O Sábado Santo é o dia de luto máximo para a Igreja, que junto do sepulcro de Cristo lhe medita a morte. Na Vigília noturna da Páscoa, chamada por Santo Agostinho de a “noite santa, a mãe de todas as vigílias cristãs”, é um misto de alegria e tristeza, e tem na procissão com o Círio Pascal e sobretudo no cântico do Precônio Pascal um prelúdio da próxima ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nesse dia se faz a leitura das Profecias , a recitação das Ladainhas de todos os Santos, a bênção da Água Batismal e a solene renovação das Promessas do Batismo, que precedem à jubilosa e festiva da Ressurreição de Cristo, vencedor da Morte.
Também neste dia:
Santa Inês de Montepulciano, Virgem
Santa Inês nasceu pelo ano de 1274 em Graciano Vecchio, às margens do lago Trasimeno, pertencente a Montepulciano, então parte dos Estados Pontifícios. Com apenas quatro anos de idade já procurava um lugar solitário para oferecer a Deus suas orações.
Quando tinha 9 anos, estando numa peregrinação, um bando de corvos desceu sobre ela grasnando, procurando bicá-la e vazar-lhe os olhos. Seu biógrafo afirma que era um exército de demônios que presidia uma casa de má fama das redondezas. Mas não puderam fazer-lhe nenhum mal.
Nesse mesmo ano, apesar de ter somente 9 anos, ela pediu aos pais licença para entrar num convento para consagrar-se a Deus. Depois de muito insistir, obteve o que queria. Com dispensa especial do Papa, entrou no convento das religiosas “del Sacco”, assim chamadas por causa do áspero hábito que usavam, que seguiam as Regras de Santo Agostinho.
Aos 14 anos foi designada ecônoma do mosteiro. Já religiosa perfeita, recebeu muitas graças místicas, como a de receber de Nossa Senhora o Menino Jesus em seus braços, a Comunhão trazida por um Anjo, e a visita de São Domingos, que a chamava para sua Ordem.
Em 1281 o senhor do castelo de Proceno, feudo de Orvieto, pediu às religiosas de Montepulciano que mandassem algumas irmãs à sua cidade para fundar um mosteiro. Inês estava entre elas.
Em 1288, apesar de ter somente 20 anos de idade, ela foi eleita abadessa da comunidade. Começou então a fazer muitos milagres.
Como conta Santa Catarina de Siena em seu “Diálogo”, Nosso Senhor, atendendo ao pedido de Santa Inês, fez com que os pães se multiplicassem à sua oração, que possessos do demônio fossem liberados, curou um cego e um portador de doença incurável, ressuscitou mortos, e converteu libertinos. Entretanto ela mesma sofreu por longo tempo de várias doenças.
Um dia um anjo apareceu-lhe dizendo-lhe: “Chegou o tempo em que deves fundar uma casa na colina de Montepulciano, precisamente onde os demônios, sob a forma de corvos, te atacaram. Dedicarás o convento à Santíssima Trindade, à Santíssima Virgem e a São Domingos, a cuja Ordem irás pertencer daqui para a frente”.
No convento de Montepulciano Inês atingiu elevado grau de união mística, continuando a ser favorecida por muitas visões.
Santa Inês entregou sua puríssima alma ao seu Criador no dia 20 de abril de 1316, exclamando: “O meu muito amado me pertence, já não O deixarei”. Tinha ela apenas 49 anos de idade.
Quando os frades dominicanos estavam procurando obter balsamo para embalsamar seu corpo, constataram que o mesmo produzia um doce perfume, e que os membros da santa permaneciam flácidos e com movimento.
Quase cinqüenta anos depois, o beato Raimundo de Cápua, confessor de Santa Catarina de Siena, escreveu um relato da vida de Inês, e descreveu seu corpo como estando incorrupto, dando a impressão de que ela estava ainda viva.
Santa Catarina referia-se a ela como a “Nossa Mãe, a gloriosa Inês”. Santa Inês foi canonizada pelo papa Bento XIII em 1726.
Certeira analise. Minha duvida esta na possibilidade de convencer o povo desse resgate.