Um dos grandes esteios da Santa Igreja no seu tempo, Pio XII, quando o canonizou em 1950, chamou-o de “Santo de todos”. Isso porque, diz o Pontífice, “nele olham os artesões, os sacerdotes, os bispos e todo o povo cristão, já que se encontram nele exemplos preclaros com que se alentar e encorajar-se, cada qual segundo seu estado, nessa perfeição cristã da que unicamente podem sair, nas perturbações presentes, os oportunos remédios e atrair tempos melhores”.

Antônio nasceu em Sallent, perto de Barcelona, aos 23 de dezembro de 1807. Seguindo o desejo de seu pai, trabalhou primeiro – e com muito êxito –, na indústria têxtil; mas o Senhor escolheu-o para vida mais alta. Ordenou-se sacerdote em 1835, e julgou-se chamado ao apostolado entre os infiéis.

Deixando assim o ministério paroquial, foi a Roma em 1840, para solicitar esse destino à Congregação da Propaganda. Mas Deus queria-o noutro lugar.

Enviaram-no de volta à pátria para aí exercer o apostolado da pregação. Nesta missão percorreu em todos os sentidos a Catalunha e as Canárias, tocando e convertendo as almas com o seu zelo ardente, veemente palavra e profunda piedade. Ao mesmo tempo escrevia numerosos livros de edificação.

Em 1849, com cinco padres, fundou no seminário de Vich, a Congregação missionária dos Filhos do Coração Imaculado de Maria (Claretianos), que havia de ter um futuro fecundo. Pela mesma ocasião o Papa nomeou-o arcebispo de Santiago de Cuba.

Nessa Ilha, no meio das pesadas tarefas pastorais a que se entregou inteiramente, pôde derramar seu sangue pela fé, e fundou o Instituto das Irmãs Educadoras de Maria Imaculada.

Em 1857 voltou a Espanha para ser o conselheiro e confessor da rainha Isabel II. Seguiu-a no exílio em 1868. Em 1870 participou ativamente no Concílio do Vaticano, defendendo com intrepidez a infalibilidade pontifícia.

Durante toda sua vida demonstrou grande devoção ao Santíssimo Sacramento, ao Coração Imaculado de Maria e ao santo Rosário, trabalhando sem cessar para propagar esta tríplice devoção.

Pouco depois de voltar do Concílio à França, foi receber no céu a recompensa demasiadamente grande que Deus reserva aos que O servem, no mosteiro cisterciense de Fontfroide em outubro de 1870. Foi beatificado por Pio XI em 1934, e canonizado por Pio XII em 7 de maio de 1950.

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