No Evangelho de São Mateus (2, 1 a 18), narra ele que “nos dias do rei Herodes, chegaram do Oriente a Jerusalém uns magos, dizendo: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Porque vimos sua estrela no Oriente, e viemos adorá-Lo”. Isso perturbou o monarca que “chamando em segredo os magos, interrogou-os cuidadosamente sobre o tempo da aparição da estrela”. Depois pediu que eles, quando encontrassem o Menino, o fizesse saber para que ele também fosse adorá-lo. Ora, os Magos, “advertidos em sonho de não voltarem a Herodes, tornaram à sua terra por outro caminho”.

“Então Herodes, vendo-se burlado pelos magos, irritou-se em extremo, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em seus arredores, de dois anos para baixo, consoante o tempo que diligentemente inquirira dos magos”. Isso não atingiu ao Menino Jesus pois, enquanto os Magos partiam, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, e lhe disse: Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe, e foge para o Egito, e fica ali até que eu te avise, porque Herodes procurará o Menino para lhe tirar a vida.

Escreveram sobre os Santos Inocentes várias homilias e sermões, Santo Agostinho, Santo Hilarião Arelatense, São Pedro Crisólogo, São Beda, o Venerável e São Bernardo, entre outros.

Conta o Pe. José Leite, S.J. (Santos de Cada Dia) que, na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a deles. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava nas do dia seguinte. Tendo escolhido entre si um “bispo”, estes cantorzinhos apoderavam-se das estalas dos cônegos, e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Invitatório e o Te Deum, e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat “Derrubou os poderosos do trono”, no fim das segundas vésperas. Depois o “derrubado” oferecia um banquete aos colegas, a expensas do Cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

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