São João Evangelista, o Apóstolo Virgem, é sem dúvida um dos maiores santos da Igreja, merecendo o título de “o discípulo a quem Jesus amava”. Junto à Cruz, recebeu do Redentor Nossa Senhora como Mãe, e com Ela — como Fonte da Sabedoria — a segurança doutrinária que lhe mereceu dos Padres da Igreja o título de “o Teólogo” por excelência.

Diz São Jerônimo: “João, que era virgem, ao crer em Cristo permaneceu sempre virgem. Por isso foi o discípulo amado e reclinou sua cabeça sobre o coração de Jesus. Em breves palavras, para mostrar qual é o privilégio de João, ou melhor, o privilégio da virgindade nele, basta dizer que o Senhor virgem pôs sua Mãe virgem nas mãos do discípulo virgem”
Sabemos pelos Evangelhos que São João era filho de Zebedeu e de Maria Salomé. Com seu irmão Tiago, auxiliava o pai na pesca no lago de Genezaré, e eram discípulos de São João Batista, o Precursor. Deste haviam recebido o batismo, zelosos que eram, preparando-se para a vinda do Messias prometido. São João, com Santo André, foi o primeiro discípulo a encontrar-se com Nosso Senhor (Jo, 1, 35 a 39), e dos primeiros a segui-Lo (Mc 1, 16 a 20).

A partir de então os dois irmãos passaram a acompanhar o Messias em sua missão pública. Logo se lhes juntaram outros, que perfariam o número de doze, completando assim o Colégio Apostólico.

Com Pedro e Tiago, João tornou-se um dos “escolhidos dentre os escolhidos”. E, como tal, participou de alguns dos mais notáveis episódios na vida do Salvador, como a ressurreição da filha de Jairo, a Transfiguração no Tabor, e a Agonia no Horto das Oliveiras.

Por sua pureza de vida, inocência e virgindade, João tornou-se logo o discípulo amado, e isso de um modo tão notório, que ele sempre se identificará em seu Evangelho como “o discípulo que Jesus amava”.

Uma das maiores provas de afeição de Nosso Senhor a São João deu-se na Última Ceia. Quis o Divino Mestre ter à sua direita o Apóstolo Virgem, permitindo-lhe a familiaridade de recostar-se em seu coração. Diz Santo Agostinho que nesse momento, estando tão próximo da fonte de luz, ele absorveu dela os mais altos segredos e mistérios que depois derramaria sobre a Igreja. A pedido de Pedro, perguntou a Jesus quem seria o traidor, e obteve a resposta.

Nos Atos dos Apóstolos ele aparece sempre com São Pedro. Depois os Evangelhos se calam a respeito de São João. Mas resta a Tradição. Segundo esta, ele permaneceu com Maria Santíssima durante o que restou de sua vida mortal, dedicando-se também à pregação. Sofreu então o martírio, que é comemorado no dia 6 de maio: O Imperador Domiciano o fez prender e levar a Roma. Na Cidade Eterna, ele foi flagelado e colocado num caldeirão de azeite fervendo. Mas o Apóstolo virgem saiu dele rejuvenescido e sem sofrer dano algum.

Após a morte de Domiciano, o Apóstolo voltou a Éfeso. São João escreveu, além do 4º. Evangelho e do Apocalipse, também três Epístolas, sempre visando estabelecer a verdadeira doutrina contra erros incipientes que se infiltravam na Igreja.

Segundo uma tradição, o discípulo que Jesus amava teria morrido de morte natural, quase centenário, em Éfeso, provavelmente em 27 de dezembro do ano 101 ou 102.

Gostaria de receber as atualizações em seu email?

Basta digitar o seu endereço de email abaixo e clicar em “Assinar”.

[egoi_form_sync_3]

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui