Na Zâmbia, presidente católico pretende basear seu governo segundo os Dez Mandamentos

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“Este governo vai estar baseado nos Dez Mandamentos: Não roubarás e te comportarás com o próximo como gostaria que o próximo se comportasse contigo”, declarou Michael Sata, o novo presidente da Zâmbia.

Este governo vai estar baseado nos Dez Mandamentos: Não roubarás e te comportarás com o próximo como gostaria que o próximo se comportasse contigo”, declarou Michael Sata, novo presidente da Zâmbia, que tomou posse no último 23 de setembro (Cfr.: El Pais, 10/10/11).

No momento em que muitos governantes americanos e europeus parecem não encontrar meios adequados para dirigir seus países, o líder africano, conforme considerações dele feitas numa igreja de um dos melhores bairros de Lusaka, capital da Zâmbia, vai seguir uma fórmula simples e antiga.

Michael Sata, com 74 anos, é o primeiro presidente católico do país. Ele nasceu na colônia britânica da Rodésia do Norte, atual República da Zâmbia. Em sua juventude mudou-se para a metrópole e trabalhou como faxineiro e carregador de malas em diversas estações ferroviárias de Londres. Voltou a seu país em 1964, antes da independência e ocupou vários cargos de ministro no governo de Kenneth Kaunda, o primeiro presidente da Zâmbia.

Em 1973, o país fechou suas fronteiras com a Rodésia do Sul, atual Zimbábue, em oposição ao regime racista de Ian Smith. A política adotada depois da independência foi a de manter os colonos brancos e não expulsá-los como fizeram a maior parte das ex-colônias europeias na África.

Com uma linguagem mordaz e sua retórica anti-China, Sata recebeu o apelido de “Rei Cobra”. Chegou a declarar na campanha presidencial de 2007, em face da invasão chinesa, sua preferência aos antigos colonizadores ingleses: “Queremos que a China saia e que voltem nossos antigos governantes coloniais. Eles também exploravam nossos recursos naturais, mas pelo menos cuidavam de nós. Construíram escolas, nos ensinaram seu idioma e nos trouxeram a civilização britânica.”

Sendo a Zâmbia a maior produtora de cobre da África, a China, que é a maior consumidora do mundo deste mineral, investiu muito dinheiro para a construção de fábricas nesse país. No entanto, a população não está nada satisfeita com o “companheiro” de negócios. Nessas empresas apenas funcionários chineses podem ocupar os maiores cargos e forçam os moradores locais a trabalhar de forma desumana nas minas.

O novo presidente também ordenou o aumento do salário mínimo, que é de 84 dólares por mês. A medida atinge sobre tudo as empresas chinesas, conhecidas no país por pagar o mínimo possível a seus trabalhadores.

10 COMENTÁRIOS

  1. Espetacular!

    E o nome dele é Michael (Miguel), como o Santo Arcanjo que, já no significado do nome, declara-nos: “QUEM COMO DEUS?”.

    Que o Senhor DEUS Onipotente abençoe plenamente a Zâmbia e, a partir dela, o mundo inteiro!

  2. Na idade média era assim, havia muitas vezes uma sintonia entre o estado e a Igreja, só que
    este presidente terá que ter o pulso firme pois lidar com a China não vai ser fácil, há muito
    interresse em jogo. E o segredo é ele beneficiar o povo, pois ninguém se preocupa com o povo, aliás só se lembra- se do povo na hora de pedir votos. Rezemos por ele pois vai precisar.

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