Numa histórica coalizão do Papa São Pio V com príncipes católicos — perfeita união entre altar e trono — a Cruz de Cristo venceu o Crescente maometano
Editorial da Revista Catolicismo, Nº 850, Outubro/2021
Em 1571, no confronto da Cristandade com o Império Otomano, na maior e mais sanguinolenta batalha naval até então travada, temos um excelente exemplo da união entre altar e trono; entre o poder espiritual e o poder temporal. Reportamo-nos à Batalha de Lepanto, quando as forças maometanas quiseram atingir o coração da Cristandade.
Discernindo o iminente perigo, o grande Papa São Pio V conclamou alguns príncipes a se unirem aos esforços da Santa Sé, a fim de barrar a arremetida do Islã. Caso contrário, a Europa cristã seria invadida e “islamizada”.
Com essa magnífica união, a espada se levantou em defesa da cruz, símbolo do catolicismo, a qual venceu o crescente, símbolo do islamismo; os seguidores de Jesus Cristo venceram os sequazes de Maomé. Tudo graças aos esforços do Papa, de alguns soberanos e, principalmente, do prodigioso socorro de Nossa Senhora, que apareceu no momento mais difícil e crucial da batalha.
No dia 7 de outubro celebraremos o 450º aniversário daquela vitoriosa Cruzada naval no golfo de Lepanto. Catolicismo comemora e rememora a efeméride na matéria principal da revista deste mês, sobretudo porque certa mídia apenas se lembraria dessa data se a vitória não tivesse sido da Cristandade, mas dos maometanos.
Naquele longínquo 1571 o perigo era o Império Otomano. E hoje? Podemos responder com um prognóstico feito por Plinio Corrêa de Oliveira: “O problema muçulmano vai constituir uma das mais graves questões religiosas de nossos dias” (em artigo para o jornal Legionário, em 5-3-1944).
Prognóstico que, entre muitas outras comprovações, se cumpre nas palavras de um líder maometano, reproduzidas por Mons. Giuseppe Bernardini, bispo de Esmirna (Turquia), que disse ter ouvido dele o seguinte, referindo-se ao mundo ocidental: “Graças às suas leis democráticas, nós vos invadiremos, e graças às nossas leis religiosas, nós vos dominaremos”
Atualmente, graças à falta de visão e inércia de governantes europeus, pode-se dizer que o Velho Continente já se encontra invadido por milhões de imigrantes muçulmanos, possuidores de milhares de mesquitas construídas em diversas cidades da Europa. Nesse sentido, declarou o líder do grupo islâmico Hezbollah: “Talvez ainda não vejais a república islâmica na França. Mas vossos filhos e vossos netos a conhecerão […]. Nas cidades francesas, alemãs e belgas, os soldados de Alá esperam que soe a hora da revanche para passarem à ação numa Europa que durante tanto tempo nos humilhou!” (Le Point, Paris, 27-5-91).
Este seria o momento adequado para increpar tais governantes com um dito espanhol: “Cría cuervos que te sacarán los ojos” — Criem corvos, e eles te arrancarão os olhos… E para nos lembrar disso, aí está o Afeganistão…
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