Antônio nasceu em 10 de maio de 1739 em Guaratinguetá, filho de Antônio Galvão, português, e de Isabel Leite de Barros, segundo a tradição, bisneta de Fernão Dias Pais, o “caçador de esmeraldas”.

Na idade de 13 anos o pai o mandou para o colégio de Belém, dos padres jesuítas, em Salvador para estudar. Antônio queria ser jesuíta, mas por causa da feroz perseguição de que eles eram vítimas da parte do Marquês de Pombal, o pai o aconselhou a fazer-se franciscano. Assim, em 1760, ele ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no convento de São Boaventura do Macacu, no Estado do Rio de Janeiro, onde foi ordenado sacerdote em 1762. Foi então transferido para o Convento de São Francisco, em São Paulo para continuar seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua entrega à Santíssima Virgem como “seu filho e escravo perpétuo”, consagração que assinou com o próprio sangue em 9 de março de 1766.

Terminados os estudos, foi nomeado Pregador, Confessor dos Leigos, e Porteiro do Convento, cargo este considerado de muita importância pela comunicação com o público e o apostolado resultante.

Mais tarde foi designado como confessor de um recolhimento de piedosas mulheres, as “Recolhidas de Santa Teresa”, em São Paulo. Em 1774 fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas, dando formação às religiosas, e seu estatuto.

Frei Galvão, como era conhecido, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios, sendo muito procurado por aqueles que sofriam necessidade.

Túmulo onde está sepultado Santo Antonio de Santana Galvão, Mosteiro da Luz, São Paulo – SP.

O Santo faleceu placidamente no dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz, confortado pelos Sacramentos da Santa Madre Igreja, beirando os 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-mor da igreja do Mosteiro da Luz, onde está até hoje. Uma lápide perpetua sua memória: “Aqui jaz Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa que, tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822”.

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