1945: Povo paulista se consagrou a Nossa Senhora e repudiou o comunismo

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Na importante data de hoje, festa de Nossa Senhora do Carmo, comemoramos o 70° aniversário da Consagração da Arquidiocese de São Paulo ao Coração Imaculado de Maria. Publicamos abaixo o texto do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, no jornal Legionário, sobre a importância do evento na época.

Legionário, Nº 675, 15 de julho de 1945

Até 1789, o mundo não conheceu a aberração que se chama o agnosticismo de Estado. Nos povos pagãos como nos cristãos era convicção, que não sofria controvérsia, o caráter religioso de que se deveriam revestir todas as manifestações da vida pública. Nas grandes monarquias, nas repúblicas aristocráticas ou burguesas, todos os acontecimentos de relevo da vida civil eram comemorados de modo religioso: investidura de chefes de Estados, celebração de heróis nacionais, glorificação de feitos de armas notáveis, expressão dos grandes lutos nacionais, tudo se fazia em cerimônias de culto, como a sagração, as missas de ação de graças ou de requiem, os Te Deum, etc. Esses atos, como é bem de ver, não tinham um caráter exclusivamente simbólico ou alegórico. Se bem que servissem também para manifestar de modo oficial o louvor, a alegria ou a tristeza nacional, eles tinham também um conteúdo muito real, que era o ato religioso pelo qual a coletividade nacional, como tal, referia ao Criador suas alegrias e suas dores, sua glória e seu infortúnio, adorando, agradecendo, expiando ou suplicando graças, oficialmente reunida aos pés do Deus três vezes Santo.

Com a Revolução Francesa começaram os atos públicos de caráter meramente leigo. Esses atos procuravam copiar as manifestações públicas de fundo religioso do Ancien régime – “ersatz” que não raras vezes foi simiesco, como a adoração de uma atriz seminua, que representava a Deusa Razão. Despidas forçosamente essas manifestações de seu conteúdo real, que era religioso, ficaram elas reduzidas à condição de fórmulas ocas, sem nenhum outro valor que o de uma fria alegoria.

Nestes 150 anos de laicismo, a composição de alegorias cívicas evoluiu sem dúvida, e aos poucos se encontraram, nesse terreno, fórmulas tocantes, expressões de grande formosura literária ou cênica, perfeitamente capazes de impressionar uma grande multidão. Mas, no fundo de todas elas, fica sempre a impressão das alegoria que não são senão uma figura fugitiva e impalpável da realidade, de alegorias que se desvanecem logo depois da cerimônia, e que passam como passam todas as coisas da terra.

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Infelizmente, a ignorância religiosa das massas, aí como em tudo, teve efeito nefasto. À força de sentir um conteúdo meramente alegórico e convencional nas manifestações laicas do Estado, as massas transpuseram erradamente essa impressão para as cerimonias da Igreja. Tendência perigosíssima, como facilmente se vê, que no caso concreto da consagração ao Coração Imaculado de Maria tem um efeito danoso.

Para compreendermos bem o ato com que a manifestação abriga o seu ápice, devemos antes de tudo varrer do espírito qualquer ideia de cerimonia meramente simbólica e figurativa. A consagração da Arquidiocese à Nossa Senhora não foi apenas uma expressão empolgante da devoção mariana de nosso povo. Nem foi só uma atitude da Autoridade Eclesiástica com o fim de impregnar na massa mais piedade para com a Santíssima Mãe de Deus. Houve algo de real naquele ato e é isto que nos importa conhecer. Esse quid de real é tão autêntico, tão profundo, tão vivo, que, ainda que não se tivesse passado na escadaria da Catedral mas, em uma modesta capela; ainda que não se tivesse dado aos olhos de dezenas de milhares de fiéis, mas em qualquer cubículo de catacumba; ainda que não fosse feita em presença da imagem da Senhora Aparecida mas diante de um modesto e obscuro quadrinho, conservaria toda a sua realidade, íntegra e intacta.

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Quando uma Arquidiocese se consagra a Nossa Senhora, ou, mais especialmente a seu Imaculado Coração, seu ato pressupõe várias disposições internas, das quais queremos focalizar:

1 – renuncia formalmente a tudo quanto a incompatibilizava com a Virgem Santíssima, isto é a todos os pecados, a todas as heresias, a todo o desleixo na prática da Religião;

2 – propósito de honrar, servir, glorificar de modo muito especial a Nossa Senhora;

3 – e suplica que ela aceite essas disposições, e cubra com Sua especial assistência a pessoa que assim a ela Se consagra.

