De há muito se faz sentir no público brasileiro a necessidade de uma apresentação da figura de S. Pio X em todos os seus aspectos, e numa perspectiva de conjunto que ponha em evidência a mútua conexão, a devida hierarquia de natureza e fins, e a harmoniosa unidade que entre esses aspectos existe. Até certo ponto, na retina mental do povo, há “vários” Pio X. Alguns vêm nele tão somente o taumaturgo com as cãs nimbadas por uma auréola de santidade, a distribuir bênçãos milagrosas nas nobres galerias do Vaticano. Outros, ancião cheio de doçura, absorto inteiramente no aprimoramento da instrução catequética e da piedade eucarística das crianças. Os artistas consideram nele exclusivamente o restaurador da música sacra. Certas pessoas piedosas tanto se impressionam com sua vida interior que o imaginam corno uma alma unicamente contemplativa, tanto mais que, fora da Itália, seu apostolado pessoal intenso perdeu-se algum tanto na memória das massas. As pessoas mais particularmente chamadas para a luta tendem por vezes a não considerar em Pio X senão o Anjo de espada de fogo, que infligiu ao modernismo a maior derrota que este até hoje sofreu, e opôs um dique vitorioso à arremetida anti-clerical na França. Ora, a maior glória de S. Pio X não está em ter sido o Anjo da Guarda da humanidade de seu tempo ou o taumaturgo admirável do Vaticano, ou o Papa da Eucaristia, etc., mas em ter sido tudo isto a um tempo, de modo eminente, realizando em sua pessoa e em sua obra uma variedade de aspectos desconcertante por sua riqueza e contudo sumamente harmoniosa. A consideração detida deste ponto dá-nos o conhecimento exato e quem foi Pio X, e abre vistas para uma noção equilibrada e altamente proveitosa do que seja a santidade, e a própria missão da Igreja.
Uma excelente biografia
Ótima oportunidade para tratarmos do assunto é o fato de nos haver enviado a prestante editora “Publicaciones Cristiandad” um belo volume contendo a tradução para o espanhol da biografia de S. Pio X publicada em italiano pelo Padre Jerônimo Dal Gal, O.F.M. Cap.. A edição espanhola contém uma carta de introdução do Exmo. Revmo. Sr. Arcebispo-Bispo de Barcelona, escrita com o entusiasmo comunicativo de quem teve a ventura de conhecer pessoalmente o Santo. O próprio Padre Dal Gal também o conheceu, e ao que parece de perto, pois nos conta em uma de suas notas que várias vezes rezou o Angelus com ele, no Vaticano. São pois páginas em que o calor da presença do grande Papa ainda se faz sentir, realçado por material fotográfico interessante.
O Padre Dal Gal é um narrador claro, distinto, e sobretudo muito documentado, pois colheu seus elementos nas melhores fontes: as “Acta Pii X P.M.”, “Acta Apostolicae Sedís”, as Cartas Pastorais do Santo como Bispo de Mantua e como Patriarca de Veneza, suas cartas privadas escritas no exercício desses cargos e do Sumo Pontificado, os processos de beatificação e canonização, etc. A bibliografia é muito sóbria e selecionada. Cita, entre outras, as memórias tão interessantes do Cardeal Merry del Val. O volume espanhol é acompanhado de tábuas cronológicas úteis. Entretanto, temos um pequeno senão a indicar. Obra tão importante merecia ser dotada de um índice alfabético de nomes e assuntos. Fazemos votos por que na próxima edição não falte.
Graças a este livro, qualquer leitor poderá inteirar-se facilmente da vida do grande Pontífice, que nos vem nele relatada com a imparcialidade, a firmeza e a inteligência de um historiador de pulso. Ela nos dá em abundância os materiais necessários para a “mise au point” que desejávamos fazer.
