Brasil: a Arca de Noé do Século XXI?

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Tantos são os problemas que assolam o Brasil e o seu povo que se torna difícil traçar uma unidade descritiva desse circo de horrores em que a esquerda pretende transformar nosso País. Na verdade, ela quer tocar fogo no circo e permanecer imune e impune. Literalmente, quer ver o circo pegar fogo, ou pelo menos a Amazônia em chamas…

         Comecemos por ver e analisar as desgastadas calúnias de que o Brasil está acabando com a Floresta Amazônica. Os focos de queimadas podem ser decorrentes da técnica milenar da coivara utilizada na limpeza de pastagens ou na preparação de roças para o plantio de pequenos produtores. Ou até mesmo de festas juninas.

Mas, em todo caso, as queimadas diminuíram em relação a 2019 segundo dados coletados pela Embrapa Territorial e divulgados em 17-8-20.

A Embrapa noticia que o monitoramento por satélite de referência da NASA das queimadas e fogos ativos, de 1º de janeiro a 16 de agosto deste ano, registrou no Brasil um total de 63.616 pontos de calor. Com relação ao mesmo período do ano de 2019 houve no Brasil uma redução de 2%.

         A Embrapa informa ainda que no bioma Amazônia, apesar do falso alarde de alguns, até 16-8-20, houve uma redução de 15% nas queimadas: 29.710 em 2020 contra 35.145 no mesmo período em 2019. O bioma caatinga também apresenta uma redução de 24% das queimadas com relação ao ano passado.

O Mato Grosso apresenta 0% de variação nas queimadas com relação a 2019. O Estado registrou até 16-10-20 o total de 13.225 queimadas, incluindo as de parte do Pantanal. O número é quase igual ao do ano passado: 13.238.

No Pantanal, muitas queimadas transformaram-se em incêndios. Outros foram provocados por raios e por ações criminosas ou de negligência. Segundo a Embrapa, a vegetação aberta e caducifólia da região, onde predominam gramíneas e arbustos, facilita a ocorrência e propagação dos incêndios. Raios com frequência provocam incêndios. A chegada das chuvas tende a encerrar esse ciclo de fogo.

         O que os 152 bispos têm a dizer sobre isso? Macron? Merkel? Greta?

         A dizimação de florestas — de que somos acusados sem cessar — ocorre em sua imensa maioria em áreas de cerrado, pois a floresta amazônica, a rain forest, não pega fogo, tão elevada a sua umidade. Mesmo assim, a derrubada de florestas no País não atingiu 10.000 km2.

         Não que concordemos com esse desmate, mas o fato concreto é que nesse ritmo demoraríamos cerca de 500 anos para abater a última árvore em nosso País. A Greta estaria viva para assistir a cena?

         A imensidão do território nacional é tal que, se por uma catástrofe viesse um novo dilúvio universal e restasse ileso apenas o Brasil — além da pomba e do corvo do relato bíblico da Arca de Noé — caberiam aqui, com a densidade da população de Bangladesh mais de 9 bilhões de pessoas.

         O Brasil é 57 vezes maior do que o território de Bangladesh, que conta com 164 milhões de habitantes em uma área de 147.000 km2. Ou seja, 50.000 km2 menor que o Estado do Paraná com seus 11 milhões de habitantes (Boletim da FAEP, nº. 1477, de 9-6-19).

         Alguém perguntará, mas e comida para toda essa gente? Ora, até o momento utilizamos apenas 8% do nosso território para produção agrícola e 16% para pecuária, e alimentamos 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo.

         Se considerarmos os mesmos índices de produtividade atuais e raciocinarmos em termos hipotéticos, tomando 100% de nosso território, então seríamos capazes de alimentar 6 bilhões de pessoas.

         E haveria mais, muito mais. Basta somarmos, além dos 8,5 milhões de km2, mais 4,5 milhões de km2 da denominada “Amazônia azul” — que é nosso território marítimo e zona econômica exclusiva equivalente à superfície da Floresta Amazônica — em nossa costa com 7.400 km de extensão. Estudos recentes apontam que fazendas aquáticas seriam capazes de produzir o equivalente à atual produção terrestre do Brasil em frutos do mar e algas marinhas.

