Segundo notícia publicada pela Folha de São Paulo (1/10/2011), uma proposta do Partido da Revolução Democrática (PRD) do México visa legalizar um novo tipo de união civil: o casamento com prazo de validade.
O pretexto para tal proposta seria de ‘’facilitar a vida do casal que não deu certo, e também poupar os cofres públicos dos gastos com a tramitação judicial dos divórcios’’.
Isso porque de acordo com pesquisas recentes, 50% dos casamentos realizados na Cidade do México terminam antes de completar dois anos. Portanto, caso esta lei for aprovada, o prazo estabelecido para uma união civil seria de no mínimo dois anos! Mas se quiserem, após este tempo, os conjugues podem renovar o contrato de casados!
Como um dos responsáveis pelo projeto, Leonel Luna (PRD) pretende que o mesmo seja votado ainda este ano. Recentemente, no México também já foi aprovado a união estável de pessoas do mesmo sexo.
O clero mexicano se manifestou e o porta-voz da Arquidiocese da Cidade do México, Hugo Valdemar, declarou aos meios de comunicação do país: ‘‘Isso é um teatro eleitoral promovido por parlamentares irresponsáveis e imorais’’. O México tem a segunda maior população católica do mundo, atrás apenas do Brasil.
Novamente vemos que o poder público, além de não resolver o problema da crise na familia, é o principal braço que empurra a família para o fundo do abismo.
De fato, que estrago faz a falta de confiança a um casal que almeja a felicidade! Almeja mas querem apenas a felicidade para si proprio. E espera que o outro lhe faça feliz se possivel sem dar nada em troca. Tentam para ver no que dá.
Antigamente, mas não tão antigamente assim, entre namoro sério, noivado e casamento – um prazo mais ou menos adequado para os noivos se conhecerem era de dois anos também.
Se não desse certo, paciencia, pelo menos ambos se conheceram conheceram as respectivas familias, e sentiram se podia ou não dar certo a união matrimonial, um tamanho compromisso para até que a morte os separe.
Tudo isso ainda está valido, ou pela tradição e costumes, ou pela necessidade da realizaçao da felicidade conjugal.
Diria que deveriamos intensificar esta proposta entre nós, brasileiros catolicos, para que pudéssemos ser exemplos a outros países. Mas receio que estamos, na verdade, importando e copiando tais modelos para a nossa sociedade. Logo algum politico adotará a idéia para somar aos estragos que já fazem para a desunião dos casais.
Vocês já imaginaram uma sociedade com a seguinte regra: tudo que estiver acertado só vale por tempo determinado, já que a felicidade do homem consiste em não estar amarrado a nada. Consequência: nenhum negócio pode ser realizado. Você compraria uma casa para sua família sabendo que aquela compra só vale por uns dois ou tres anos?