Em 2014, os operários chineses protagonizaram 1.378 conflitos laborais, segundo a ONG China Labour Bulletin (CLB). Duas vezes mais que em 2013 e 56 vezes mais que em 2007, ano em que a Academia de Ciências Sociais da China contabilizou inexpressivos 23 protestos.
A crise financeira teve um peso enorme. Ela vem se aprofundando velozmente e “em muito pouco tempo, 20 milhões de trabalhadores perderam o emprego”, explicou o sociólogo Eli Friedman, autor do livro China Insurgency Trap, Labor Politics in Postsocialist China (A armadilha da insurgência na China – Política e trabalho na China pós-socialista), entrevistado pelo jornal “Clarín” de Buenos Aires.
Segundo Friedman, a primeira onda de protestos foi “defensiva”, porque os trabalhadores exigiam apenas o pagamento de indenizações e ordenados fixados pela lei.
Porém, a partir de 2010 elas passaram a ser “ofensivas”, pois as reclamações exigem a recomposição do poder aquisitivo dos salários.
Por exemplo, na fábrica Honda de Guangdong, os operários obtiveram em 2015 um aumento de 50% após pararem a produção.
O caso virou exemplo nacional, e greves análogas reclamando reposições de dois dígitos se espalharam por todo o país.
Outra grande exigência é de que os sindicatos, controlados na realidade pelo Partido Comunista, cumpram com a sua razão de ser, protejam os filiados e pratiquem a democracia (palavrão para o regime).
Os únicos sindicatos oficialmente autorizados pertencem à Federação Nacional dos Sindicatos, dependência do Partido Comunista, que nunca se põe do lado dos trabalhadores.
O governo “popular” tampouco quer liberdade sindical, pois teme a instabilidade política que adviria inevitavelmente.
“Na China fala-se cada vez mais do ‘efeito Solidariedade’, por analogia com o movimento dos operários poloneses que nos anos 80 teve um papel determinante para acabar com o partido comunista”, explica Friedman.
Acresce-se o fato de que a China atingiu o chamado “ponto de inflexão de Lewis”. A expressão é inspirada no Prêmio Nobel de Economia Sir Arthur Lewis (1915-1991) e designa “o momento em que já não existe população rural disposta a deixar o campo para ir trabalhar nas fábricas das cidades e, em consequência, as fábricas ficam sem mão-de-obra e têm que subir os salários”.
Xiaobo Zhang, economista do International Food Policy Research Institute, diz que a China passou desse ponto fatal em 2010. Outros acham que ainda não.
Mas o certo é que a política de controle da natalidade reduziu em seis milhões a população em idade de trabalhar, e a queda vem se acentuando sem cessar desde 2011.
Mas a economia não é a única explicação para a epidemia de greves e revoltas. Os cidadãos usam cada vez mais as redes sociais e os celulares, e ficam sabendo das melhorias obtidas por outros. Geram-se assim múltiplos efeitos em repetição.
As fábricas tentam ir para o interior – engajando camponeses e pagando-lhes menos –, onde as prefeituras são mais lenientes com as práticas abusivas e oferecem serviços públicos mais baratos e miseráveis. Mas até agora os resultados não são relevantes.
A resultante é que a máquina exportadora chinesa perde as vantagens que, embora distorcidas e injustas, lhe davam uma competitividade selvagem.
O governo está preocupado, mas seu pesadelo é mais ideológico do que econômico.
Seu problema é que, com a melhoria das condições dos trabalhadores, está se desenvolvendo a desigualdade natural, que é condenada pelo socialismo como o pior dos males, a ser extirpado por completo.
Afinal, o massacre de pelo menos cem milhões de chineses pela revolução socialista-comunista foi feito para estabelecer o reinado utópico e criminoso dessa sonhada igualdade total.
Mas em 2010 o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade econômica com valores entre 0 e 1 (as sociedades mais desiguais se avizinham de 1), deu à China um valor de 0,61, o que quer dizer que ali haveria mais desigualdades que no Brasil (0,52) flagelado pelo PT.
Segundo Friedman, “isso é particularmente extraordinário porque a China tinha sido achatada até atingir tão pouca desigualdade quanto a Suécia dos anos 80”.
O que está em jogo é o objetivo supremo do socialismo, imposto ditatorialmente com uma maré de sangue, e que agora se esvai.
Segundo Friedman, na China “há muita gente acumulando riqueza que depois se transforma em poder político que multiplica a riqueza, e assim sucessivamente. Essas pessoas não querem mudanças que promovam a distribuição mais igualitária da riqueza, porque elas preferem o desenvolvimento do capitalismo privado”.
“Expulsai a natureza e ela voltará a galope” – escreveu um pensador francês. Isso é o que está acontecendo na China. E isso tira o sono dos ideologizados déspotas marxistas-maoístas de Pequim.
Que instituto é este que afirma que a China é socialista? Pensei que fosse assunto batido. Gente, seriedade no que publicam, por favor. Bem da verdade, desde 1976 que não existe mais o estado operário na terra de Mulan (nunca houve socialismo por lá); desde esse ano que o capitalismo foi restaurado no gigante asiático. Já viram quais são os pilares da economia chinesa?
A China como seu governo feroz e carniceiro, do mesmo estilo nazista e fascista, na ansia de usar seu povo eternamente como escravo do governo, deu azar dele estar em contato com os ocidentais com suas greves e reivindicações sociais, instruídos por esses deixarem de ser otarios e burros de carga dos comunistas, e agora eles começaram a ver e sentir, como se diz, o feitiço voltando-se contra o feiticeiro.
Bem feito para esses escravagistas do governo – que explodam esses exploradores do povo, carniceiros – que os operarios façam o mesmo que fazem com eles, e já estão muito atrasados nessas inciativas, muito tarde!
Sabem como destruir a China, fácil?
A empresas ocidentais começarem a sair de lá ou boicotarem os produtos chineses aqui, NADA MELHOR, eu faço isso!