Essa festa foi instituída pelo Papa Inocêncio XI para celebrar a libertação de Viena, que estava sendo sitiada pelos turcos havia dois meses, em setembro de 1683. Essa vitória impediu o avanço do Império Otomano na Europa.
O papa Inocêncio XI, diante do grande perigo, organizou uma coligação de reinos católicos, a Liga Santa dos Balcãs, chefiada por João Sobieski, rei da Polônia e Grão Duque da Lituânia, para fazer face aos inimigos do nome cristão.
Os muçulmanos de Kara Mustafá, contavam para essa batalha com mais de 300 mil soldados, e acabavam de incendiar e derramar o sangue de civis nos Estados do Mar Negro e dos Balcãs, bem como nas cidades de Buda e Pest, na Hungria.
Na manhã do dia 12, em que se daria a batalha decisiva, João Sobieski assistiu à Santa Missa, durante a qual permaneceu rezando com os braços em cruz. Ao sair da igreja, Sobieski ordenou o ataque. Foi tal o ímpeto dos soldados da Cruz, que a linha de batalha otomana foi quebrada e os turcos fugiram cheios de terror, abandonando tudo, inclusive o grande estandarte de Maomé, que o vitorioso rei católico enviou depois ao Soberano Pontífice como homenagem a Maria Santíssima. Às 5h30 da tarde, Sobieski entrou na tenda abandonada de Kara Mustafá, que também fugira, e a batalha terminou. Os vencidos deram então ao invicto general o apelido de “O Leão de Lechistan” (antigo nome da Polônia).
O grande general enviou imediatamente após a vitória um correio ao papa Inocêncio XI, comunicando a grande notícia. Não só o Sumo Pontífice, mas também outros dignitários estrangeiros louvaram Sobieski como o “Salvador de Viena e da civilização européia ocidental”.
Após ganhar a batalha de Viena, a Liga Santa levou a cabo a tomada da Hungria, na qual as cidades de Buda e de Pest foram reconquistadas em 1686.
Com essa rotunda e surpreenente vitória, o papa Inocêncio XI não teve nenhuma reserva para induzir os príncipes cristãos a que completassem a expulsão dos turcos do resto da Europa, contribuindo financeiramente para tal. Teve a satisfação de sobreviver à captura de Belgrado, em 6 de setembro de 1688. Constantinopla seria recuperada pela última vez em 1697.
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Conforme se praticava entre os judeus,oito dias depois do nascimento da Virgem, os pais lhe deram o nome de Maria.
A Igreja, que instituiu a festa do santo Nome de Jesus alguns dias depois do Natal, quis instituir também a festa do santo nome de Maria pouco depois de sua natividade. Essa festa era festejada primitivamente em Cuenca, na Espanha, e foi estendida à Igreja Universal depois da vitória de Sobieski em 1683 em Viena.
O nome de Maria, pronunciado pelo arcanjo Gabriel na Anunciação, é o nome mais caro, mais sublime, mais doce e mais amado depois do dulcíssimo Nome de Jesus. São Bernardo diz que esse nome, como o de Jesus, é “alegria para o coração, mel para a boca, melodia para o ouvido”
Maria, em hebreu, e em latim Domina, significa Senhora ou Soberana. E Ela o é, com efeito, pela autoridade mesma de seu Filho, o Senhor soberano do mundo. Gostamos de chamar a Maria “Nossa Senhora”, como chamamos “Nosso Senhor” a Jesus Cristo. Pronunciar seu nome é afirmar o seu poder, implorar o seu auxílio, e colocar-nos sob sua benfazeja proteção.
A coleta de sua Missa suplica: “Concedei-nos Senhor onipotente que, alegrando-nos com a proteção e o nome da Santíssima Virgem, mereçamos, por sua intercessão maternal, ser livres de todos os males da terra, e alcançar a glória eterna no Céu”.
A primeira profecia aplicada pela liturgia católica à Santíssima Virgem, aparece no livro do Gênesis (3, 15). Diz o Senhor: “Porei inimizades entre ti e a Mulher, entre tua descendência e a dela; Ela esmagará tua cabeça, e tu armarás insídias ao seu calcanhar”.
Entretanto, é mais comumente aplicada à Mãe de Deus as palavras proféticas do Apocalipse: “Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés, e tendo sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (12, 1).