As grandes linhas biográficas
O futuro Pio X nasceu em de junho de 1835, de pais muito pobre, João Batista Sarto e Margarida Sanson, num lugarejo insignificante denominado Riese, antiga Marca de Treviso. No dia imediato, foi batizado com o nome de José. Crismado aos 10 anos, foi admitido à Sagrada Comunhão aos 12. Em 1850, entrou no Seminário de Pádua, onde foi recebendo sucessivamente as Ordens menores e maiores até 1858, ano em que recebeu o Presbiterato. Nomeado logo depois Capelão de Tombolo e em 1867 Pároco de Salzano, foi promovido a Cônego de Treviso em 1875, acumulando estas funções com as de Chanceler da Diocese e Diretor Espiritual do Seminário. Em 1884, aos 49 anos pois, foi eleito Bispo de Mantua, e nessa sede recebeu em 1893 o Cardinalato como prêmio de seus altos méritos. No mesmo ano, viu-se elevado a Patriarca de Veneza. Em 1903, o Conclave reunido para a escolha do sucessor de Leão XIII o elegeu para o Sumo Pontificado. José Sarto tomou então o nome de Pio X. Tinha 68 anos e governou a Igreja até sua morte, ocorrida aos 79 anos, em 20 de agosto de 1914.
Como se vê, foi uma carreira brilhante, que levou José Sarto, por todos os degraus intermediários, da pobre vivenda de Riese aos esplendores do Vaticano.
Esta carreira lhe deu ocasião de exercer o munus sacerdotal nas mais variadas situações, vendo os problemas de apostolado em todas as perspectivas, tomando contato com eles em todos os níveis da cura de almas, desde Coadjutor de aldeia a Pontífice Romano, e passando por funções delicadas, não só como a de Chanceler de Bispado, mas ainda como a de Diretor Espiritual de Seminário, delicada dentre as mais delicadas.
É, como se vê, uma incomparável preparação para o Papado.
O sentido profundo de uma vida
Ora, confrontando-se na obra do Padre Dal Gal as atividades do Santo em cada uma destas etapas, nota-se que são substancialmente as mesmas da etapa anterior, transpostas apenas para campo mais vasto. Dir-se-ia uma mesma melodia executada com força e harmonia crescentes, até cobrir com seus acordes toda a superfície da terra. As notas desta melodia espiritual – isto é, os mais altos conceitos sobre a Igreja, a ação da Providência no governo das almas e na direção dos acontecimentos terrenos, a santidade sacerdotal, a difusão do bem e a repressão do mal como aspectos do grande prélio da Igreja militante – em essência não são muitas. Seu valor vem da incomparável beleza de cada uma, da harmonia que reina entre todas. A verdadeira música não se faz com muitos sons de mero efeito, mas com o desenvolvimento de melodias simples, harmônicas, belas.
Poderíamos talvez enunciar assim as linhas mestras que nos foi dado notar na obra fecunda do grande Papa:
– Por sua própria razão de ser, o Sacerdote ou o Bispo, quer na sua vida pessoal, quer no exercício do seu ministério, deve estar intimamente unido a Nosso Senhor Jesus Cristo e ocupado em Lhe fazer a vontade irrestritamente, incondicionalmente sem pusilanimidade nem meios termos.
Portanto, oração, meditação, mortificação, antes de tudo. Mutatis mutandis. O mesmo se deve dizer dos Religiosos, e dos apóstolos que nas fileiras do laicato auxiliam a Sagrada Hierarquia. De onde deve merecer lugar primordial tudo quanto se refere ao afervoramento da piedade, quer entre os fiéis, quer entre Religiosos e Sacerdotes.
– A Sagrada Eucaristia e Nossa Senhora sendo respectivamente fonte e canal das graças necessárias para tal, é da mais alta importância incentivar e desenvolver a devoção que Lhes têm os fiéis. O culto público da Igreja, celebrado com gravidade e decoro é meio indispensável e muito eficaz para a santificação das almas. Convém pois interessar nele os fiéis, para o que é muito importante o incentivo da boa música sacra, e a eliminação das músicas profanas, teatrais, indecorosas, que infelizmente haviam invadido o santuário.
