicas dos santos Apóstolos Pedro e Paulo. A primeira foi restaurada e ampliada pelo sumo pontífice Urbano VIII, que a consagrou no dia de hoje. A segunda, que fora inteiramente destruída por um lutuoso incêndio, Pio IX reedificou-a com a maior magnificência, e consagrou-a solenemente no dia 10 de dezembro. Decretou que o aniversário dessa dedicação fosse celebrado também no dia de hoje”.

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