A pele é de ovelha … (já naquele tempo)

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“Cena magnífica: rodeados por uma multidão de fiéis, quatro bispos da igreja russa dita ortodoxa se apresentam – por ocasião de uma cerimônia litúrgica – adornados pelo esplendor dos paramentos eclesiásticos do Oriente cristão. O quadro é próprio a incutir respeito, confiança e amor filial.

A serviço do comunismo soviético

Passemos das aparências para a realidade. Não olhemos para os paramentos: investiguemos quem são as pessoas.

Está aqui um grupo de hierarcas da igreja russa dominada pelo comunismo. A foto foi tirada por volta de 1942, na catedral Bagoyavlenia de Moscou. Da esquerda para a direita, são eles: o metropolita de Kiev, Nikolas, o metropolita de Moscou, Sergij, um bispo não identificado e o metropolita de Leningrado, Alexij.

Quando o comunismo se firmou na Rússia, o chefe eclesiástico da hierarquia cismática era o patriarca Tichon. Os bolchevistas exerceram sobre ele toda sorte de pressões, para que aderisse ao novo regime. Ele se recusou, e foi acompanhado pelos demais hierarcas de sua igreja. Daí se seguiu uma série de perseguições e de encarceramentos de bispos, inclusive o próprio Tichon. Enfermo e opresso, este veio a morrer em 1925.

Um dos hierarcas perseguidos era Sergij, metropolita de Nijni-Novgorod e substituto legal do patriarca. Também ele se arrastou pelos cárceres por alguns meses, e não gostou. Tão pouco gostou ele da perseguição que, ao contrário de seus colegas, entrou em negociações com o governo comunista.

Pretexto? Salvar a igreja russa de uma destruição total. Efeito concreto? Trocar a prisão por uma situação pessoal confortável e garantida.

Igreja Ortodoxa a serviço do comunismo

Em 1927, Sergij, como administrador do patriarcado, publicou um documento em que incitava os fiéis a aceitar de todo o coração o regime soviético. Não o deteve nesse passo infame a consideração de que nenhum regime atentatório da propriedade privada pode ser aprovado por cristãos.

Por fim, chegou a romper com os demais bispos que não apoiavam o comunismo.

Prato de lentilhas: o governo soviético, que já em 1927 o reconhecera oficialmente como administrador do patriarcado, consentiu que em 1943, durante a guerra, Sergij fosse eleito patriarca de Moscou e de toda a Rússia. A morte o colheu no ano seguinte, mas seu sucessor, o atual patriarca Alexij, adotou a mesma linha de conduta. Um e outro puderam constituir toda uma “hierarquia” de bispos comunistas. E hoje patriarca e bispos vivem todos em paz… com o regime materialista e espoliador implantado em Moscou.

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Efeitos vantajosos ao comunismo: confundir e desanimar nossos pobres irmãos separados, os hereges e cismáticos da Rússia; fazer crer no Exterior que os comunistas não perseguem as igrejas…comunistas; e por fim criar em muitas pessoas que têm fé e… amor à pele, a seguinte interrogação: não seria melhor para nós fazer idêntico negócio, em vez de estar lutando contra inimigo tão sanhudo e perigoso?

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Moral do caso: o comunismo considera hoje ultrapassado o período clássico em que seus propagandistas, hirsutos, febris e ameaçadores, se espalhavam uivantes por toda a terra. O lobo preferiu vestir pele de ovelha.

Mais do que nunca chegou a hora de ter em vista a advertência do Salvador: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestes de ovelha, mas por dentro são lobos roubadores. Conhecê-los-eis pelos seus frutos. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mat. 7, 15).”

https://www.pliniocorreadeoliveira.info/ACC_1965_176_A_pele_e_de_ovelha.htm

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A atitude do patriarca Kirill, justificando a invsão da Ucrânia pelas tropas de Putin mostram, mais uma vez, como a igreja ortodoxa está a serviço da tirania russa. Ontem, apoiando o comunismo; hoje, endossado o (ex?) agente da KGB, Putin.

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