Assim São Jerônimo nos descreve o Evangelista São Lucas, cuja festa comemoramos hoje: “Era  discípulo e companheiro inseparável de São Paulo; nasceu em Antioquia, exercia a profissão de médico; ao mesmo tempo, cultivava as letras e chegou a ser muito versado em língua e literatura gregas. Seu gosto literário ressalta nessa preciosa História [Atos dos Apóstolos] que nos deixou da origem do cristianismo, mais completa em muitíssimos pontos que a dos demais evangelistas, melhor ordenada e de mais agradável leitura”.

No século I da Era Cristã, Antioquia da Síria era muito celebrada pela sua agradável situação, esplendor de seus monumentos, riqueza de seu comércio, progresso de sua civilização e, infelizmente, também por causa dos seus depravados costumes pagãos. Foi a primeira Sé de São Pedro antes de ele mudar-se para Roma, e foi nela que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus Cristo receberam o nome de “cristãos”.

Foi em Antioquia que nasceu e estudou o evangelista Lucas, autor do 3º. Evangelho (o 1º. é o de São Mateus, o 2º. o de São Marcos, e o 4º. de São João) e dos Atos dos Apóstolos. Crê-se que, segundo costume na época, depois de estudar em Antioquia, Lucas foi aperfeiçoar-se na Grécia e no Egito, pois ressaltam os estudiosos que seu estilo é puro, exato, elegante.

Em geral aponta-se sua conversão à época em que São Paulo e São Barnabé pregaram na nascente Igreja de Antioquia (At 11, 22 e ss.).

São Lucas, afirma que escreveu o seu Evangelho com os fatos que “nos referiram os que, desde o princípio, os viram e foram ministros da palavra” (1, 2). Quer dizer, com base em testemunhas oculares daquilo que narra.

Entre essas testemunhas ele pôde consultar São Pedro e os demais Apóstolos e Discípulos, as Santas Mulheres, e há quem avente a hipótese de ele ter recebido informações preciosas da própria Mãe de Deus. Daí ter sido ele o único Evangelista a falar da Anunciação, da visita a Santa Isabel com o excelso cântico do Magnificat, do nascimento do Menino Jesus em Belém, da adoração dos pastores, da Circuncisão, Apresentação no Templo e purificação de Maria Santíssima, e da perda e encontro do Menino Jesus entre os Doutores da Lei. Pelo que seu Evangelho mereceu ser chamado por alguns de O Evangelho de Maria Santíssima.

Com efeito, alguém disse que “dentre esses informantes, sobretudo nos primeiros capítulos do seu Evangelho, pode-se ouvir ainda a voz suave da própria mãe de Jesus”.

É mais provável que São Lucas tenha se unido a São Paulo, como defende Santo Irineu, quando este embarcou para Troade, na Macedônia, em sua segunda viagem missionária, no ano 51. É quando os vemos pela primeira juntos. A partir daí os dois apóstolos não se separarão mais, a não ser por intervalos e quando as necessidades das novas cristandades o pediam. Lucas aparece sempre como discípulo afeiçoado e colaborador zeloso do Apóstolo das Gentes.

Segundo Santo Epifânio, após o martírio de São Paulo, São Lucas pregou na Itália, na Gália, na Dalmácia e na Macedônia. Embora alguns afirmem que ele sofreu o martírio, a opinião mais aceita é a de que ele faleceu de morte natural aos 84 anos de idade, na Bitínia. Entretanto, como enfrentou muitos perigos pela fé de Cristo, é considerado por muitos como mártir.

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