No lugar do crime, uma fonte de perdão e de graças
Às três horas da madrugada do dia 20 de junho de 1969, um grande estrondo foi ouvido nos bairros de Higienópolis e Santa Cecília, da capital paulista. Uma bomba colocada por terroristas explodira numa sede da TFP, na véspera de uma grande campanha da entidade contra o chamado “progressismo”, denunciando a infiltração esquerdista nos meios católicos.
O explosivo destruiu boa parte da fachada da casa, danificando também uma imagem barroca de Nossa Senhora da Conceição. Em desagravo, a TFP erigiu no local um oratório para veneração dessa imagem. Esse oratório acaba de completar 50 anos, e para lembrar essa sequência de fatos reproduzimos trecho de um artigo de Plinio Corrêa de Oliveira, publicado na “Folha de S. Paulo” em 26-4-1970:
“Quando, na madrugada de 20 de junho de 1969, os terroristas estouraram uma bomba na sede da Presidência do Conselho Nacional da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), imaginavam estar vibrando um rude golpe nessa entidade. Na realidade, sucedia precisamente o contrário: a Providência se serviria do fato para abrir pouco depois, naquele local, um rio de graças.
Com efeito, entre os objetos mais danificados pelo atentado criminoso estava uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Nós a guardamos carinhosamente; e, concluída a restauração do edifício, nosso dedicado porteiro Manuel nos deu esta linda sugestão: fazer um oratório dando para a rua, no exato local onde a bomba explodira, a fim de ali expor à veneração pública a imagem danificada. Com isto se repararia a ofensa feita à Virgem Mãe de Deus.”