Concessão e espírito gelatinoso não impedem as Revoluções; Pachamama seria contextualização?

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Recente declaração do “arcebispo” (*) anglicano de Canterbury — sobre remoção de imagens — retoma a palavra talismã das esquerdas: a “contextualização”.

Estamos assistindo, nos EUA, uma investida da esquerda contra estátuas de representantes do Poder Civil e até do Benemérito evangelizador São Junípero Serra. Mais recentemente, até Imagens de Jesus e Maria são objetos de questionamentos inaceitáveis. https://ipco.org.br/a-nova-ofensiva-dos-protestos-destruir-imagens-de-jesus-e-maria/

Se analisamos as instituições, sejam elas de caráter civil ou religioso, durante o decurso da História, nos deparamos com essa regra infalível: aquelas que escolheram o caminho “ceder para não perder“, foram derrotadas.

Exemplo: a Instituição da Família

Tomemos o exemplo da instituição da Família, alicerçada sobre dois Mandamentos e o casamento defendido pela Santa Igreja como monogâmico e indissolúvel.

Se a sociedade civil vai aos poucos perdendo a noção desses fundamentos, — e o progressismo vai minando internamente a Igreja — inevitavelmente teremos o divórcio, as uniões pré matrimoniais, o aborto e mais recentemente a tentativa de equiparar a união homossexual ao conceito de Família. É um processo de “ceder (um pouco agora) para não perder”  tudo de uma vez.

Ceder no quê? Ceder nos princípios morais, nos valores da civilização cristã é o caminho da derrota.

Anglicano admite rever o contexto histórico das imagens

Featured Image“Arcebispo” anglicano de Canterbury: estátuas ‘terão que descer (serem removidas) … nomes terão que mudar’
“Vamos olhar para eles com muito cuidado, colocá-los em contexto e ver se devem estar lá”, disse Justin Welby.

“Justin Welby, o principal clérigo da Comunhão Anglicana em todo o mundo, recebeu uma oportunidade pela BBC Radio 4 nesta manhã de dizer que as transgressões de figuras históricas honradas com estátuas poderiam ser perdoadas. O arcebispo anglicano não aceitou.

“Bem, só podemos perdoar se tivermos justiça, o que significa que a estátua precisa ser contextualizada”, disse ele.

— Perguntamos nós: esse é um princípio evolucionista, visceralmente anti católico. Daqui a pouco vai ser preciso “contextualizar” Anchieta, Nóbrega, ou vultos incontestes de nossa sociedade civil. Na Lei Eterna não se muda um só til.

“Alguns terão que descer. Alguns nomes terão que mudar. Quero dizer, a Igreja, meu Deus. Você apenas percorre a Catedral de Canterbury: há monumentos por toda parte. Ou a Abadia de Westminster ”, continuou ele.

“Estamos analisando tudo isso. Alguns terão que descer – ele repetiu.

O Sínodo da Amazônia também contextualizou … e entronizou a Pachamama

A introdução da Pachamama em cerimônia nos Jardins do Vaticano seria “contextualização”?  Pelo menos a Imagem da Virgem Maria não estava presente.

A ideia central — errônea — é a de que os índios têm a sua sabedoria original, seus cutos, seus costumes.

Como explicou em seu livro Tribalismo indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil do século XXI, o Prof. Plinio mostrou — com base em ampla documentação do CIMI, de revistas católicas — que se estava corroendo a ideia de Missão, de Evangelização (pela Igreja) e introduzindo o “novo conceito” de que os índios não devem ser evangelizados. Baixe o pdf gratuitamente:  https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Tribalismo_c_capa_live_index.pdf

A consequência dessa nova missiologia está em perfeita consonância com a derrubada de imagens, em decorrência da nova “contextualização”.

As declarações concessivas do arcebispo de São Francisco

Comenta LifeSiteNews: “Em resposta à derrubada da estátua de (São Junípero) Serra em São Francisco, o arcebispo de São Francisco, Salvatore Cordileone, disse em um comunicado que “um movimento nacional renovado para curar memórias e corrigir as injustiças do racismo e da brutalidade policial em nosso país foi sequestrado por alguns. movimento de violência, saques e vandalismo. ”

A memorialização de figuras históricas merece uma discussão honesta e justa sobre como e a quem essa honra deve ser dada. Mas aqui não havia uma discussão racional; era o domínio da máfia, um fenômeno preocupante que parece se repetir em todo o país ”, disse (o arcebispo) Cordileone.  https://ipco.org.br/estatua-de-sao-junipero-serra-e-removida-e-profanada-em-ato-contra-a-evangelizacao/

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O Arcebispo vai, em seguida, defender a obra evangelizadora de Frei Junípero. Entretanto, face à essa onda anti evangelização — que a esquerda eclesiástica vem promovendo desde os anos 70 (vide o livro Tribalismo) — não é com concessões que se fará uma barreira, um dique à essa investida progressista.

E, nesse sentido, se insere a declaração do “arcebispo” de Canterbury, que transcrevemos acima.

Lembramos: bem antes de certos movimentos indígenas falarem contra a evangelização, já tínhamos os neo-missionários progressistas rejeitando a obra de Anchieta, Nóbrega e tantos sacerdotes que consumiram aqui suas vidas na formação religiosa, moral e cultural do Brasil.

Fonte: https://www.lifesitenews.com/news/anglican-archbishop-of-canterbury-statues-will-have-to-come-down…names-will-have-to-change

(*) – A conclusão da Bula Apostolicae Curae, de Leão XIII:

“Por isto, e aderindo estritamente, neste caso, aos decretos dos pontífices, nossos predecessores, e confirmando-os mais completamente, e, como o foi, renovando-os por nossa autoridade, de nossa própria iniciativa e de conhecimento próprio, pronunciamos e declaramos que as ordenações conduzidas de acordo com o rito Anglicano foram, e são, absolutamente nulas e totalmente inválidas.”  (Papa Leão XIII, Bula Apostolicae Cureae, 36)

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