O igualitarismo vem de longe

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O igualitarismo foi sempre dominante, como é em nossos dias? Não. Ele passou a ser dominante na era pós-medieval, antes não era generalizado. E começou a se afirmar à luz do sol com a grande explosão de orgulho, que foram a Renascença e o Protestantismo (s. XIV a XVI). Dr. Plinio descreve à perfeição o que se passou:

O orgulho deu origem ao espírito de dúvida, ao livre exame, à interpretação naturalista da Escritura. Produziu ele a insurreição contra a autoridade eclesiástica, expressa em todas as seitas pela negação do caráter monárquico da Igreja Católica, isto é, pela revolta contra o Papado. [1]

As seitas mais radicais negaram toda aristocracia à Igreja, isto é, os Cardeais, os Bispos, e algumas os simples padres. O que sucedeu foi uma verdadeira revolução, primeira na ordem da religião e das ideias. Passaram-se dois séculos e ocorreu nova explosão igualitária:

Profundamente afim com o protestantismo, herdeira dele e do neopaganismo renascentista, a Revolução Francesa realizou uma obra de todo em todo simétrica à da Pseudo-Reforma. A Igreja Constitucional que ela, antes de naufragar no deísmo e no ateísmo, tentou fundar, era uma adaptação da Igreja da França ao espírito do protestantismo. E a obra política da Revolução Francesa não foi senão a transposição, para o âmbito do Estado, da “reforma” que as seitas protestantes mais radicais adotaram em matéria de organização eclesiástica:

Como assim?

– Revolta contra o Rei, simétrica à revolta contra o Papa;

– Revolta da plebe contra os nobres, simétrica à revolta da “plebe” eclesiástica, isto é, dos fiéis, contra a “aristocracia” da Igreja, isto é, o Clero;

– Afirmação da soberania popular, simétrica ao governo de certas seitas, em medida maior ou menor, pelos fiéis.[2]

Esta foi a segunda Revolução.

Implantadas nos terrenos religioso e político estas duas revoluções ‒ o Protestantismo e a Revolução Francesa ‒ faltava o campo econômico. Foi quando surgiu o comunismo, a terceira Revolução.

O orgulho, inimigo de toda superioridade, haveria de investir contra a última desigualdade, isto é, a de fortunas. E assim, ébrio de sonhos de República Universal, de supressão de toda autoridade eclesiástica ou civil, de abolição de qualquer Igreja e, depois de uma ditadura operária de transição, também do próprio Estado, aí está o neobárbaro do século XX, produto mais recente e mais extremado do processo revolucionário.[3]

Mas o comunismo morreu, e com ele morreu o igualitarismo. Morreu mesmo? Ou está mais ativo do que nunca? Ao leitor, peço a resposta.


[1] Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, I, III, 5.
[2] Op. cit., id.
[3] Op. cit., id.

9 COMENTÁRIOS

  1. ISTO TUDO É PURA VERDADE/ESTAMOS EM MEIO A UMA REVOLUÇÃO E MUITOS NÃO SE DÃO CONTA DISSO/NOSSA FÉ CATÓLICA/NOSSA DOCE E LINDA SOBERANA/ O ROSÁRIO TUDO ISSO É MINHA MURALHA E A MINHA FORMA DE ENCONTRAR MEU SENHOR

  2. @Mestre Norax
    Prezado Norax e demais assim chamados evangélicos,
    Não é intenção minha polemizar com os que nos encontramos neste site com o propósito de lutar contra iniciativas de inimigos de uma sociedade verdadeiramente cristã.
    Posto isto, escrevo o que segue apenas esclarecer:
    a) Da raíz etimológica da palavra seita. A palavra “seita” provém do latim “secta” (de “sequi”, que significa “seguir”, bem como de doutrinar e ser doutrinado por um curso de ação ou forma de vida, designando também um código comportamental ou princípios de vida ou ainda uma escola de filosofia ou doutrinas). As palavras “sectarius” ou “sectilis” referem-se também ao corte ou ato de cortar.
    Também é utilizado para designar o próprio conjunto de pessoas (o grupo organizado ou movimento aderente a tal doutrina, ideologia, etc…) que se choca diretamente, à comunidade que se insere e/ou sistema que incorpore tudo isso, os quais, conquanto divergentes da opinião geral, apresentam significância social.
    Ocorre que estudando a História (Não só a Bíblia) se sabe que o grupo predominante na Europa até o ano 1517 – quando insurgiu Martinho Lutero, monge agostiniano, portanto, católico, contra Roma – era a Igreja Católica. O fundador desse grupo que se insurgiu (cortou com Roma) se tornou na designação latina um “sectário”.

