Uma interessante pesquisa de três estudiosos americanos examinou mais de 20.000 publicações nos “principais meios de comunicação, como The New York Times, Fox News, The Washington Post, CNN e The Wall Street Journal desde 1º de janeiro.”
“Noventa e um por cento” das notícias dos principais meios de comunicação são negativos e “65 por cento para revistas científicas ”, de acordo com o estudo publicado pelo National Bureau of Economic Research (NBER).
Uma apologia do negativismo
“A negatividade na grande mídia dos EUA é notável mesmo em áreas com desenvolvimentos científicos positivos, incluindo reabertura de escolas e testes de vacinas”, escreveram os autores, o professor de economia do Dartmouth College Bruce Sacerdote, o estudioso de pesquisa econômica de Dartmouth, Ranjan Sehgal, e a médica residente da Brown University Molly Cook.
Só nos EUA? Não. Vivemos no Brasil sob o influxo, um verdadeiro bombardeio midiático negativista, no qual prepondera a exploração do medo, do pânico, da sonegação de boas notícias sobre nosso êxito médico contra a covid-19.Quantos brasileiros sabem que já curamos mais de 5,6 milhões de infectados pelo vírus de Wuhan?
Com prejuízo da saúde mental da população: 3 X mais depressão
“A proporção de americanos adultos que apresentam sintomas de depressão triplicou desde o início da nova pandemia de coronavírus. Ao discutir esse aumento nos problemas de saúde mental, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) não recomendam o consumo intenso de notícias sobre a pandemia.”
“Da mesma forma, apesar de vários estudos independentes publicados em 2020 que descobriram que a reabertura de escolas não contribuiu significativamente para a propagação da doença, o estudo do NBER descobriu que “90 por cento dos artigos de reabertura de escolas dos EUA a grande mídia é negativa, contra apenas 56 por cento da grande mídia de língua inglesa em outros países.”
Um proveito político-ideológico
O deputado Steve Budd (R-N.C.) Disse ao Epoch Times em 30 de novembro que ele vê uma ligação entre a negatividade documentada pelo estudo e a oposição entre os principais jornalistas da mídia ao presidente Donald Trump.
“A mídia muitas vezes se aproveita dos medos e divisões das pessoas e é isso que este estudo mostra. Esse é o caso em Washington, onde a maioria dos itens positivos e bipartidários que passam pelo Congresso são ignorados pela grande mídia porque isso impactaria suas narrativas ”, disse Budd.
***
No Brasil notamos a mesma regra: a industrialização psico-político-ideológica da pandemia, — sobretudo pela grande mídia e pelos governadores-interventores de esquerda, — era a grande arma dessa guerra sem quartel contra o governo na tentativa de subverter a ordem social. Graças a Deus, fracassaram.
Povo ou Massa? O que quer a Revolução midiática?
As pesquisas e conclusões desses três estudiosos americanos, com base em mais de 20 mil notícias da midia, nos fazem recordar o conceito de Povo e Massa, tão bem expressos por Pio XII e comentados pelo Prof. Plinio.
Saber “observar, refletir, discordar e por fim concordar“, está na medula do conceito de Povo. A Massa, pelo contrário, é levada ao sabor do vento e serve de joguete nas garras da Revolução.
“Sim, porque começa por ser opinião”. Em uma cidade, uma região, um País “se cada um tem, a seu modo, opinião formada e, muito mais do que isso, um hábito de formar opiniões” está configurado um Povo.
“Essa opinião não é pré-fabricada por um jornal com tiragem de milhares de exemplares cotidianos, mas cada um tem dentro de si um linotipo interior em que acaba compondo as suas próprias frases…”
A grande Mídia produz a Massa e destrói o Povo
Recordamos, o Prof. Plinio escreveu há 70 anos, vale como uma previsão:
Massa … “rebanho humano, que pensa e vibra de acordo com as idéias – ou antes as impressões – que o rádio, o cinema e a imprensa lhe fazem ingerir, olhos e ouvidos adentro. Todos os seus movimentos, todos os seus impulsos, estão em suspenso, pairam no ambiente, pairam sobre a cidade como uma tempestade cuja força serve apenas para destruir. Destruir o que? Ninguém sabe. Aquilo que os “técnicos” no fabrico de opiniões públicas quiserem. Assim manipulada, essa pobre gente – isto é certo – não construirá uma catedral, mas poderá destruí-la; não construirá uma cidade, mas poderá incendiá-la.”
“Massa, infeliz massa anorgânica, que vive do movimento que lhe vem de fora, vai para onde não sabe, não tem chefes naturais, nem hierarquia própria, nem qualquer espécie de diferenciação interna. Não é um organismo. É uma justaposição física de homens, no fundo isolados uns dos outros como os grãos de areia da praia, que se justapõem uns aos outros, mas que não têm entre si qualquer interpenetração de vida espiritual – “o convívio” no sentido exato do termo.”
Tudo isso já seria matéria para nosso Clero, nossos Bispos, na formação moral, religiosa e psíquica de nosso povo. Tratando de Povo e Massa (tema sobre o qual explanou o Prof. Plinio) certamente quis o Papa Pio XII nos indicar os meios de preservar a nossa indentidade cultural e nacional.
Como reconstruir o novo Brasil?
Chegamos ao fim do artigo. Uma pergunta se impõe: como reconstruir o nosso Brasil, reagir contra a midia massificante e nos tornamos um Povo digno da missão providencial que nos espera?
Numa abordagem rápida: Valores Morais, fundamento da nacionalidade. Estarmos atentos às qualidades com que Deus dotou o povo brasileiro a fim de nos preservarmos da guerra midiática despersonalizante.
Inteligência, vontade, sensibilidade. Ver, julgar, agir ensinou São Tomás. Não pode o sensacionalismo midiático sufocar em nós a prevalência da inteligência, nem diminuir a robustez da vontade, supervalorizando a sensibilidade.
Nossa Senhora Aparecida nos livre e nos dê forças para enfrentarmos essa guerra midiática, pelo menos imperante no Ocidente, e que se tornou patente aos olhos de todos … nessa pandemia.
Fonte: https://www.theepochtimes.com/study-finds-pervasive-negativity-in-media-coverage-of-ccp-virus_3599249.html?utm_source=CCPVirusNewsletter&utm_medium=email&utm_campaign=2020-12-02