Uma forma de santidade que não conhecemos

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São Pedro Julião Eymard (1811-1868), fundador da admirável obra da adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento e da Congregação dos Sacramentinos, escreveu:
“Toda virtude, todo pensamento que não se termina em uma paixão, que não acaba por tornar-se uma paixão, nada de grande produzirá jamais. (…).


“Nosso amor, para ser uma paixão, deve sofrer as leis das paixões humanas. Falo das paixões honestas, naturalmente boas; pois as paixões são indiferentes em si mesmas; nós as tornamos más quando as dirigimos para o mal, mas só de nós depende utilizá-las para o bem.
“Sem uma paixão, nada se alcança: a vida carece de objetivo; arrasta-se uma vida inútil.
“Pois bem, na ordem da salvação, é preciso ter também uma paixão que nos domine a vida e a faça produzir, para a glória de Deus, todos os frutos que o Senhor espera.
“Considerai os santos; seu amor os transporta, abrasa, faz sofrer; é um fogo que os consome, despende as suas forças e acaba por lhes causar a morte.
“Há pessoas que amam até à loucura os pais, os amigos, e não sabem amar o bom Deus! Mas o que se faz com a criatura, é o que se deve fazer com Deus: somente, ao bom Deus, é preciso amá-Lo sem medida, e cada vez mais. (…).
“Dizem: Mas é exagero tudo isso.
“Mas que é o amor, senão exagero? Exagerar é ultrapassar a lei; pois bem, o amor deve exagerar! Quem se limita ao que é absolutamente de seu dever, não ama. (São Pedro Julião Eymard, O Santíssimo Sacramento, Coleção “Os grandes Autores Espirituais”, nº 24, Edições Paulinas, São Paulo, 1956, pp. 27 a 32 / Pode imprimir-se: Mons. Caruso, Pró-Vigário geral, Rio, 8-7-1953). https://www.pliniocorreadeoliveira.info/MAN_930211_Replica_Zero_Hora.htm

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Essa é a linguagem dos Santos de que tanto necessitamos: “Pesa sobre mim a solicitude por todas as igrejas”, escrevia São Paulo (2 Cor 11, 28).

Como escreveu São Luiz Grignion em sua Oração Abrasada: “Liberos: verdadeiros servos da Santíssima Virgem que, como outros tantos Säo Domingos, väo por toda parte, com o facho lúcido e ardente do santo Evangelho na boca, e na mäo o santo Rosário, a ladrar como caës fiéis contra os lobos que só buscam estraçalhar o rebanho de Jesus Cristo; e que väo, ardendo como fogos, e iluminando como sóis as trevas deste mundo; e que, por meio de uma verdadeira devoçäo a Maria Santissima, isto é, interior sem hipocrisia, exterior sem crítica, prudente sem ignorância, terna sem indiferença, constante sem versatilidade, e santa, sem presunçäo, esmaguem, por todos os lugares em que estiverem, a cabeça da antiga serpente, a fim de que a maldiçäo que sobre ela lançastes seja inteiramente cumprida. Inimicitias ponam inter te et mulierem, et semen tuum et semen illius, ipsa conteret caput tuum”. (“Prece de S. Luís Maria Grignion de Montfort pedindo a Deus missionários para a sua Companhia de Maria”, São Luís Maria Grignion de Montfort. Editora Vozes Limitada. Petrópolis, RJ. 1971, pp. 301-313.)

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