Antigamente se celebrava neste dia a festa do Imaculado Coração de Maria. Esta celebração foi criada pelo Papa Pio XII em 1944, para que, por intercessão de Maria se obtivesse “a paz entre as nações, liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores, amor à pureza e a prática da virtude”.
Com a controvertida reforma litúrgica de Paulo VI, esta tornou-se uma festa móvel, a ser celebrada no dia seguinte à festa do Sagrado Coração de Jesus. Em seu lugar foi transferida, do dia 31 de maio, para hoje a festa de Nossa Senhora Rainha.
O título de “Rainha”, com que honramos a Virgem Mãe de Deus, não é um novo título que os fiéis lhe queiram atribuir sem que lhe pertença por direito. Ela é a Mãe do grande Rei, do sumo Rei, do eterno Rei do universo. Por isso, esse título convém sumamente a Maria Santíssima: pertence-lhe, porque Deus a criou Rainha do universo, sendo Ela superior em santidade e poder, a quaisquer outras criaturas angélicas e humanas. Maria é Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, Rainha do Céu e da Terra. Ela é a Rainha que o próprio Deus glorificou, dando-lhe o trono mais elevado na Pátria celestial.
Para nos convencermos de que o título de Rainha foi constantemente atribuído a Maria, é suficiente conhecermos os escritos dos Santos Padres dos primeiros séculos da Igreja: Santo Atanásio, São João Damasceno, Santo Efrém e outros a invocaram e saudaram frequentemente com o nome de Rainha.
Filha de sangue real, descendente de Davi, Ela deu à luz ao próprio Rei dos séculos, o Rei da glória, Jesus Cristo. Ela sempre se acha perto do seu Filho Rei: em Belém, em Nazaré, sobre o Calvário e também nos esplendores da glória eterna.
Foi pois respondendo ao voto unânime dos fiéis e pastores, que o papa Pio XII, pela encíclica de 11 de outubro de 1954, instituiu a festa de Maria Rainha, sancionando assim o culto que já todos os cristãos professavam no seu coração, à soberana do Céu e da Terra.