         Senhores catastrofistas de plantão e ambientalistas radicais, falem com mais fundamento quando disserem que é preciso eliminar 1 bilhão de pessoas da face da Terra para começar a diminuir a pobreza. O exemplo começa em casa. Ajudem com suas fortunas incalculáveis a que os povos tenham mais religião, moral, cultura e tecnologia para produzir mais com menos terras.

         Sigam o exemplo do Brasil que vocês tratam como vilão, mas que em 50 anos, ao aumentar apenas 40% de sua área cultivada, obteve um aumento de mais de 300% na produção, superando índices de produtividade dos EUA.

*   *   *

         Agora, tratemos um pouco do propalado genocídio dos 100 mil mortos pela Covid-19 no Brasil.

Parece que 152 bispos que se pronunciaram contra o Governo estão caolhos. Afinal, só enxergam eventuais erros no Governo, mas não enxergaram, por exemplo, as blasfêmias todas que ocorreram no carnaval nem a liberação do carnaval por governadores irresponsáveis. Será por serem caolhos ou será por falta de reta intenção?

Basta ver o jornal “O Estado de S. Paulo”, 8-8-20, que fornece a lista dos Estados que liberaram o carnaval: AM, PA, MA, CE, PE, BA, RJ, SP. Esses Estados totalizaram 69.724 mortes, ou seja, 70.000 em números redondos. Em relação às 100.000 mortes, isso significa que esses Estados que liberaram o carnaval foram responsáveis por 70% das mortes por Covid-19 no Brasil, supondo evidentemente que não se tratem de fake-óbitos.

152 bispos no Brasil propalam genocídio do Governo, mas não falam uma palavra de eventual genocídio dos Estados. Alegam responsabilidade do Governo por essas mortes, mas não enxergam que apenas 30% das mortes seriam eventualmente de responsabilidade do Governo e dos Municípios.

         Conforme tínhamos advertido em artigo, em abril, no início da pandemia, já denunciávamos que os Estados que tinham liberado o carnaval apresentavam uma quantidade muito maior de infectados.

Além disso, nem 152 bispos, nem mídia, nem esquerda mundial disseram uma só palavra sobre os responsáveis pelo vírus, ao deixá-lo escapar de maneira acidental ou culposamente.

Estatísticas apontam quase 1 milhão de mortos e 20 milhões de contaminados em todo o mundo. Isso sem contar o desastre econômico e psicológico que abalou o mundo, enquanto China parece continuar crescendo economicamente.

         É bem verdade que ninguém sabe ao certo quantos morreram na China, porque nenhum regime do mundo foi tão fechado como o regime escravagista chinês. Mas, conforme apontamos em recente artigo tratando a respeito dos fake-óbitos, o número de mortes foi inflado no ocidente e desinflado na China.

         Talvez para glorificar a eficiência chinesa no combate à epidemia, talvez para colocar o ocidente em pânico e, portanto, de joelhos perante a mesma China.

Hipóteses à parte, a história um dia — e esperamos seja em breve — elucidará essa trama secreta universal.

Mas, o que parece mais inusitado ainda foi a entrevista de Dingding Chen [foto ao lado], feita pelo jornalista Jamil Chade para o UOL, em 10-8-20.

         Trata-se de um professor de relações internacionais da Jinan University, em Guangzhou e Diretor do Intellisia Institute, um dos maiores think tanks chineses dedicados à sua política externa. Chade constata que desde o início do governo Bolsonaro, atritos se proliferaram entre a diplomacia brasileira e a chinesa, enquanto exportadores agrícolas e mesmo militares agiram nos bastidores para tentar uma convivência adequada no eixo Brasília-Pequim.

         Chen admite que a curto prazo o Brasil poderia — notem bem, poderia — ser mais afetado por um resfriamento nas relações, principalmente por sua dependência comercial. […] Mas, Pequim é quem perderia a longo prazo com o distanciamento em relação à América do Sul.