    b) Quanto ao valor da Tradição na Igreja Católica pense no seguinte: Quais palavras da Bíblia Jesus Cristo escreveu de seu próprio punho e letra? Se ele nada escreveu de punho e letra que valor tem? Quem deve atestar que tais palavras são verdadeiras? Ou que ele disse tudo aquilo?
    Perdoe-me minha sinceridade, mas, não é que não acredite nos evangélicos ou qualquer homem desta terra, é difícil acreditar só nas palavras de um homem hoje. Será que Deus nos deixaria na orfandade depois de ter subir aos céus?

  3. @Sergio Peffi Gostando ou não a Rebelião Protestante no sec XVI, foi uma especie de revolução, a definição de revolucionário dado pelo Olavo de Carvalho é de alguém que discorda como as coisas são e que acha que ele sabe como as coisas deveriam ser feitas, algo que estava presente, não tanto no pensamento de Lutero, mas bem marcante em Calvino. Não houve derramamento de sangue? E os assassinatos praticados por Calvino? E várias mortes provocadas por Henrique VIII? Como ousa dizer que não ouve derramamento de sangue. Quanta desonestidade!

    E uma revolução nem sempre é marcada com sangue, por exemplo no Brasil está acontecendo uma revolução marxista atualmente, e não há derramamento de sangue.

    Deverias pensar duas vezes antes de chamar a Igreja Católica, a Igreja de Nosso Senhor de Seita, não é usando nomes pejorativos que você a diminuirá. Olha uma definição básica de seita: “Seita” designa um grupo de pessoas (um movimento) que professam nova ideologia divergente daquela da(s) religião(ões) que são consideradas dominantes e ou oficiais, geralmente dirigidos por líder com características de personalidade consideradas carismáticas, mas ainda com fraco ou pouco reconhecimento geral por parte da sociedade.”

    Se restar em você um pouco de coerência verá que essa definição jamais pode ser atribuída a Igreja Católica, e se pensar pode ser facilmente atribuída a estas erroneamente chamadas igrejas batista, pentecostal, universal do reino de deus, entre outras.

    E que isso de a Igreja matou muitos mártires, você é doido ou é por ignorância mesmo? Deveria parar de dizer aquilo que não sabe, ser mais honesto, deixar de ser preconceituoso e estudar um pouco. Se a Igreja era tão ruim assim, me explica por seus amados Lutero e Calvino morreram de velhice? Sugiro que estude um pouquinho para saber o que foi verdadeiramente a Santa Inquisição, aproveite e pesquise também o que foi a Inquisição Protestante, e verá quem realmente derramou sangue. Uma sugestão de leitura: http://migre.me/95Aia.

    E que história é essa que a Igreja deturpou os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo? Você já leu algum livro de patrística para dizer como era o cristianismo primitivo? Creio que não, pois se houvesse lido não ficaria dizendo essas bobagens. Seja um cristão sincero, e estude aqui que você diz crê. Só te digo uma coisa, foi a Igreja que lutou para que as Sagradas Escrituras não caíssem em mãos erradas, foram nossos padres e bispos que compilaram a bíblia e a dividiu em capítulos e versículos para hoje vocês a pegarem e sair deturpando ela, fundando a cada dia uma nova “igreja”.

    http://migre.me/95AAB

    Deixo abaixo citações da patrística, se tiver um pouco de honestidade irá ler e pesquisar, todas elas antes da conversão de Constantino, antes que fale a bobagem que foi ele que fundo a Santa Igreja:

    A Igreja de Cristo, a Igreja que nasceu e permanece Católica.

