Portugal, tal como a maioria dos países europeus, debate-se na crise econômica, que a todos afeta. No entanto, muito mais importante é a crise da natalidade, porque pode levar o País, matematicamente, ao desaparecimento.
Segundo informa o Diário de Notícias (7/12/2011), Portugal é, desde 1982, “um dos países do mundo com mais baixos índices sintéticos de fecundidade”. Estas são algumas das evidências divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) durante a apresentação dos resultados provisórios do censo populacional de 2011. “Nos últimos 30 anos perdemos cerca de um milhão de jovens, entre os zero e os 14 anos, e ganhamos cerca de 900 mil idosos, ou seja, pessoas com mais de 65 anos”, resumiu Fernando Casimiro, coordenador do Gabinete do Censo de 2011 do INE.
Se o povo ou a sociedade não se meter em brios, Portugal estará matematicamente condenado ao desaparecimento, devido à diminuição contínua da população que nos coloca entre os três países com menor taxa de natalidade da União Europeia, com 1,32 nascimentos por mulher. Os outros dois são a Letônia (1,31) e a Hungria (1,32).
Qual é a causa desta trágica situação? Sem dúvida, deve-se às políticas de contracepção, à generalização da prática do aborto e à difusão da mentalidade hedonista de gozo da vida com a liberdade sexual que a acompanha.
O referendo nacional (Lei n.º 16/2007 de 17 de Abril) selou o esforço dos governos de esquerda que se sucederam a partir da revolução de 25 de Abril de 1974, coadjuvados pela maioria dos meios de comunicação social e combatido apenas por alguns setores mais sadios do País. Circulou até a notícia inacreditável de que uma alta autoridade eclesiástica considerava que a Igreja não devia pronunciar-se sobre o tema, por ser de natureza “política”. Como se fosse “político” o destino de uma vida humana e o cumprimento do 5.º Mandamento da Lei de Deus.
Será preciso lembrar que o direito à vida desde a concepção até a morte natural é um direito humano por excelência? Talvez seja o caso de perguntar se a nação portuguesa não deve ver nesta tragédia um aviso de Deus para a conversão e a mudança de vida, pedidos feitos pela Virgem de Fátima, com maternal insistência, em 1917.
Só discordo do sr. Renato de Almeida Lima quanto ao fato de que o mesmo que ocorre no Brasil é em menor proporção. Se considerarmos nossas dimensões continentais e a cobiça de outras potências sobre nossas riquezas veremos que de uns 30 anos para cá os coveiros das gerações futuras trabalharam com grande eficácia, com métodos de persuasão diferentes da truculência chinesa mas com resultados semelhantes. Tal política anti-natalista pode ser configurada como um dos mais letais ataques a nossa soberania e ao futuro da nação mais católica do mundo, onde reside, creio eu, a rasão desse intento em provocar um verdadeiro suicídio da nação brasileira.
Não sei se está relacionado as atuais ideologias da globalização com degradação moral e sexualidade. Há tempos atrás portugueses residentes no Brasil diziam da dificuldade de familias portuguesas não terem herdeiros. Buscavam descendentes entre brasileiros de origem portuguesa para que as heranças viessem a lhes pertencer, desde que provassem a hereditariedade, etc. Pelo jeito a propria nação portuguesa havia criado para si tal controle de natalidade que está se agravando com tais modernidades, o que já se torna crônica a situação. Outros países devido as guerras constantes em que jovens e homenes maduros morriam em combate sem deixar prole, aumentando numero de mulheres sem filhos também. Esta materia merece livros e livros de reflexoes sobre as familias e seus desecendentes, já que “casais homossexuais” também não deixam proles.
Enquanto isso, os muçulmanos que não tem politica abortista, estão crescendo expoencialmente e se exportando para todos os países da europa. Ou seja, em menos de 100 anos teremos uma europa muçulmana.
O que ocorre em Portugal é lamentável, porém, o mesmo ocorre no Brasil, talvez, em menor proporção.
O sexo hoje é encarado como uma atividade esportiva: o importante é a performance.
Para isso contam com todos os meios de comunicação, respaldados por sexólogos, providos por laboratários que exploram esse grande nicho de mercado com seus potentes “viagras”
Toda essa tragédia é alavancada pela degradação moral em todos os níveis da sociedade, a partir dos governos, aliada ao desprezo pela Lei de Deus.
A televisão nada mais faz que refletir esta situação em vez de apontar caminhos que reconduzem a humanidade na recuperação da sua dignidade de filhos de Deus