É difícil, árido e quase impossível, naturalmente falando, à grande parte dos homens contemporâneos — hedonista, naturalista, enxarcada do happy end — entender o papel do sofrimento, da dor e, sobretudo, as lições que se podem tirar de uma pandemia.
O abismo panteísta de expoentes da TL face ao coronavírus
No extremo oposto (do happy end), expoentes da TL, eco-terroristas, e adoradores da Pachamama — como no caso do ex Frei Boff — procuram tirar proveito (dessa pandemia) a fim de precipitar os homens nos negros abismos de suas teorias e doutrinas panteístas. Vejamos o que diz Frei Boff sobre a pandemia do Coronavírus:
A Mãe Terra … “Ela implora por uma atitude diferente em relação a ela: respeitar seus ritmos e limites, cuidar de sua sustentabilidade e sentir que somos mais do que filhos e filhas da Mãe Terra, mas mesmo (parte da) Terra que sente, pensa, ama, adora e se importa “.
“Assim como nos importamos, devemos cuidar dela. Ela não precisa de nós. Precisamos dela.”
“Boff teorizou que a Mãe Terra “pode não nos querer mais em seu rosto” e previu que ela “continuará girando pelo espaço sideral, mas sem nós, pois fomos culpados de ecocídio e geocídio””. (1) https://www.lifesitenews.com/news/laicized-priest-who-helped-engineer-amazon-synod-claims-coronavirus-is-mother-earths-revenge
O ensinamento católico sobre o papel da dor, sofrimento e privações: oposto à TL e oposto ao happy end
A Santa Igreja, Mestra infalível da Verdade, verdadeira mãe, em sua sabedoria duas vezes milenar nos oferece, ensina e guia no reto procedimento face à dor, ao sofrimento, à uma epidemia.
Comenta o Prof. Plinio: “Houve um pintor alemão que uma ocasião pintou Nosso Senhor como Bom Pastor, batendo à porta de uma casa, de uma choupana. E alguém lhe comentou: “O sr. fez um erro na confecção desse seu quadro, porque essa porta não tem fechadura”. Ele disse: “É verdade. Mas isso não é um erro. Esta porta simboliza a porta do coração humano. Nosso Senhor bate ali, mas não há fechadura do lado de fora, mas apenas do lado de dentro. Porque um certo tipo de abertura de alma é da alma para consigo mesma só. E aqui ninguém consegue intervir. É uma coisa fechada mesmo”.
Abrir-se à ação da graça por ocasião do sofrimento
“Com efeito, o jeito que há para conseguir que as almas se abram é precisamente por meio da oração e dos sacrifícios. É por meio da dor que encontramos a vida, carregando amorosamente a Cruz de Nosso Senhor, compreendendo que é normal que se sofra.
“E que a pessoa só é grande na medida em que se sofre, e quem carrega os grandes sofrimentos por amor de Deus são os únicos grandes homens da História. É nessa medida que se é verdadeiramente fiel a Nosso Senhor e se acaba sendo um grande homem. As pessoas decisivas na História são as que souberam sofrer tudo.
“A aceitação do sacrifício é necessária para se combater o mito holywoodiano do “happy end””.
Precisamente isto nos é dito muito pelo sacrifício de Jacinta (de Fátima) como pelo sacrifício de Francisco. Devemos, na noite de amanhã, nos lembrar disso e pedir a Jacinta que interceda a Nossa Senhora de Fátima para obter esse senso de sofrimento, indispensável para que qualquer católico seja verdadeiramente um católico generoso e dedicado.
Essa aceitação da cruz é contrária ao mito do homem de hoje, ao mito holywoodiano do happy end, de que a vida normal é aquela que termina bem, e que tudo é alegria, tudo é luz, e que o sofrimento é uma espécie de bicho de sete cabeças que malucamente invade a vida das pessoas.
“É o contrário! A vida que não tem cruzes é uma vida que não vale nada. São Luiz Maria Grignion de Montfort chega até a dizer que quando uma pessoa não sofre – naturalmente com autorização do diretor espiritual – deve pedir cruzes, fazer peregrinações e orações intensíssimas. Porque a pessoa que não tem sofrimentos, a quem Deus não enviou sofrimentos deve desconfiar de sua salvação eterna.
“Devemos pedir a Jacinta a graça de Deus para que grave esta grande verdade profundamente em nossas almas, por meio das preces de Nossa Senhora”. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_650219_JacintadeFatima_necessidade_sofrimento.htm
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- Uma conclusão se impõe: saibamos nos portar face ao surto do Coronavírus como católicos de Fé. Peçamos à Nossa Senhora que tudo isso redunde num proveito espiritual para nós mesmos, nossas famílias, nosso Pais que mal acaba sair do Carnaval bafejado, aliás, por grossas verbas estaduais. E tantos enredos de escolas de samba ofensivos à Fé Católica.
- Nunca a tentação será maior do que a graça de Deus. Saibamos crescer na medida do perigo.
- Ao Governo cabem as medidas de Saúde Pública. Aos católicos compete se portarem face à epidemia como a Igreja sempre fez ao longo da História, ainda que parte de nossa Hierarquia tenha se postado na retaguarda … quando o maior bem que se pode desejar é a salvação eterna.