    Para aqueles que dizem que a Igreja Católica foi fundada por Constantino ou corrompida por ele, segue uma série de citações do período anterior ao seu governo (306 d.C.) e a sua conversão (312 d.C.).

    Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. (São João 10,16)

    Sobre a Sagrada Eucaristia:

    “Não me agradam comida passageira, nem prazeres desta vida. Quero pão de Deus que é carne de Jesus Cristo, da descendência de Davi, e como bebida quero o sangue d’Ele, que é Amor incorruptível”. (Santo Inácio de Antioquia, Carta aos Romanos, parágrafo 7, cerca de 80-110 d.C.

    “Deus tem portanto anunciado que todos os sacrifícios oferecidos em Seu Nome, por Jesus Cristo, que está, na Eucaristia do Pão e do Cálice, que são oferecidos por nós cristãos em toda parte do mundo, são agradáveis a Ele.” – (São Justino,Diálogo com Trifão, Cap. 117, 130-160 d.C.)

    “[Cristo] declarou o cálice, uma parte de criação, por ser seu próprio Sangue, pelo qual faz nosso sangue fluir; e o pão, uma parte de criação, ele estabeleceu como seu próprio Corpo, pelo qual Ele completa nossos corpos.” (Santo Irineu de Lião, Contra Heresias, 180 d.C.)

    “Somente como o pão que vem da terra, tendo recebido a invocação de Deus, não é mais pão comum, mas Eucaristia, consistindo de duas realidades, divina e terrestre, assim nossos corpos, tendo recebidos a Eucaristia, não são mais corruptíveis, porque eles têm a esperança da ressurreição.” Cinco Livros = Desmascarando e Refutando a Falsidade – especificamente a Gnose. Livro 4,18; 4-5, cerca de 180 d.C.

    Sobre o Sacramento do Batismo:

    “Ele (Jesus) veio para salvar a todos através dele mesmo, isto é, a todos que através dele são renascidos em Deus: bebês, crianças, jovens e adultos. Portanto, ele passa através de toda idade, torna-se um bebê para um bebê, santificando os bebês; uma criança para as crianças, santificando-as nessa idade…(e assim por diante); ele pode ser o mestre perfeito em todas as coisas, perfeito não somente manifestando a verdade, perfeito também com respeito a cada idade” (Santo Irineu, ano 189 – Contra Heresias II,22,4).

    “Onde não há escassez de água, a água corrente deve passar pela fonte batismal ou ser derramada por cima; mas se a água é escassa, seja em situação constante, seja em determinadas ocasiões, então se use qualquer água disponível. Dispa-se-lhes de suas roupas, batize-se primeiro as crianças, e se elas podem falar, deixe-as falar. Se não, que seus pais ou outros parentes falem por elas” (Hipólito, ano 215 – Tradição Apostólica 21,16).

    “A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. Os apóstolos, aos quais foi dado os segredos dos divinos sacramentos sabiam que havia em cada pessoa inclinações inatas do pecado (original), que deviam ser lavadas pela água e pelo Espírito” (Orígenes, ano 248 – Comentários sobre a Epístola aos Romanos 5:9)

    “Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças” (São Cipriano, ano 248 – Carta a Fido).

    Sobre os Santos:

    “Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestamos culto a outro. Nós o adoramos porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos!” (Martírio de Policarpo 17:2, +- 160 D.C).

    “Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos [de Policarpo], mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-lo em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro.” (Martírio de Policarpo 18, +- 160 D.C)

    Sobre a fidelidade ao Santo Padre, o Papa, Bispo de Roma:

    “A nenhum outro eu quero seguir e estar em comunhão senão com Cristo e Vossa beatitude (o Papa), (…) Quem come o Cordeiro fora desta casa é profano. Qualquer um que não está com esta arca de Noé, isto é, com a cátedra, perecerá quando a inundação prevalecer …” (São Jerônimo, 396 d.C, Epístola 15;2).

