Animar, esse dever urgente, escrevia o Prof. Plinio, na Folha. E concluia: “Publiquei estas citações, repito, porque dissipar as trevas do desânimo me parece um dos principais deveres do momento.”
A assertiva é perfeitamente válida e necessária de ser repetida em 2021. A esquerda nacional, a midia engajada não têm outra arma senão espalhar o desânimo, dividir os conservadores e criticar os rumos anticomunistas que o Brasil tomou, desde as memoráveis marchas de 2015, quando a população proclamou: quero meu Brasil de volta!
Brasil, fiel da balança
O Brasil vai despontando, a nosso ver por um desígnio da Providência, como o centro do embate no cenário mundial.
Os inimigos de Brasil, bem o sabem e não podem confessá-lo. Seja de um lado pela guerra midiática movida contra nossa Pátria pelas esquerdas nacionais e internacionais seja, por outro lado, pela riqueza de seu solo, pelo seu poderoso agronegócio, seus recursos hídricos e suas florestas — somos combatidos, somos cobiçados, somos invejados. Vamos nos tornando o fiel da balança.
E, sobretudo, nosso País se desponta como a esperança dos Valores Morais para as Nações Livres.
Já, antes da Segunda Guerra, o Brasil era disputado
Escrevia o Prof. Plinio pouco antes da Segunda Guerra: “É provável, pois, que também no Brasil as duas grandes correntes internacionais (nazismo e comunismo) procurem exercer sua influência. O Brasil não é mais, hoje em dia, a potência de 5ª categoria que era em 1914. Por todos os economistas do mundo, ele é agora considerado como detentor de uma poderosa reserva de víveres e de meios de abastecimento, capaz de pesar seriamente na balança de uma guerra mundial. A aliança do Brasil é, pois, um importante fator de êxito. E é natural que todas as potências interessadas procurem alinhar mais este fator, entre os outros muitos com que contam para obter a vitória.” (1)
Haveria, perguntamos nós, maior evidência do por que o interesse da China nas riquezas do Brasil?
Essas palavras do Prof. Plinio, em 1936, se aplicam com mais vigor e acerto a 2021. Crescemos no concerto das Nações: somos cobiçados. Nos tornamos indispensáveis. Nossa Amazônia é motivo de inveja e cobiça internacional. O potencial de nosso conservadorismo impressiona e incomoda as esquerdas mundiais.
E o nosso papel no “Novo Normal”?
O papel do Brasil cresce ante o plano da Revolução universal chamado de Great Reset, o qual imporia um “Novo Normal”. A tentativa publicitária de exaltar a ONU como suprema solução para essa e outras pandemias, o destaque que a Midia engajada pretende dar ao Forum Econômico Mundial com suas medidas socialistas, suas “estrelas” como Bill Gates, Soros e outros convergem para uma meta única: um governo mundial, ditador universal, senzala global.
Ao afirmarmos nossa soberania sobre a Amazônia (bem como sobre o território nacional), nossa rejeição às pressões mundiais em favor da ideologia de gênero, do aborto, nossa defesa do direito de propriedade e da livre iniciativa, nossa posição face à liberdade religiosa (tão violada pela China), damos exemplo ao Mundo Livre.
Os conservadores, nós católicos, somos o fiel da balança
A advertência do Prof. Plinio, em 1936, continua perfeitamente válida. Saibamos adaptar suas palavras a 2021: “Cabe aos católicos serem o fiel da balança no Brasil. Por seu número, por sua influência, pelo ardor da mocidade mariana, eles constituem uma força irresistível que só não atua eficientemente nas altas questões da política nacional, porque esta força ignora seus próprios recursos.”
Aqui, também, cabe uma atualização de panorama. As eleições de 2018 infligiram uma derrota memorável nas esquerdas.
O progressismo, a Teologia da Libertação, levaram tantos de nosso Clero a uma posição de esquerda e com isso ele falha em arregimentar os católicos na defesa do Brasil conservador. Ainda hoje, se o Clero levantasse a bandeira dos Valores Morais, nenhuma força terrena nos deteria.
Continua o artigo: “Não devemos afreguesar o Brasil na clientela de qualquer outra grande potência (na disputa nazismo X comunismo). Independente de fato e não apenas “de jure”, o Brasil deveria reservar sua influência não para favorecer ao Sr. Hitler ou ao “Camarada Stalin”, mas para amparar os verdadeiros interesses da civilização católica. Inimigo feroz, tenaz, ardoroso, intransigente, irredutível, vigilante do comunismo, nem por isso ele seria forçado a se colocar sob a tutela de qualquer outra corrente pagã.”
“É esta a boa política para a Terra da Santa Cruz, em cujo firmamento a Providência não desenhou, nem a cruz suástica, e nem o miserável emblema comunista, mas o Signo da Redenção.” Ou seja, o Cruzeiro do Sul.
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“Esse ainda será um grande País” é um anhelo de todos os brasileiros fieis à sua vocação, à nossa herança espiritual herdada de Anchieta e Nóbrega.
Quando um povo resolve colaborar com a graça de Deus, maravilhas da História se operam. (2) O Brasil vai sendo colocado cada vez mais no centro dos acontecimentos e tomando a liderança dos Valores Morais. Aos conservadores, sobretudo aos católicos, cabe o papel de ser o núcleo aguerrido em defesa da civilização cristã, defendendo a família contra as investidas da ideologia de gênero, defendendo a Vida contra os promotores do aborto, defendendo a propriedade contra o socialismo e o comunismo.
E defendendo nossas riquezes, nossa soberania, nossa independência face às garras de Pequim que já tem entre nós, defensores irredutíveis, como os petistas e o governador João Doria.
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Essas considerações nos conduzem a noções fundamentais para que o Brasil continue sempre fiel à sua missão. E saiba se defender contra os novos ditadores do Great Reset, a Nova Senzala Universal. Conhecer a “alma nacional”, as qualidades com que Deus dotou o brasileiro, a identidade nacional, são antídotos contra a ditadura da Nova Ordem Mundial.
Esperamos poder tratar desses temas.
O Cristo Redentor e Nossa Senhora Aparecida nos guiem, sustentem e protejam nessa batalha.
Fonte: (1) https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG_361206_independencia_autentica.htm
(2) https://pliniocorreadeoliveira.info/RCR01.pdf