O vaticanista Marco Tosatti, colunista do “La Stampa” de Turim, alertou em sua página pessoal para o que vinha sendo comentado “a boca chiusa” em Roma: o Papa prepara em silêncio um sínodo sobre a Amazônia.
O Sínodo não seria brasileiro, mas transnacional, incluindo todas as dioceses da região amazônica vista como uma realidade superior às nove nações que exercem sua soberania sobre partes dela.
O tema central anunciado é a ecologia. Mas não se trata de cristianizar a realidade ecológica da Amazônia, mas de “ecologizar” a Igreja Católica, dissociando-a de seu passado missionário e modelando-a segundo o modelo comuno-tribal excogitado pelo ambientalismo mais radical.
O instrumento escolhido para preparar o evento é o cardeal brasileiro D. Claudio Hummes, 82 anos, arcebispo emérito de São Paulo e ex-prefeito da Congregação para o Clero.
Ele está trabalhando intensamente há alguns anos no projeto pontifício. Já visitou 22 das 38 dioceses da Amazônia e o Papa lhe teria dito para apressar mais a agenda.
Muitos se lembram da destacada presença de Dom Cláudio na loggia de São Pedro quando Francisco I nela se apresentou logo após sua eleição.
O agitado Sínodo da Família, ainda fortemente controvertido, e seguido da não menos controvertida exortação sinodal Amoris Laetitia, atrasou o Sínodo de uma sonhada igreja comuno-tribal na maior floresta úmida da Terra.
A Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM foi fundada oficialmente em setembro de 2014, pretendendo dar continuidade às CEBs, muito diminuídas pela sua ligação com a Teologia da Libertação.
Segundo ela se define, a REPAM não tem uma finalidade católica como seu nome sugere, mas de apoio aos indígenas na “luta em defesa de sua sabedoria ancestral, de seus territórios e pelo seu direito a uma ‘participação efetiva nas decisões’ que dizem respeito a sua vida e a seu futuro. Reconhece e valoriza sua espiritualidade na relação com a Criação”.
Partilha, pois, as metas do famigerado CIMI.
A REPAM e, por conseguinte, o anunciado Sínodo Amazônico, visa planejar “como construir um modelo de futuro pan-amazônico em harmonia com a natureza”. A doutrinação desse modelo já está escrita e contida na encíclica Laudato Sì do Papa Francisco.
O plano é muito vasto, mas o ponto que de imediato atraiu a atenção é a criação de uma espécie de “sacerdotes casados”, que provocariam o fim do celibato eclesiástico no rito latino.
Tosatti dá entender essa meta final falando de “uma espécie de administradores leigos dos sacramentos, que substituam os sacerdotes. Mas há quem veja neste projeto a ponta da cunha para modificar as regras referentes ao celibato dos sacerdotes no rito latino”.
De fato, o Cardeal Hummes protagonizou em 2006 um não pequeno escândalo, após sua despedida da Arquidiocese de São Paulo para ocupar a Congregação do Clero a pedido do Papa Bento XVI.
Na ocasião, recebendo a funcionários da Cúria paulista, ele acenou com o fim do celibato dos padres.
Embora os celibatários façam parte da história e da cultura católicas, a Igreja pode refletir sobre essa questão, pois o celibato não é dogma, mas uma norma disciplinar”, disse, segundo noticiou “O Estado de S. Paulo” (02-12-2006 – “Igreja poderá precisar de padres casados”).
Essas declarações foram muito ecoadas pela imprensa anticlerical e progressista. Assim que desceu do avião em Roma, um representante da Santa Sé lhe apresentou o texto de uma retratação, que acabou sendo publicada em página inteira no jornal vaticano “L’Osservatore Romano”.
Agora, segundo Tosatti, D. Hummes voltou à carga dizendo que fala em nome do atual Papa.
Tendo pregado retiros para bispos, sacerdotes e encarregados de pastoral sobre o Sínodo que está sendo planejado para a Amazônia, D. Hummes insistiu para que todos discutam abertamente o celibato, garantindo que nada devem temer por parte da Santa Sé. Esta outrora considerava revoltosa a dúvida e a contestação desse preceito eclesiástico no rito latino.
O Sínodo serviria de pretexto para subverter a doutrina e a disciplina do sacerdócio. Segundo Tosatti, a extensão do território, a dispersão da população e a falta de padres justificariam a violação da norma tradicional.
Tosatti menciona alguém não identificado, que durante uma conferência de D. Cláudio propôs que fossem solicitados dois sacerdotes a cada uma das Ordens missionárias existentes.