    “Depois da ressurreição, diz o Senhor: ‘Apascenta as minhas ovelhas’. Assim o Senhor edifica sobre Pedro a Igreja e lhe confia as suas ovelhas para apascentá-las. Se bem que dê igual poder a todos os Apóstolos, constitui uma só cátedra e dispõe, por sua autoridade, a origem e o motivo da unidade. Por certo os demais Apóstolos eram como Pedro, mas o primado é dado a Pedro e a unidade da Igreja e da cátedra é assim demonstrada. Todos são pastores mas, como se vê, um só é o rebanho apascentado pelo consenso unânime de todos os Apóstolos. Julga conservar a fé aquele que não conserva esta unidade recomendada por Paulo? Confia estar na Igreja aquele que abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está fundada a Igreja?” (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja cap. 4)

    Sobre a sede da Igreja ser em Roma:

    “Já que seria demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em todas as comunidades, nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e a mais antiga, conhecida por todos, fundada e constituída pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo. Mostraremos que a tradição apostólica que ela guarda e a fé que ela comunicou aos homens chegaram até nós através da sucessão regular dos bispos, confundindo assim todos aqueles que querem procurar a verdade onde ela não pode ser encontrada. Com esta comunidade, de fato, dada a sua autoridade superior, é necessário que esteja de acordo toda comunidade, isto é, os fiéis do mundo inteiro; nela sempre foi conservada a tradição dos apóstolos” (Ireneu de Lião, +202, Contra as Heresias III,3,2).

    Sobre a Tradição Católica:

    “Suponhamos que se levante uma questão sobre algum importante ponto entre nós, e não possamos recorrer às mais primitivas comunidades com as quais os apóstolos mantiveram constante relacionamento, as quais aprenderam deles o que é certo e claro a respeito dessa questão. O que aconteceria se os próprios apóstolos não nos tivessem deixado escritos? Não seria necessário (nesse caso) seguir o curso da tradição que transmitiram àqueles aos quais entregaram às Igrejas?” (Santo Ireneu Bispo de Lião (180), Contra as Heresias III,4,1.).

    “E quando, por nossa vez, os levamos [os hereges] à Tradição que vem dos apóstolos e que é conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos presbíteros, então se opõe à Tradição, dizendo que, sendo eles mais sábios do que os presbíteros, não somente, mas até dos apóstolos, foram os únicos capazes de encontrar a pura verdade.” (Santo Ireneu Bispo de Lião (180), Contra as Heresias, III,2,1)

    Sobre a Unidade da Igreja:

    “Quem é tão ímpio e perverso, tão enlouquecido pelo delírio da discórdia que julgue poder ou que ouse dividir a unidade de Deus, a veste do Senhor, a Igreja de Cristo? O próprio Senhor adverte e ensina no Evangelho: ‘Haverá um só pastor e um só rebanho’. Pensa alguém que em um só lugar poderá haver muitos rebanhos e muitos pastores? Também o Apóstolo Paulo, insinuando esta mesma unidade, suplica, exorta e recomenda: ‘Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais a mesma coisa e não haja cisões entre vós. Sede propensos no mesmo espírito e à mesma sentença’. Ainda outra vez: ‘Suportai-vos mutuamente no amor da paz, fazendo tudo para conservar a unidade do espírito no vínculo da paz’. Acreditas que podes subsistir afastado da Igreja, procurando para ti outras moradas? Disseram a Raab, que prefigurava a Igreja: ‘Reune contigo, em casa, teu pai, tua mãe, teus irmãos, toda a tua família. E quem ultrapassar a porta de tua casa, responderá por si’. Do mesmo modo como o mistério da Páscoa significa, na lei do Êxodo, a mesma unidade, o cordeiro que é morto, figurando a Cristo, deve ser comido numa só casa. Deus disse: ‘Será comido em uma só casa. Não lanceis a carne fora de casa’. A carne de Cristo, do Santo do Senhor, não pode ser lançada fora. E não há para os fiéis outra casa senão a Igreja.” (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja cap. 4)

    Sigam todos ao bispo, como Jesus Cristo ao Pai; sigam ao presbitério como aos apóstolos. Acatem os diáconos, como à lei de Deus. Ninguém faça sem o bispo coisa alguma que diga respeito à Igreja. Por legítima seja tida tão-somente a Eucaristia, feita sob a presidência do bispo ou por delegado seu. Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja Católica. Sem o bispo, não é permitido nem batizar nem celebrar o ágape. Tudo, porém, o que ele aprovar será também agradável a Deus, para que tudo quanto se fizer seja seguro e legítimo.(Inácio de Antioquia, 106 d.C.)

