Aborto – A ditadura do silêncio existe

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Capa do livro de Antonio Socci “Um Genocidio Censurado – um bilhão de vítimas inocentes”

Todos sabem que o aborto é uma imensa guilhotina. Quem sabe dizer exatamente o total de vítimas dessa máquina de matar vidas humanas indefesas e inocentes?

O jornalista católico italiano Antonio Socci resolveu fazer este cálculo. A cifra a que chegou é aterradora: um bilhão de vítimas! Sim, é bem isso: UM BILHÃO de bebês foram suprimidos no seio materno no Século XX. O número aparece no livro “Um genocídio censurado – Um bilhão de vítimas inocentes”, obra publicada em italiano em 2006 (Piemme) e em espanhol em 2007 (Ediciones Cristiandad).

Como fruto maldito da revolução de maio de 68, o aborto foi legalizado – ou “descriminalizado”, o que na prática é a mesma coisa –  em numerosos países ocidentais, a partir dos anos 70. Na União Soviética foi aprovado em 1920 e, logo depois, na Alemanha nazista, onde foi uma prática obrigatória nos campos de concentração. Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi ele imposto nos países ocupados pelo Exército Vermelho no Leste europeu: Polônia, Hungria e Bulgária em 1956 e na Checoslováquia em 1957. Assim, em nossos dias, a guilhotina do aborto está funcionando, com maior ou menor amparo legal, em cerca de 90 países.

Segundo a Organização Mundial da Saúde em 1997 foram praticados 53 milhões de abortos no mundo. Ou seja, o aborto é responsável por um número semelhante ao de vítimas de toda a Segunda Guerra Mundial. Algumas cifras mencionadas no livro “Um genocídio censurado” fazem estremecer os leitores. Na Rússia, por exemplo, no período 1965-1982 as estatísticas oficiais calculam um número de abortos que oscila entre 150 e 200 milhões de abortos. Nos cálculos de Antonio Socci não estão incluídos os abortos decorrentes das diversas práticas que impedem a gravidez ou os resultantes do uso da pílula abortiva RU 486. “Portanto, na realidade, estamos muito por cima de um bilhão de vítimas”, conclui o jornalista.

Como se explica o silêncio sobre o total de vítimas do aborto, embora as cifras estejam facilmente disponíveis dos interessados? Porque o silêncio da mídia a respeito? Estamos diante uma “ideologia mortífera”. Para Socci, há uma diferença enorme “entre o fenômeno individual e oculto dos tempos passados e a organização em série por parte dos Estados da supressão de centenas de milhões de vidas humanas” com “poderosas estruturas tecnológicas apoiadas por um aparelho ideológico e mediático que pretende reivindicar este extermínio como um dos direitos fundamentais do homem”.

Com a generalização do aborto desaparece o senso do bem o do mal. E para não despertar as consciências adormecidas, o maior genocídio da História tem a cumplicidade da maior ditadura da História: a ditadura do silêncio.

9 COMENTÁRIOS

  1. Numa sociedade como a nossa, marcada pela “antropofobia” e pelo menosprezo da fé, tais coisas tomam lugar cada vez mais. É preciso muitas orações para que o Senhor transforme esses corações de pedra e m corações de carne, sensíveis aos apelos da Santa Madre Igreja. Que a Virgem Soberana interceda por nós!

  2. “A família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os guiarão durante toda a vida”. (Papa João Paulo II).

    Que as mulheres valorizem as suas vidas; tenham amor pelo seu próprio corpo; e ame o fruto que foi gerado dentro dela.

  3. Fico preocupado com a REPORTAGEM de CAPA da REVISTA VEJA desta semana de 02 a 08/11/2011, que trás a público sobre o aumento da população mundial a partir de DEZEMBRO em 7 BILHÕES de pessoas. Dá a entender que o PLANETA NÃO COMPORTA MAIS TANTA POLPULAÇÃO. Este periódico semanal de tendência esquerdista na certa fez esta publicação no sentido de incentivar a PRÁTICA ABORTISTA. O QUE PARA MINHA PESSOA É EXTREMAMENTE MALIGNO para todos nós.