Na consagração, poremos, pois, um propósito negativo: nada fazer contra Aquela a quem nos consagramos. Um propósito positivo: fazer tudo por Ela. E uma súplica: que Ela aceite essa oferenda e por sua vez nos cubra com sua especial tutela.

Ora, nada disto é simbólico. Quando seriamente pensado, querido, executado, é de uma realidade e de uma gravidade transcendental. E nem estas coisas podem ser feitas sem maturidade e ponderação: pois que fazê-las levianamente seria, ao pé da letra, tomar em vão o Santo Nome de Deus.

De nossa parte, a consagração é muitíssimo séria. Mais ainda, ela o é da parte de Nossa Senhora.

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Com efeito, aparecendo aos pastores de Fátima, a Virgem Santíssima prometeu as maiores graças, como fruto da consagração a seu Imaculado Coração. Inútil insistir sobre a importância de uma promessa dAquela a quem a Igreja chama de Virgo Fidelis. Em rigor, porém, por mais confortadora que essa promessa seja, ela não é indispensável. Com efeito Nossa Senhora é Mãe. Qual a mãe zelosa que ouviria distraidamente, negligentemente as carícias de seus filhos? Qual a Mãe que diante de sua família, toda reunida para lhe tributar homenagem, houvesse de desviar indiferente o pensamento, e houvesse de retribuir, com a máxima frieza interior, a todo o carinho de que estivesse sendo objeto? Tendo diante de si uma Arquidiocese inteira, Maria Santíssima haveria de se mostrar indiferente a essa consagração? Haveria de fechar os olhos a nossos propósitos e recusar nossa súplica?

Evidentemente, jamais. E por mais profunda que fosse a excelência de disposições do melhor e do mais santo dos povos, em se consagrar a Maria Santíssima, ainda muito mais profunda é a Sua deliberação em aceitar e corresponder a nossa consagração.

De onde se deduz, tudo bem pesado, que o fruto da consagração é o estabelecimento de um vínculo real e especial, entre o Coração de Maria e nós, e que esse vínculo, pondo-nos em posição privilegiada perante a Rainha do Céu, influirá de modo feliz em toda a economia espiritual do Arcebispado.

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Mas, dir-se-á, se os frutos dessa consagração são de tal maneira condicionados a nossas disposições interiores, que eficácia podemos dela esperar? Quem de nós confia a tal ponto em si mesmo, que possa ter a certeza de que seu oferecimento agradou?

Evidentemente, um firme propósito comum é suficiente para que a consagração produza todos os seus frutos. Mas há mais. E aí tocamos em um dos pontos nevrálgicos da questão. Desde que a consagração seja feita por quem tem autoridade para falar oficialmente em nome da Arquidiocese, tem uma eficácia intrínseca que é indiscutível.

Ora, o Exmo. Revmo. Sr. Arcebispo Metropolitano é o Chefe da grei espiritual paulopolitana, e tem todos os poderes para falar em nome do Arcebispado. O ato oficialmente praticado por ele, como Arcebispo, tem aos olhos de Maria Santíssima uma eficácia que nossos pecados não conseguiriam delir.

No momento pois, em que a fórmula oficial da consagração for recitada por S. Excia. Revma., é certo que algo de objetivo e de real se passou: Nossa Senhora acolheu a consagração, e aceitou a especial tutela sobre todo o Arcebispado.

Nesta verdade sólida, singela, imensamente real, está uma beleza tão grande, que é desnecessário ser profeta para prever que o momento da consagração será o mais belo daquela grande noite.

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Juramento do povo paulista à Senhora Aparecida

Juramento do povo paulista à Senhora Aparecida - contra o comunismo

“Ó meu Deus!

“Na Vossa presença e diante da Imagem da Virgem Aparecida, neste momento solene, juro fidelidade à minha fé até a morte.

“Juro defender a minha Igreja contra os assalto dos seus inimigos, sejam eles quais forem. Prometo obediência aos Bispos, ministros da Igreja e responsáveis pelas almas diante de Deus.