    Sobre a sucessão papal:

    “Depois de ter assim fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados Apóstolos transmitiram a Lino o cargo do episcopado… Anacleto lhe sucede. Depois, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado… A Clemente sucedem Evaristo, Alexandre; em seguida, em sexto lugar a partir dos Apóstolos, é instituído Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois Higino, Pio, Aniceto, Sotero, sucessor de Aniceto; e, agora, Eleutério detém o episcopado em décimo segundo lugar a partir dos Apóstolos” (Ireneu de Lião, +202, Contra as Heresias III,2,1s).

    Sobre Maria, Virgem, Imaculada e Mãe de Deus:

    “Ele (=Jesus) era a arca composta por madeira incorruptível. Com efeito, o seu tabernáculo (=Maria) era isento da podridão e corrupção” (Santo Hipólito de Roma, Orat. Inillud. 220 DC).

    “Esta Virgem Mãe do Unigênito de Deus chama-se Maria, digna de Deus, imaculada das imaculadas, sem par” (Origines, Homilia 1. 280 DC).

    “Somente Vós (=Cristo) e vossa Mãe sois mais belos do que qualquer outro ser. Em ti, Senhor, não há mancha alguma; na tua Mãe nada de feio existe” (Éfrem da Síria, Garmina Nisibena 27,8.).

    “Que arquiteto, erguendo uma casa de moradia, consentiria que seu inimigo a possuísse inteiramente e habitasse?” (São Cirilo de Jerusalém, 208 DC).

    “Sob a vossa proteção procuramos refúgio, santa Mãe de Deus: não desprezeis as nossas súplicas, pois estamos sendo provados, mas livrai-nos de todo o perigo, ó Virgem gloriosa e bendita” (Oração encontrada nas terras do Egito datada de 211 DC).

    Fonte: Site Veritatis

    “Espero nunca ter ensinado nenhuma verdade que não tenha aprendido de Vós (Cristo). Se, por ignorância, fiz o contrário, revogo tudo e submeto todos meus escritos ao julgamento da Santa Igreja Romana.” Santo Tomás de Aquino

    ninaahviana@gmail.com

  4. @Sergio Peffi
    Gostaria de encorpar o que os colegas ja esclareceram:

    A Igreja Católica Apostólica Romana é uma seita?

    Por incrível que pareça, enquanto a Igreja Católica Romana chama de “seita” todo o movimento cristão fora do seu arraial, esta por sua vez torna-se de fato, por causa de alguns dos seus ensinamentos fora do arraial bíblico, cristológico, soterológico e eclesiástico. Se não, vejamos: Toda seita adiciona algo a Palavra de Deus (a Bíblia), subtrai algo da pessoa de Jesus, multiplica por obras a obra da salvação e divide a fidelidade entre Deus e a organização. Baseado nessas quatro operações, a Igreja Católica possui forte identificação:

    Adicionam algo à Bíblia:
    A igreja Católica Romana tem a Tradição da igreja como Palavra de Deus também, semelhante a Bíblia: “A tradição deve ter-se na mesma consideração em que se tem a palavra de Deus contida na Sagrada Escritura”. (Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã, p.162, editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 887). “As verdades que Deus revelou acham-se na Sagrada Escritura e na tradição”. (idem, p.160, resposta à pergunta 870).

    Subtraem algo da pessoa de Jesus:
    A igreja Católica Romana diminui a suficiência de Cristo de interceder e de salvar quando apresenta um panteão de santos, sem falar nas supostas interferências de Maria nas petições ao filho Jesus Cristo. Veja estas declarações: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai…”.(Catecismo da Igreja Católica de 1993, edições Loyola, p.270 #956). “Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna (…) por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira”. (Idem, p.274 # 969:149,1370).