  4. O que é inegável é que a natureza atribuiu à mulher o poder da maternidade.
    Fica em evidência “a valorização da vida humana”.
    Algumas mulheres, em casos de risco, opta pela interrupção.
    A religião sempre se pronuncia sobre o aborto, como também, a ciência intervém
    sobre o assunto; cabe então, ao estado e ao direito legislar sobre o tema.
    Pergunta-se: até onde pode o estado interferir nas decisões individuais de certas
    mulheres?
    Fica as palavras do Papa João Paulo II, para o ser humano refletir:

    “A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta desde o momento
    da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver
    reconhecidos seus direitos de pessoa, entre os quais está o direito inviolável de tudo
    ser inocente à vida”.

  5. Não há geração de vida sem o concurso de ambos os sexos, portanto não se pode imputar exclusivamente às mulheres o assassinato dos inocentes. O homem que não assume sua responsabilidade no ato é tão ou mais culpado que a mulher. O balanço é aterrador tanto quanto a ditadura do silêncio vigente também aqui por parte da grande mídia face ao PNDH-3, descaradamente atentatório contra nossa índole cristã, nossa liberdade de expressão, contra a célula mater da nação, a família, através do aborto, da união sodomítica e tantos outros absurdos que, sem uma reação condizente à agressão, só Deus sabe onde vamos parar. Por isso devemos rezar com uma mão e com a outra descer o malho nos inimigos da cristandade.

  6. O pior de tudo é o que diz o articulista: “Com a generalização do aborto desaparece o senso do bem o do mal.” Não há que se perguntar porque aqui no Brasil alunos agridem alunos e professores e bandidos de 12, 13, 14 anos roubam ou matam sem constrangimento e ainda se vangloriam.

  7. E as mulheres ainda argumentam que os homens é que são assassinos, violentos, insensíveis, etc… Que tal assumirem sua parte na matança, que é maior do que todas as guerras e assassinatos juntos? Que tal um “mea culpa” no dia internacional (comunista) da mulher (que protesta contra seu “opressor” homem) – já que poucas realmente se ufanam da graça do ser feminino (que, aliás, a grande maioria nem sabe o que é)? Mais um fruto da revolução (cultural) sexual: liberdade para fazer o mal, igualdade com homens de péssima conduta e fraternidade com o demônio…

  8. Infelizmente, a estatística real é ainda pior.

    Após ver um vídeo relativamente antigo em http://padrepauloricardo.org, eu li, no mesmo site, o testemunho de um médico (que eu lembre, Dr. André é o nome dele) que confirma a seguinte informação: de uns tempos para cá, a bula da “pílula anticoncepcional” mudou, mas a pílula em si (isso mesmo: TODA E QUALQUER chamada “PÍLULA ANTICONCEPCIONAL”) continua exatamente a mesma, ou seja, potencialmente ABORTIVA e não apenas anticoncepcional. A bula é que passou a usar termos meramente genéricos, para não mais dar na cara o potencial abortivo.

    Explica-se: a pílula ora pode funcionar como medicação anticoncepcional (evita a concepção), ora como abortiva. Isso depende, aleatoriamente, de cada relação. Se a pílula evitar a fecundação do óvulo pelo espermatozoide nas trompas de falópio, isso é anticoncepcional; mas a pílula muitas vezes permite a fecundação e, só posteriormente, evita outro fato: a nidação, ou seja, a implantação do óvulo JÁ FECUNDADO nas paredes do útero. Nessa última situação, portanto, a pílula é ABORTIVA. Em resumo, ela é no mínimo uma roleta russa e isso simplesmente confirma o Magistério da Igreja, que condena a pílula, pois, entre outros motivos, não se pode pôr em risco uma vida humana.

  9. O sangue de todas essas vítimas inocentes, sacrificadas pela próprias mães que colocam o gozo da vida acima de tudo, constituiu talvez a face mais terrível e cruel do século XX, que hipocritamente tanto enalteceu a paz. Unamos as nossas orações às desses inocentes, para obter de Deus a devida e pronta punição por este e tantos outros crimes e pecados.

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