Plinio Corrêa de Oliveira, nota biográfica rápida

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Plinio Corrêa de Oliveira

No dia 3 de outubro deste ano completam-se 16 anos do passamento de Plinio Corrêa de Oliveira, insigne pensador, homem de ação e lutador católico, a quem nosso Instituto deve seu nome e sua inspiração. Após combater o bom combate ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira recebeu de Deus sua “recompensa demasiadamente grande” (Gen. 15, 1).

Nasceu ele em São Paulo, a 13 de dezembro de 1908, descendente de estirpes tradicionais dos estados de Pernambuco e São Paulo. Fez seus estudos secundários no Colégio São Luís, dos padres jesuítas, e diplomou-se em 1930 em Ciências Jurídicas e Sociais na renomada Faculdade de Direito de São Paulo.

Em 1928 ingressou no pujante movimento das Congregações Marianas, do qual tornou-se o principal líder em todo o Brasil, destacando-se por seus dotes de orador e homem de ação.

Em 1933 participou ativamente na organização da Liga Eleitoral Católica (LEC), sendo eleito para a Assembléia Federal Constituinte como o deputado mais jovem e mais votado de todo o País. Foi um dos dirigentes do grupo parlamentar católico.

Ainda muito jovem assumiu a cátedra de História da Civilização no Colégio Universitário da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo…

Ainda muito jovem assumiu a cátedra de História da Civilização no Colégio Universitário da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e, mais tarde, tornou-se catedrático de História Moderna e Contemporânea nas Faculdades de Filosofia Ciências e Letras São Bento e Sedes Sapientiae, que depois deram origem à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).

Foi presidente da Junta Arquidiocesana da Ação Católica de São Paulo, bem como diretor do semanário católico “Legionário” (1935-1947), o qual ocupou um lugar ímpar na imprensa católica brasileira. Lutou árdua e vitoriosamente contra os erros do progressismo nascente, publicando a respeito, em 1943, seu primeiro livro “Em Defesa da Ação Católica”.

Em 1951 foi o inspirador, tornando-se também o principal colaborador, da revista de cultura “Catolicismo”, a qual se constituiu rapidamente num dos principais pólos de pensamento da imprensa católica no Brasil. Em 1959 publicou sua obra-mestra “Revolução e Contra-Revolução”, de repercussão mundial, em que compendia sua visão histórico-filosófica da civilização ocidental e cristã. Em 1960 fundou, coadjuvado por alguns amigos e discípulos mais próximos, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP). Colaborou ainda, de 1968 a 1990, na “Folha de S. Paulo”, um dos maiores quotidianos do Brasil, ademais de numerosos outros órgãos de imprensa.

Entre os inúmeros manifestos que redigiu destaca-se, em 1974, “A política de distensão do Vaticano com os governos comunistas. Para a TFP: omitir-se? ou resistir?”. Nessa obra-prima de fé e lucidez torna-se patente todo seu amor e fidelidade ao Papado conjugado com declarada resistência à aproximação que o Vaticano realizava com os governos comunistas: “Neste ato filial, dizemos ao Pastor dos Pastores: Nossa alma é Vossa, nossa vida é Vossa. Mandai-nos o que quiserdes. Só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe”.

Teve ainda enorme repercussão mundial seu manifesto de 1981 “O socialismo autogestionário: em vista do comunismo, barreira ou cabeça-de-ponte?”, publicado em 52 países e que alcançou a impressionante tiragem de 33,5 milhões de exemplares. Nele o autor desmascara “o duplo jogo do socialismo francês: na estratégia gradualidade – na meta radicalidade”, que visava a ser difundido pelo mundo todo, mas que depois dessa magistral denúncia acabou sendo arquivado.

Plinio Corrêa de Oliveira‚ autor de 14 livros de grande repercussão, mestre da doutrina contra-revolucionária, foi o mais destacado líder leigo e orientador intelectual católico no panorama nacional e internacional de sua época. Sua última obra publicada “Nobreza e Elites Tradicionais Análogas nas Alocuções de Pio XII ao Patriciado e à Nobreza romana”, um verdadeiro compêndio de doutrina social e política católica, valeu-lhe cartas de elogio de altos prelados da Igreja e intelectuais.

Seu ensaio “Revolução e Contra-Revolução” inspirou a fundação de associações defensoras dos valores da tradição, da família e da propriedade, em 26 países, nos 5 continentes. A irradiação de sua personalidade e a influência de seu pensamento possante e de sua ação eficaz estendem-se largamente em nossos dias tanto na Europa como nas Américas.

8 COMENTÁRIOS

  1. Quanta falta faz ao mundo Plinio Corrêa de Oliveira! Que o Instituto que leva seu nome cada vez mais o difunda pelo Brasil e pelo mundo!

  2. Salve Maria!
    Me adhiero -desde Buenos Aires- al nuevo aniversario del fallecimiento de tan augusto católico, hombre de bien (hoy muy ausentes en la Historia humana). Supo combatir con el signo de la Cruz Santa a los infieles que difaman los nobles criterios de la Cristiandad a través de los siglos, especialmente en estos apocalípticos tiempos. Tuvo los dones del coraje, la profecía y de amar con toda su alma los Tesoros de la Fé Católica (palabra que hoy poco se menciona…). Desde el Cielo eterno nos mira a todos los que le rendimos honores a su alta investidura aquí en la tierra y en la Gloria!!

  3. Tenho acompanhado o desenvolvimento deste site, suas campanhas e penso que seria muito oportuno que iniciassem uma secção informativa sobre o pensamento do Prof Plinio Correa de Oliveira. Este resumo biográfico é um bom começo. Um amigo forneceu-me toda a coleção do semanário Legionário do qual foi diretor o Dr. Plinio. Fica aqui a sugestão para o site começar a reproduzir os acontecimentos do século XX ‘a luz dos comentários expostos no Legionário. Sempre admirador da vossa obra. Saudações. Marcos Machado

  4. Uma das melhores coisas que me aconteceram em 69 anos de vida foi conhecer a vida e a obra do Dr. Plinio, no distante 1963, quando fazia o “terceirão” no Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba. Lamento ter feito tão pouco para divulgar essa personalidade absolutamente extraordinária, e menos ainda para imitá-la!

  5. Que hombre estraordinário! Que emoción recordarlo. Que honor para el Instituto ostentar el nombre de Plinio Corrêa de Oliveira. Que nota biografica resumitiva pero bien hecha. Saludos
    Juan A. Arrozabal

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