“E porque Vos amo e à minha Igreja, repudio, detesto, abomino a doutrina comunista, por ser contrária à minha fé católica. Nunca darei meu nome a seitas condenadas pela minha Igreja.

“Deposito este juramento e esta promessa nas mãos sagradas da Virgem Aparecida, Padroeira do Brasil, a quem amo e consagro o meu coração”.

7 COMENTÁRIOS

  1. Jácomo Fenólio, parabéns por sua rebatida a um irmão protestante. O que você esreveu, fiz o mesmo que Garcia de Sena, também tirei cópia para levar aos meus irmãos Congregados Marianos, para que eles com coragem, sem querer ofender, aprendam a rebater as ofensas que são feitas a Nossa Senhora por filhos debandados. Mais uma vez, PARABÉNS JÁCOMO FENÓLIO.

  2. Jácomo Fenólio,

    A Admiração é uma das mais frágeis virtudes, por isto que, lendo o comentário do Sr. Jácomo Fenólio não resisti. Tirei cópia do mesmo para meu uso pessoal e lhe manifesto minhas sinceras felicitações.

  3. Que pena caro irmão Sérgio que o sr.se esforce tanto para desmerecer o valor, o papel da Santíssima Virgem na economia da Salvação. Não fomos nós que A colocamos na posição tão excelsa que Ela ocupa….FOI DEUS!!!Jesus poderia ter vindo ao mundo e realizar a Redenção sem precisar d’Ela. MAS ELE QUIS VIR ATÉ NÓS ATRAVÉS DELA! TERIA ELE SE EQUIVOCADO EM SUA DECISÃO??? Seria uma pavorosa blasfêmia pensar assim. Já enfatizei uma vez e o faço de novo: ELA É “MÃE DE DEUS” PORQUE JESUS É DEUS. E isto está também na sua Bíblia! É verdade que a infeliz reforma minguou alguns livros da Sagrada Escritura “desde há muito reconhecidos pelo Sagrado Magistério”. Porém, o “DONDE ME VEM ESTA HONRA DE VIR A MIM A MÃE DO MEU SENHOR? está na Bíblia que o sr. carrega. QUEM inspirou Isabel a dizer isto?!..NÃO HÁ O QUE DISCUTIR!!!Ademais,consagrar-se a Nossa Senhora é CONSAGRAR-SE A DEUS Da maneira mais singela, mais honrosa, mais eficaz! Caro Sérgio fique imensamente feliz porque ELA tem grande apreço por si…independentemente de seus disparates. Se lhe é difícil perceber neste mundo o quão precioso é ser DEVOTO DE MARIA…terá enfim toda uma eternidade para corresponder-LHE! Nem o livro a que se refere, nem nenhum outro livro têm poder algum para descaracterizar a APARECIDA, A BENDITA ENTRE AS MULHERES! Em qual congregação se verifica o cumprimento da PROFECIA:”POR ISTO, DESDE AGORA, ME PROCLAMARÃO BEM-AVENTURADA TODAS AS GERAÇÕES”?…O CATÓLICO não está impedido de falar diretamente com Deus. Eu faço isso todo santo dia. Assim como todo santo dia recorro à VIRGEM MARIA apresentando-lhe minhas súplicas, minhas necessidades, meus louvores e agradecimentos a DEUS…Porque sou fraco, sou pequeno!E me empenho por seguir SUA recomendação:”FAZEI O QUE ELE VOS DISSER”. VIVA JESUS! SALVE MARIA!

  4. É muto curioso a crença de alguns protestantes como este Sergio Peffi. Tão “”seguro”” no que afirma para atacar a Igreja Católica porque nela não acredita, no entanto dar todo credito a um ex-padre… Viva Nossa Senhora Aparecida Padroeira e Rainha do Brasil.

  5. É uma pena que o povo Paulista tenha jurado a Aparecida, e não a DEus e seu Filho Jesus Cristo, ou até a Tribdade Eterna, pois este Deus sim é verdadeiro e todo póderoso para nos proteger. Aparecida, infelizmente é uma mentira inventada por um Padre da cidade de Aparecida para se safar de punição de sua diocese por causa de seu fraco desempenho. Leia o Livro do ex-padre Anibal (falecido) que foi padre muitos anos em Guaratinguetá ao lado de Aparecida, o livro tem o titulo de NOSSA SENHORA APARECIDA – OUTRO CONTO DO VIGÁRIO.

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