    Multiplicam por obra a obra da salvação:
    A igreja Católica Romana não crê que alguém possa afirmar que seja salvo. É pecado de presunção afirmar que alguém está ou é salvo sem mérito (Idem, p.551 # 2092). Toda responsabilidade da salvação é atribuída a um somatório: de pertencer a Igreja Católica Romana (Idem, p.243,244 # 846), observar os sete sacramentos (Idem, p.318 # 1129) e ainda, se preciso for, passar pelo purgatório (Idem, p.290 # 1030).

    Dividem a fidelidade entre Deus e a organização:
    A igreja Católica Romana se apresenta como o único caminho para a salvação e como a porta para a vida eterna ao afirmar: “FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO” (Idem, p.243 # 846).

    CONCLUSÃO

    Todo cristão autêntico sabe que só a Bíblia é a Palavra de Deus (Pv.30.5,6). E que ela é viva e eficaz (Hb.4.12). Se a igreja Católica Romana afirma que a Tradição é a Palavra oral de Deus transmitida e preservada sem alterações por gerações até aos nossos dias (Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã, p.162, resposta à pergunta 885, editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976) deveria haver uma concordância com a Palavra escrita de Deus, o que não acontece. Por exemplo: a tradição afirma que o papa é o vigário [substituto] de Cristo (Catecismo da Igreja Católica de 1993, edições Loyola, p.253 # 882), enquanto a Bíblia afirma ser o Espírito Santo (Jo.14.16,17); a tradição afirma que o batismo é necessário para a salvação (Idem, p.349 # 1257) e não reconhece outro meio senão o batismo para garantir a salvação (Idem, p.350 # 1257), enquanto a Bíblia afirma que a salvação ocorre pela graça divina por meio da fé (Ef.2.8,9; At.16.31).

    Todo cristão autêntico sabe que a aliança de Cristo é suficiente (Hb.7.22-25). Sua obra dispensa os santos intercessores do catolicismo (1Tm.2.5). Quanto à intercessão de Maria, ele sabe que Jesus finalizou na cruz as prerrogativas de “mãe” (Jo.19.26,27). Maria não intercedia nem no ministério terrestre de Cristo. Por exemplo: Por ocasião de um casamento, Maria o pediu para resolver o problema da falta de vinho, o que Jesus respondeu? “…Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”.(Jo.2.4); Maria foi procurá-lo no templo, pois havia se desencontrado dele, o que Jesus disse? “…Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”.(Lc.2.49). Em parte alguma da Bíblia vemos Maria usando das prerrogativas de “mãe” para interceder no seu ministério terreno, quanto mais no celestial!

    Todo cristão autêntico sabe que a salvação é uma dádiva divina voltada para o presente e não para o futuro (Jo.5.24; 2Co.6.2; 1Jo.5.13), e sabe que a condição para a recebermos é só duas: fé e arrependimento (Mc.1.15).

    Todo cristão autêntico sabe que só Jesus Cristo é o caminho para salvação (Jo.14.6; At.4.12), e sabe que a igreja de Cristo está acima de uma mera denominação. A sua missão (Mt.28.19,20), o seu papel (Mt.5.13), sua perseverança (Jo.8.31) e a sua identidade (Jo.13.35), estão acima de uma denominação. De nada vai adiantar, ser uma denominação intitulada de “cristã” se não cumprir estas coisas.

    Sola Scriptura! Sola gratia! Sola fide! Solus christus! Soli deo gloria.

    Fonte : http://anti-heresias.blogspot.com.br/2009/09/igreja-catolica-apostolica-romana-e-uma.html

    Agora eu te pergunto, tu és Católico Autentico ?!?! Ao meu ver não … Então porque motivo agrides os teus e a JESUS CRISTO ?!? O que ele te fez para chamar a pedra angular de seita ?!?!

  5. @Teodoro Alves

    Gostaria de encorpar o que os colegas ja esclareceram:

    A Igreja Católica Apostólica Romana é uma seita?