Mas o Cardeal teria respondido: “Não, não, o Papa não quer isso. Depois do Concílio não devem existir mais missionários, cada povo deve se evangelizar por si mesmo; só clero autóctone, sacerdotes e bispos até sem formação acadêmica”.
Acrescenta Tosatti: “E prosseguiu dizendo que se antes era tabu falar de padres casados, agora se pode falar tranquilamente; falai entre vós. O Papa lhe teria aconselhado dizer aos bispos que ordenem um grande número de diáconos permanentes.
“O objetivo seria abrir a estrada para a ordenação de leigos casados para suprir a carência de sacerdotes”.
O Cardeal está impulsionando o envio de cartas dos bispos ao Papa pedindo autorização para realizar o Sínodo. Atendendo a esses pedidos, Francisco I aprovaria a reunião.
A ideia de sacerdotes “leigos” na realidade vem de longe, sobretudo na Alemanha, que nada tem a ver com a realidade amazônica, mas que por afinidade teológica financia a operação em andamento através da Caritas.
A relativização do celibato eclesiástico, entretanto, é apenas um aspecto introdutório da “igreja que se evangeliza a si própria”.
Essa nova-Igreja surge como se Jesus Cristo tivesse errado ao mandar: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi”. (Mateus 28, 19-20)
E também: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Marcos 16, 15-16).
O Sínodo poderá se tornar a realização mais ousada do projeto comuno-missionário de uma Igreja ecologista e tribal, adaptada a cultos totêmicos portadores de “mensagens” confusas ou de fulgurações de misteriosos mundos que poderão se manifestar na inculturação ou falsa “autoevangelização”.
Esse novo Sínodo ainda dará muito que falar.
Apoio a defesa da Igreja feita por este instituto missionário. Amém.
Satanás já entrou no Clero. Nossa Senhora acalmai esses Sacerdotes onde muitos não tinham condições de estudarem e aproveitando da Igreja tornou-se Sacerdotes e agora estão jogando água nos ensinamento de Jesus. Pedro era casado e deixou tudo para servir a Jesus. Paulo solteiro e diz que o solteiro tem condições de servir a Deus pois não constitui família para ficar com apenas 50% família constituida e 50% para a Igreja. A Alta Cúpula da Igreja Católica quer modificar tudo o que está escrito na Bíblia com relaçãp ao adultério ( Marcos 10 (1-10); Romanos-gênero; Ozeias ( amar novamente a quem foi adúltero; Tobias 8 ( 1-5), que diz não casar segundo o pagãos porque somos filhos dos santos patriarcas.Não há nada escondido que não é revelado. A Igreja tem que se adaptar ao Evangelho e não a legislação civil.Dai a Deus o que é de Deus e aos homens ao que é do homem.
É muito triste comentar este assunto, mas é necessário. A Igreja tem um calcanhar de
Aquiles, que é o celibato clerical, tão logo ele seja extinto, a Igreja tal como conhecemos hoje, desaparece, em seu lugar surge outra coisa, mais parecida com a Igreja Universal do Reino de Deus, que até o termo “bispo” utiliza para designar seus sacerdotes.
Imaginava eu que esta mudança radical só iria ocorrer quando um cardeal contaminado pela ideologia da esquerda, ocupasse o trono de São Pedro, quando então, os interesses ideológicos teriam prioridade sobre os dogmas da fé, quando então as noções de certo e errado iriam se adaptar a nova realidade dominante, e é claro, o celibato clerical estaria
no centro das discussões! A principal delas seria: haveria uma mudança para pior ou melhor?
Vai fortalecer ou enfraquecer a Igreja? Iriam se repetir os mesmos fatos que contribuíram para a reforma e a contra-reforma da Igreja no passado? Imaginava que esse desfecho só viesse a
ocorrer mais adiante, mas os acontecimentos estão se precipitando, este trecho da matéria comprova isto: “Já visitou 22 das 38 dioceses da Amazônia e o Papa lhe teria dito para apressar mais a agenda.”.
Qual a razão da pressa do Papa? Afinal as comunidades indígenas vivem afastadas
da civilização a séculos, e a Igreja tem se preocupado em mante-las nesse estado, sempre rejeitou uma integração social, cultural e econômica com o mundo moderno.
Qual a razão para tanta prioridade num projeto de integração religiosa dos habitantes da Amazônia? A resposta poderia ser: aberta uma exceção para os índios, justificada pela distância e a dispersão da população, mais adiante a mesma desculpa poderia ser utilizada
para implantar medida idêntica em cidades do interior! Dai para chegar as capitais é um pulo!