Quando o Pastor abandona o rebanho. Da Itália ao Brasil, a mesma omissão dos Bispos

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Transcrevemos um tópico do artigo de Julio Loredo, com uma penetrante e lúcida análise, sobre a omissão da CEI (Conferência Episcopal Italiana) — que se aplica inteiramente à atitude similar de nossos Bispos face ao surto do vírus chinês. 

Através de Fatima Oggi

Por Dies Iræ 07 maio

“Quando o pastor abandona o rebanho.

“A pandemia do COVID-19 também mostrou o pior lado da crise que, há mais de meio século, assola a Santa Madre Igreja: o abandono consciente e voluntário da sua missão salvífica por parte de muitos pastores. Os italianos ficaram surpreendidos quando a CEI suspendeu o culto público antes mesmo de o Governo decretar o seu bloqueio, privando, assim, os fiéis dos Sacramentos. Ao lockdown social juntou-se o espiritual, muito mais implacável. Temos hoje a situação bizarra em que estão abertos os supermercados e as tabacarias, mas as cerimônias religiosas são proibidas. Enquanto as pessoas podem tranquilamente ir às compras ou adquirir cigarros, muitos estão a morrer sem o auxílio da Penitência e da Unção dos enfermos. Mais de um bispo emitiram normas que proíbem que os sacerdotes se exponham para assistirem os doentes. O exato contrário do que a Igreja fez em dois mil anos.

“Alguns sacerdotes corajosos, desafiando as imposições da CEI, tentaram celebrar a Missa com algumas pessoas presentes, em perfeita obediência às normas sanitárias. Foram severamente punidos com multas pesadas e até mesmo ameaçados de prisão. Chegou-se ao escândalo da invasão de algumas igrejas pelas Forças de Segurança, com a interrupção sacrílega do Santo Sacrifício. Não apenas as autoridades eclesiásticas não protestaram contra estes atos de perseguição religiosa, mas também se alinharam com o Governo, censurando os sacerdotes “rebeldes”. Provavelmente, nunca na história de Itália a Igreja se tenha mostrado assim tão submissa ao Estado.

“Quando, cedendo ao clamor dos fiéis escandalizados, a CEI começou finalmente a levantar um pouco a voz em defesa da liberdade religiosa, foi imediatamente silenciada pelo Papa Francisco, que, da cátedra de Santa Marta, instou os bispos a «obedecerem às disposições do Governo».

“A esta atitude servil em relação a César, devemos acrescentar os esforços de tantos pastores para negar qualquer significado espiritual à pandemia. É um castigo divino? O pensamento católico tradicional tê-lo-ia considerado, pelo menos, como uma hipótese. É inegável que a Providência às vezes usa, como causas secundárias, eventos naturais como “punições” pelos pecados da humanidade. Em Fátima, por exemplo, Nossa Senhora definiu explicitamente as duas guerras mundiais como punições. Hoje, porém, esta palavra é absolutamente excluída do vocabulário católico. O Bispo de Fátima, o Cardeal António Marto, chegou ao ponto de dizer: «Falar desta pandemia como punição é ignorância, fanatismo ou loucura». Recusam-se a falar do pecado público. Recusam-se a chamar os fiéis à conversão. Recusam-se, enfim, a cumprir o próprio dever como pastores de almas.”

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Em boa hora nosso Site promove uma Petição aos Srs Bispos brasileiros para reabrirem as igrejas. https://ipco.org.br/abaixo-assinado-apelo-aos-bispos-do-brasil-para-que-abram-as-igrejas/

E um sadio movimento popular de recitação pública do Rosário vai se espraiando pelo Brasil. https://ipco.org.br/tercos-publicos-pela-abertura-das-igrejas-e-pelo-fim-da-pandemia-faca-o-seu-tambem/

É, reconfortante, para nós católicos que os apelos aos Srs Bispos, para reabrirem as igrejas, sejam feitos dentro do espírito de fidelidade, submissão e Fé aos ensinamentos perenes e imutáveis da Santa Madre Igreja.

 

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