– A formação piedosa não pode deixar de se basear sobre uma instrução religiosa séria, embora proporcionada ao grau de cultura de cada fiel. Todas as formas de alta instrução religiosa – estudos de filosofia escolástica, investigações históricas e bíblicas profundas, etc. – são de se aplaudir e desenvolver. Mas devem pressupor o conhecimento exato do Catecismo, sem o que todo o edifício cultural católico carece de base. Ademais, sem o conhecimento do Catecismo, todo o apostolado e toda a apologética são vãos. Como propagar uma verdade que não se conhece? E como atacar o erro, quando se ignora a verdade? De onde ampla, amplíssima divulgação catequética para crianças e também para adultos.
– Com a piedade, a instrução religiosa e a mortificação reinando em seus muros, com membros inteiramente dóceis ao Papa – docilidade que é a pedra de toque de toda formação verdadeira – as falanges católicas, trilhando sempre as vias da perfeição que são as vias da Providência, podem contar com o apoio de Deus. E por isto devem atirar-se animosamente – cada qual segundo sua vocação – às fainas do apostolado. Por entre borrascas, abismos e aparentes desastres talvez, Deus as conduzirá à vitória.
– Este apostolado há de ser inteligente e heroico. Inteligente, há de supor em seus planos um conhecimento minucioso da época e do lugar em que atua, um emprego refletido e ágil dos métodos de ação adequados às circunstâncias, grande envergadura e até certo arrojo no formar os desígnios, muita prudência nos meios, penetração religiosa profunda em todos os setores e classes da sociedade. Heróica, há de acarretar a renúncia a todas as vantagens pessoais, e implicará no destemor em face de todas as inimizades e de todos os riscos.
– A esmola é um dos graves deveres dos católicos.
– O zelo do apóstolo não pode estar alheio à esfera da política, para proteger os direitos da Igreja. Assim, sempre que haja questões de ordem religiosa ou moral a tratar na política, os católicos ali devem estar, unidos e disciplinados.
– Para que a atividade da Igreja seja livre de tropeças interiores, cumpre que suas leis, sabiamente proporcionadas às necessidades dos tempos, sejam conhecidas, amadas e obedecidas por todos.
– A ação pessoal do apóstolo sobre as pessoas com quem tem contato é do maior proveito. Em S. Pio X sua eficácia atingiu freqüentemente as raias do milagroso. Tal eficácia, aliás, não resulta de se velar a verdadeira doutrina, nem das concessões impossíveis, mas da atração da verdade, do bem e da graça.
– O combate ao erro e ao mal não compendia em si toda a atividade da Igreja, como a clínica e a cirurgia não são os únicos cuidados que devemos a nosso corpo. Melhor é evitar as doenças por uma vida metódica e sã. Mas quando a doença apesar de tudo se manifesta, cumpre enfrentá-la por todos os modos. Assim, melhor é prevenir o aparecimento do erro e do mal, pregando a verdade, aproximando as almas dos Sacramentos, fazendo-as amar a virtude e a mortificação, do que reprimir os desatinos em que por nosso triste descuido possam cair. Mas se o erro e o mal se mostrarem persistentes é preciso agir contra eles. S. Pio X deu todos os exemplos da admirável bondade e da energia com que neste combate se deve lutar.
É interessante analisar a continuidade da obra grandiosa de S. Pio X em cada cargo que ocupou, à luz destes princípios em que se enfeixam – pelo menos de modo geral – os seus meios para a realização de seu lema admirável: “Instaurare omnia in Christo”.
