Bispos resistentes na China: Personagens do Ano 2011

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    Mons. Cosme Shi Enxiang e Mons. Tiago Su Zhimin

    Quem foi o personagem mais digno de nota em 2011?

    A revista “Time” pretendeu que foi um simbólico agitador de rua muçulmano, “indignado”, incendiário de Londres ou de outro lugar. Outros propuseram personagens da política, da cultura ou do espetáculo, com menos força de convicção.

    Como personagens do ano 2011, a agência AsiaNews propôs dois “grandes desconhecidos”. Por certo desconhecidos pelos homens, mas não por Deus.

    O primeiro é Mons. Tiago Su Zhimin (à direita na foto), de quase 80 anos, Bispo de Baoding (Hebei), preso pela policia socialista chinesa em 8 de outubro de 1997.

    Ninguém sabe qual é a acusação, nem mesmo se houve algum processo contra ele, ou pelo menos onde o bispo está. Em novembro de 2003 foi descoberto por acaso que ele estava internado num hospital de Baoding, estreitamente rodeado por policiais do sistema repressivo. Os parentes puderam lhe fazer então uma inesperada e apressada visita. O regime não tolerou este contato e o bispo está desaparecido até hoje.

    Campos de concentração estão espalhados pelo país

    O segundo é Mons. Cosme Shi Enxiang (à esquerda na foto), 90 anos, bispo de Yixian (Hebei), preso em 13 de abril de 2001. Dele não se sabe ao pé da letra nada. Seus parentes, amigos e fiéis continuam pedindo à polícia, sem resultado, qualquer notícia, por menor que seja.

    Antes da última prisão, Mons. Su Zhimin passou pelo menos 26 anos em cárceres ou em campos de trabalhos forçados. Seu crime era ser “contra-revolucionário”, porque desde os anos 50 sempre recusou aderir à espúria e cismática Associação Patriótica, que pretende edificar uma igreja nacional em ruptura com o Papado.

    Mons. Shi Enxiang passou encarcerado de 1957 até 1980. Naquele período ele foi constrangido a trabalhos agrícolas forçados em Heilongjiang, bem como nas minas de carvão de Shanxi. Voltou a ser preso em 1983; depois passou três anos em prisão domiciliar.

    Em 1989, após a formação da Conferência Episcopal dos bispos “subterrâneos” – leia-se fiéis ao Papado e perseguidos pela polícia e pelo clero colaboracionista – ele foi detido mais uma vez e solto em 1993, para voltar a ser preso em 2001. No total, Mons. Shi já passou 51 anos na prisão.

    Trabalhos forçados: herança de Mao Tsé Tung ainda viva

    Teme-se que o regime chinês o faça morrer sob tortura, como já aconteceu a outros bispos. Foi o caso, por exemplo, de Mons. José Fan Xueyan em 1992; de Mons. João Gao Kexian em 2006, e de Mons. João Han Dingxiang em 2007.

    O governo de Pequim, quando interpelado, responde cinicamente “não sabemos”. “Não sabemos” é também a resposta aos melífluos agentes da distensão vaticana com a ditadura marxista.

    A suavidade mostrada até agora pelo Vaticano no dialogo com as autoridades chinesas – prossegue AsiaNews não conseguiu liberar estes bispos nem as dezenas de padres “subterrâneos” que definham nos campos de concentração chineses.

    Coisa espantosa: os seus nomes não são pronunciados nem sequer nas orações pelos cristãos perseguidos nas igrejas “ecumênicas” e teoricamente não-socialistas do Ocidente.

    Coisa espantosa: os seus nomes não são pronunciados nem sequer nas orações pelos cristãos perseguidos nas igrejas “ecumênicas” e teoricamente não-socialistas do Ocidente.

    Pior ainda, enquanto eles seguiam padecendo tormentos e os efeitos de décadas de prisão e violências, a CNBB acolhia “ecumenicamente” os enviados dos algozes na sua sede de Brasília.

    2 COMENTÁRIOS

    1. Eu sou um Cristão; que prega a liberdade de culto religioso; jamais aceitei, e aceitarei que alguém me imponha algum tipo de credo, ou crença religiosa, ou politica. Sou totalmente contra o regime comunista ditatorial; que substituiu o Imperador anterior, por outro tipo de IMPERADOR comunista (conclusão mudou o cachorro, mas a coleira continua a mesma); o fanatismo politico, e o fanatismo religioso, são uma desgraça para a humanidade. Não tenho duvidas que todo fanatismo politico, e religioso, é de inspiração diabólica; e não tem nada a ver com o verdadeiro CRISTIANISMO! Mas os ocidentais, tem em grande parte culpa por estes fanáticos (comunistas, e religiosos) ainda continuarem no poder. Os Grandes empresários ocidentais, FINANCIAM o regime comunista chines, quando implantam suas industrias em solo Chines. Estes empresários, (inescrupulosos), pensam somente no lucro financeiro; e se esquecem dos DIREITOS HUMANOS! Estas MEGA empresas, se utilizam de mão de obra BARATA (escrava), dos chineses, que não tem direitos trabalhistas dignos, e HUMANOS. As grandes empresas estão destruindo os empregos em seus países de origem; para FINANCIAR estes ditadores comunistas. E a imprensa (mídia) ocidental FINANCIADA por grandes empresas MULTI-NACIONAIS fecham os olhos como se nada estivesse acontecendo; como no casso destes bispos, e de milhares de outras pessoas vitimas das atrocidades deste IMPERADOR COMUNISTA! Os empresários ocidentais, estão criando cobra (imperador chines), para serem picados! Assim como os Fanáticos Iranianos, são mantidos no poder; por conta dos gananciosos COMERCIANTES do petróleo; que custeiam as usinas nucleares do Ira; temos que propor um boicote as mercadorias chinesas, e ao petróleo Iraniano; a nível governamental mundial; para impedir que estes fanáticos COMUNISTAS, E FANÁTICOS RELIGIOSOS (matadores de cristãos); sejam barrados em suas pretensões diabólicas de conquistas financeiras-religiosas, e guerras mundiais.

    2. A Igreja reza sim pelos bispos e cristãos perseguidos na China, no Paquistão e no mundo todo. Estes são contínua preocupação do Papa, do Vaticano e de todo a Igreja. A “Ajuda à Igreja que Sofre” e outros movimentos da Santa Igreja, buscam contínuamente informação sobre esses sofredores do Reino e denunciam à ONU e aos organismos competentes a tirania a que estes irmâos estão sujeitos. O que deseja o IPCO? É mais eficaz o “quebra e arrebenta”? O tom destas críticas parece o caminho do sectarismo.

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