    Por incrível que pareça, enquanto a Igreja Católica Romana chama de “seita” todo o movimento cristão fora do seu arraial, esta por sua vez torna-se de fato, por causa de alguns dos seus ensinamentos fora do arraial bíblico, cristológico, soterológico e eclesiástico. Se não, vejamos: Toda seita adiciona algo a Palavra de Deus (a Bíblia), subtrai algo da pessoa de Jesus, multiplica por obras a obra da salvação e divide a fidelidade entre Deus e a organização. Baseado nessas quatro operações, a Igreja Católica possui forte identificação:

    Adicionam algo à Bíblia:
    A igreja Católica Romana tem a Tradição da igreja como Palavra de Deus também, semelhante a Bíblia: “A tradição deve ter-se na mesma consideração em que se tem a palavra de Deus contida na Sagrada Escritura”. (Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã, p.162, editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 887). “As verdades que Deus revelou acham-se na Sagrada Escritura e na tradição”. (idem, p.160, resposta à pergunta 870).

    Subtraem algo da pessoa de Jesus:
    A igreja Católica Romana diminui a suficiência de Cristo de interceder e de salvar quando apresenta um panteão de santos, sem falar nas supostas interferências de Maria nas petições ao filho Jesus Cristo. Veja estas declarações: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai…”.(Catecismo da Igreja Católica de 1993, edições Loyola, p.270 #956). “Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna (…) por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira”. (Idem, p.274 # 969:149,1370).

    Multiplicam por obra a obra da salvação:
    A igreja Católica Romana não crê que alguém possa afirmar que seja salvo. É pecado de presunção afirmar que alguém está ou é salvo sem mérito (Idem, p.551 # 2092). Toda responsabilidade da salvação é atribuída a um somatório: de pertencer a Igreja Católica Romana (Idem, p.243,244 # 846), observar os sete sacramentos (Idem, p.318 # 1129) e ainda, se preciso for, passar pelo purgatório (Idem, p.290 # 1030).

    Dividem a fidelidade entre Deus e a organização:
    A igreja Católica Romana se apresenta como o único caminho para a salvação e como a porta para a vida eterna ao afirmar: “FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO” (Idem, p.243 # 846).

    CONCLUSÃO

    Todo cristão autêntico sabe que só a Bíblia é a Palavra de Deus (Pv.30.5,6). E que ela é viva e eficaz (Hb.4.12). Se a igreja Católica Romana afirma que a Tradição é a Palavra oral de Deus transmitida e preservada sem alterações por gerações até aos nossos dias (Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã, p.162, resposta à pergunta 885, editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976) deveria haver uma concordância com a Palavra escrita de Deus, o que não acontece. Por exemplo: a tradição afirma que o papa é o vigário [substituto] de Cristo (Catecismo da Igreja Católica de 1993, edições Loyola, p.253 # 882), enquanto a Bíblia afirma ser o Espírito Santo (Jo.14.16,17); a tradição afirma que o batismo é necessário para a salvação (Idem, p.349 # 1257) e não reconhece outro meio senão o batismo para garantir a salvação (Idem, p.350 # 1257), enquanto a Bíblia afirma que a salvação ocorre pela graça divina por meio da fé (Ef.2.8,9; At.16.31).

    Todo cristão autêntico sabe que a aliança de Cristo é suficiente (Hb.7.22-25). Sua obra dispensa os santos intercessores do catolicismo (1Tm.2.5). Quanto à intercessão de Maria, ele sabe que Jesus finalizou na cruz as prerrogativas de “mãe” (Jo.19.26,27). Maria não intercedia nem no ministério terrestre de Cristo. Por exemplo: Por ocasião de um casamento, Maria o pediu para resolver o problema da falta de vinho, o que Jesus respondeu? “…Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”.(Jo.2.4); Maria foi procurá-lo no templo, pois havia se desencontrado dele, o que Jesus disse? “…Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”.(Lc.2.49). Em parte alguma da Bíblia vemos Maria usando das prerrogativas de “mãe” para interceder no seu ministério terreno, quanto mais no celestial!