Catecismo
Este ponto merece no Brasil relevo especial, pois precisamos de catecismo em todos os graus. Muito tem sido feito, mas muito ainda há que fazer para o desenvolvimento catequético primário. Não menos importante talvez é o desenvolvimento do ensino da Religião no curso secundário. Mas isto não basta. Precisamos trabalhar por que se dissipe o triste preconceito de que o Catecismo é apenas para crianças. Nenhum católico de nível cultural universitário pode sentir-se em dia com sua consciência, se não tiver uma formação catequética correspondente. E insistimos na palavra “catequético”. Temos hoje elo dia no Brasil, de Norte a Sul, uma elite católica numerosa, animada do interesse mais vivo pelos problemas religiosos, e pela analise das questões filosóficas científicas, artísticas, políticas, sociais, históricas, econômicas, etc., do ponto de vista católico. A Santa Sé o reconheceu com maternal satisfação, favorecendo a criação de tantas Universidades católicas e até pontifícias em nosso país, o que sem a existência dessa elite para os cargos docentes seria impossível. Com a natural vivacidade de espírito do brasileiro, nesse mundo cada vez mais sem fronteiras, nosso meio católico intelectual abriu-se a todos os ventos que sopram pelos ambientes culturais dos grandes centros europeus e americanos. E passaram a ser aqui estudadas, comentadas, debatidas quiçá, questões de toda ordem que há trinta anos eram quase desconhecidas em nosso país. Tudo isto nasceu, deitou raízes, cresceu entre nós com aquela pujança típica de nosso ardor de país novo, e exprime um desenvolvimento natural legítimo. Seria até alarmante que nossa cultura católica se desenvolvesse menos do que nossa cultura profana ou nossa economia. Mas este progresso tem o perigo de todos os crescimentos rápidos. Precisa ser guiado. É excelente que se estude sociologia, política, economia, filosofia ou até teologia – campo que de nenhum modo deve ser vedado aos leigos cultos – mas “corruptio optimi pessima”. Se todos os que se dedicam a esses estudos tivessem uma base catequética conveniente, parece-nos que lucraram incomparavelmente em firmeza, clareza de idéias, segurança doutrinaria. Há aqui um campo de apostolado imenso em que há muito de urgente e belo a fazer.
Consideremos a importância que deu ao assunto S. Pio X.
José Sarto foi o aluno mais vivo e esforçado do curso de Catecismo que seguiu em sua Paróquia natal. Com a vivacidade que conservou até os últimos dias, seguia as explicações do Pároco, ao qual dava respostas por vezes surpreendentes. “Darei uma maçã a quem me diga onde está Deus”, disse certa vez o zeloso Sacerdote. E o pequeno José lhe respondeu ato contínuo: “Pois eu lhe darei duas maçãs se me disser onde Deus não está”. Nasceu nos bancos do catecismo seu ardente interesse pela doutrina sagrada, elemento essencial de toda vocação sacerdotal séria.
Concluídos seus estudos de Seminário, seu espírito estava definitivamente aberto para a importância do ensino da Religião. Assim, como Pároco de Salzano, lecionava pessoalmente o Catecismo ao povo, convidando para ele os paroquianos, e explicando-lhes todos os males que decorrem da ignorância religiosa. “Conjuro-vos a que venhais ao Catecismo”, dizia. E acrescentava: “antes faltar às Vésperas, do que faltar ao Catecismo”.
Seu ensino era sério, fundo, meticuloso, mas muito interessante. Explicava a doutrina “com muita vitalidade e grande calor”. Inaugurou o método de dialogar o Catecismo com um jovem Sacerdote da Paróquia vizinha, o que atraia para suas aulas pessoas de toda a redondeza.
Como Cônego em Treviso, sobrecarregado de afazeres na Chancelaria da Cúria Diocesana, e responsável pela direção espiritual de mais de duzentos seminaristas, ainda achava meio de ensinar Catecismo aos alunos do Colégio Episcopal.
À testa da Diocese de Mantua, uma de suas maiores preocupações foi o ensino do Catecismo. Era tema freqüente de suas exortações ao Clero ou aos fiéis. Estendeu-se particularmente sobre o modo e ocasião de ministrar a doutrina católica em sua Pastoral de 1885, ordenando que em todas as Paróquias se instituísse a Escola da Doutrina Cristã, mandando outrossim que o Pároco ensinasse o Catecismo ao povo nos domingos e dias de preceito, e diariamente para as crianças na quaresma e advento. E, acompanhando estas judiciosas medidas de ação positiva com algumas severas penas, segundo seu sábio costume, proibia que os confessores dessem absolvição às pessoas que impedissem seus filhos, ou criados, de comparecer às aulas de instrução religiosa sem justa causa.