         O entrevistado chinês constata que “a China se beneficiou muito da globalização. Muito mais que os demais países nos últimos 40 anos”. Isso não teria sido feito propositalmente pelas forças revolucionárias do mundo?

         Se a China ganhou com a globalização e uma parcela importante da classe média do ocidente tem a impressão de que saiu perdendo, questiona Chade, como esperar,diante dessa situação, que esse sistema possa se sustentar em um cenário em que os políticos culpam a China pela destruição dos empregos?

         Mais adiante, a uma pergunta sobre um eventual conflito armado, Chen respondeu que é “preciso levar a sério a possibilidade de um conflito localizado sair do controle. Historicamente já vimos isso ocorrer, […] o momento é de extrema incerteza”.

         Na última pergunta sobre quem mais perderia com uma relação ruim entre Brasil e China, o entrevistado respondeu que o seu país perderia muito. Comercialmente é algo pequeno diante do significado da relação de longo prazo.

         Ou seja, o desconforto gerado pela quinta-coluna brasileira e ocidental de aumentar os impostos aqui para favorecer a China a se industrializar, levando nossos empregos e fazendo crescer nossa dependência, isso é uma coisa que a classe média não tolera e se indigna.

         Não falemos dos grandes, porque são cúmplices dessa traição. Quanto aos pequenos, não têm força de expressão, e no mais das vezes estão apenas voltados para o seu dia a dia, mas a coisa é diferente com a classe média que carrega o país nas costas e está mais que indignada.

         Outra coisa que o professor chinês não disse, porque não pode mostrar o calcanhar de Aquiles da China, é a questão dos alimentos. Só o Brasil pode oferecer alimentos baratos de alta qualidade e em grande volume para alimentar aquela população que foi acostumada pelo regime comunista a comer todo tipo de insetos e coisas repugnantes.

         Basta lembrar que na China, quase 46% do território são montanhas acima de 4 mil metros de altitude e desertos, incluindo o de Gobi, um dos maiores do mundo. Portanto, impróprios para agricultura.

         No Brasil, boa parte do território é apta para a agricultura, e mais que isso, de altíssima produtividade. Prova disso é que a agropecuária no Brasil segue com recordes de produção e exportação.

         Falam tanto em vacina contra a Covid, mas o que certa imprensa não diz é que o Brasil está inundando o mundo com suco de laranja, ou seja, com pura vitamina C, um imunizante natural excelente.

As exportações de suco de laranja aumentaram 158% neste ano. Fora Covid! Viva o produtor de laranja brasileiro! Nas exportações é provável que tenhamos o maior superavit da nossa história, graças ao agronegócio.

         Basta lembrar da apresentação do Ministro Paulo Guedes para a Frente Parlamentar da Agricultura, em 10-8-20, quando ele afirmou que o PIB brasileiro, nesse ano de pandemia, quase não mudou. Isso graças à agricultura que salvou a economia, pois só da agricultura brasileira é possível tirar três safras por ano.

         Em relação às exportações mundiais, a soja nacional responde por 51% delas; a carne de frango por 34%; a carne bovina por 24%; o farelo de soja por 24%; o milho por 21%; a carne suína por 10% e o óleo de soja por 9%.

         Prova dessa eficiência da agricultura brasileira é que o consumo de diesel chegou em julho/2020 a patamares de antes da crise provocada pela Covid. Onde houver produção e safra agrícola, haverá caminhões rodando pelas estradas.

Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, 16-8-20, por causa da superprodução de milho deste ano, a safra do Brasil vai alcançar 253,7 milhões de toneladas. Isso é de longe o maior recorde de produção que já houve no Brasil por conta do sucesso da safrinha de milho.

         Além disso, em decorrência da pandemia, o povo brasileiro está poupando mais. Segundo o mesmo jornal, em 12-8-20, os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em 127 bilhões de reais.

         Deus é brasileiro e a Virgem Aparecida é a Mãe D’Ele. Portanto, confiança, trabalho, fé e perseverança. Unidos venceremos a crise! Fora quinta-coluna catastrofista!

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