Castelo de Lourdes: marco vitorioso contra o Islã

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No pináculo de um rochedo recoberto de abundante vegetação, protegendo, como um guerreiro, a pequena cidade onde Nossa Senhora quis se manifestar, ergue-se altaneiro o castelo-fortaleza de Lourdes, numa posição de domínio sobre o verdejante vale que se estende a seus pés.

Como fundo de quadro, nos confins do horizonte, parecendo desafiar o castelo-fortaleza, sobressaem grandiosas montanhas nevadas — contrafortes dos Pirineus.

Em estilo românico, com grossas e altas paredes de pedra, poucas e estreitas janelas, possante torre — na qual se localiza o donjon —, o castelo está situado bem próximo da gruta de Massabielle, onde Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadette, e é certamente o símbolo mais expressivo da vitória dos católicos contra os mouros, na França.

A primitiva fortaleza, existente no local do castelo, era dominada por um chefe sarraceno, chamado Mirat, quando, em 778, Carlos Magno, o invencível Imperador cristão, com seus francos a cercou e tentou conquistá-la pela fome.

Aconteceu, entretanto, que uma águia, sobrevoando a fortaleza, deixou cair no seu interior uma truta que acabara de pescar no lago vizinho. Mirat mandou levar o peixe a Carlos Magno com uma mensagem, mostrando que uma praça tão abastecida de víveres poderia resistir ainda por muito tempo.

Carlos Magno enviou, então, ao comandante mouro um de seus embaixadores, o santo bispo de Puy, para dizer-lhe que se ele, Mirat, julgava rebaixar-se capitulando nas mãos do mais ilustre dos homens — o chefe dos francos ­poderia, sem nenhuma vergonha, render-se à Virgem, Nossa Senhora de Puy-en-Velay.

Mirat, tendo aceitado a proposta, rendeu-se e pediu o batismo, recebendo o nome de Lorus (de onde o nome de Lourdes), e conduziu seus guerreiros em peregrinação ao rochedo de Puy-en-Velay, para venerar a imagem da Santíssima Virgem.

Ainda hoje, as armas da cidade de Lourdes [foto acima] trazem três torres sobre as quais plana uma águia, tendo no bico uma truta. E uma escarpa do rochedo conservou o nome de “Rochedo da Águia”.

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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 525, Setembro/1994.

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