    Todo cristão autêntico sabe que a salvação é uma dádiva divina voltada para o presente e não para o futuro (Jo.5.24; 2Co.6.2; 1Jo.5.13), e sabe que a condição para a recebermos é só duas: fé e arrependimento (Mc.1.15).

    Todo cristão autêntico sabe que só Jesus Cristo é o caminho para salvação (Jo.14.6; At.4.12), e sabe que a igreja de Cristo está acima de uma mera denominação. A sua missão (Mt.28.19,20), o seu papel (Mt.5.13), sua perseverança (Jo.8.31) e a sua identidade (Jo.13.35), estão acima de uma denominação. De nada vai adiantar, ser uma denominação intitulada de “cristã” se não cumprir estas coisas.

    Sola Scriptura! Sola gratia! Sola fide! Solus christus! Soli deo gloria.

    Fonte : http://anti-heresias.blogspot.com.br/2009/09/igreja-catolica-apostolica-romana-e-uma.html

    Agora eu te pergunto, tu és Católico Autentico ?!?! Ao meu ver não … Então porque motivo agrides os teus e a JESUS CRISTO ?!? O que ele te fez para chamar a pedra angular de seita ?!?!

  6. Tratar a Reforma Protestante como revolução, é puro desespero de causa e medo da verdade por parte da igreja (seita) católica. Percebe-se que o que ocorreu foi exatamente o contrário, pois revolução significa derramamento de sanguem ( e neste sentido a igreja católica é que deve ser julgada pois derramou muito sangue e queimou muitos martires em fogueioras s´[o porque não aceitavam o papado e os dógmas da igreja (seita) católica. A reforma o que fez foi justamente pregar a vida e não a morte que a igreja católica vinha praticando, pois com a reforma o verdadeiro cristianismo que a igreja católica quiz matar mas não conseguiu porque a reforma antes de ser perpetrada por Lutero e Calvino, nasceu no coração de Deus com o objetivo de que o cristianismo que a igreja católica conseguiu com seus dogmas satanisados distanciar dos ensinos de Cristo, voltasse a sua origem, o cristianismo primitivo do tempo de Cristo,como as Escrituras Sagradas exatamente manda fazer. Infelismente a igreja católica parece que não mudou e nãoi quer mudar, prefere ser rebelde aos ensinos da Biblia Sagrada. Mas isso tudo é em vão porque contra Deus a Igreja católica nunca vencerá a luta contra os cristãos sinceros.

  7. Respondo ao articulista: o igualitarismo não morreu, assim como o comunismo. Eles apenas se transfiguraram: de “soldado” sem-entranhas, o comunista se metamorfoseou em universitário risonho e bom-moço.
    O igualitarismo fez o mesmo: de ideal radical do comunismo, se metamorfoseou em atraentes estilos de vida para o Ocidente… é o ideal do jeans, coca-cola, cortes de cabelo extravagantes, até a educação escolar obrigatória, às escolas unissex (ou como dizem, mistas)… Tudo isto está impregnado com o mesmo igualitarismo pregado pelo comunismo, mas revestido de outra roupagem mais apetecível ao homem ocidental moderno.

    P/ Claudia: sua leitura do artigo é superficial… aliás, basta olhar o contexto em que foi escrito para perceber que sua interpretação não é razoável: o texto está postado no site do IPCO, instituição que vem fazendo inúmeras campanhas contra o governo corrupto, mentiroso, abortista, pró-movimento homossexual… etc. Não há grupo na sociedade que mais lute contra a iniquidade do que este. Portanto, só se pode ler este artigo num sentido, que não é o que você sugeriu.

  8. Pelo que entendi nesta matéria, em suas entrelinhas, diz que um povo deve sofrer todo tipo de exploração e violência e nada fazer? Que desigualdade social e corrupção são coisas boas? Que um povo não pode contestar seus governos corruptos e mentirosos? Ora, ora que bela matéria. Vejamos o nosso país, onde poucos contestam o governo, e a maioria se aliena com o futebol e realitys shows, onde estamos com a corrupção e a exploração por parte dos mais poderosos.

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