A fim de estimular os Párocos neste apostolado, comparecia ora nesta, ora naquela Paróquia, inesperadamente, certificando-se sobre se a aula estava sendo dada, e assistindo-a para se inteirar da capacidade do Sacerdote.
Não haviam transcorrido dois meses de sua trasladação para Veneza, e já o novo Patriarca dirigia a seus diocesanos uma Pastoral em que falava largamente do Catecismo e exclamava: “Acontece com freqüência que pessoas instruídas nas ciências profanas ignoram totalmente ou conhecem mal as verdades da Fé, e conhecem menos o Catecismo do que as crianças mais simples. Pense-se no bem das almas, que se tem em mira. O povo está sedento de verdade. Dê-se-lhe o necessário para a salvação de sua alma, e então, comovido e emocionado, chorará seus erros e se aproximará dos Sacramentos Divinos”.
Reorganizou ele imediatamente as escolas de Catecismo paroquiais, ordenou aos Párocos uma explicação mais assídua e sistemática da doutrina católica, promoveu com todas as suas forças a formação de melhores catequistas, e introduziu o ensino da Religião nas escolas municipais. Como em Mantua, aparecia ora numa igreja ora noutra, para observar como se ministravam as lições .
Como Papa, S. Pio X deu ao orbe católico um exemplo magnífico, ensinando durante oito anos, pessoalmente, o Catecismo ao povo romano no Pátio de S. Damaso, onde até hoje se assinala o ponto em que falava. Pode-se imaginar quão eficiente foi o incentivo deste exemplo, para dar impulso aos esforços catequéticos no mundo inteiro. Mas S. Pio X não se contentou com isto. Na Encíclica “Acerbo Nimis”, de 15 de abril de 1905, mostrou em palavras pungentes o estado de ignorância religiosa em que se encontravam tantos fiéis: “é difícil descrever quanto são densas as trevas que envolveram inúmeros homens que se supõem cristãos e nesta crença vivem tranqüilos. Neles não há o menor pensamento para Deus. Os mistérios da Encarnação do Verbo de Deus e da Redenção do gênero humano realizada por Jesus Cristo são coisas desconhecidas para eles. Nada sabem sobre o Sacrifício da Missa, nem os Sacramentos pelos quais se adquire e conserva a graça de Deus, e não avaliam quanta malícia existe no pecado mortal. Por isto não se esforçam por evitá-lo nem deplorá-lo, e só se inteiram de algo quando estão chegando ao fim de sua vida”. Depois de mostrar que a instrução religiosa é meio indispensável para o pleno aproveitamento dos frutos do Batismo, dispõe medidas para o incremento do ensino religioso em todo o orbe católico. Estas medidas, fruto de uma longa experiência, são em sua substância as mesmas já postas em vigor em Mantua e Veneza. O Santo Pontífice determinou nesse documento que também nas Universidades se estabelecessem “Escolas de Religião destinadas a promover o ensino das verdades da Fé e a formação da vida crista”. O efeito desta Encíclica foi mundial. A preparação de catequistas leigos para suprir as deficiências do Clero se desenvolveu imensamente, os congressos catequéticos, os concursos, os prêmios se multiplicaram. Os estudos sobre metodologia catequética floresceram. Foi uma aurora em toda a Igreja.
O ensino do Catecismo, S. Pio X não o concebia como coisa inerte, fria, puramente informativa. Desejava ele que fosse feito de maneira a acender o amor pela nossa santa Fé, e o zelo pela Lei de Deus.
O seu empenho neste particular melhor se compreende estudando o modo de pregar de S. Pio X. É do que pretendemos nos ocupar em outro número.
Senti falta de uma foto de São Pio X para ilustrar a matéria.