O testemunho unânime de velhas listas dos bispos de Roma aponta São Lino como o sucessor imediato de São Pedro no governo da Igreja (67-76?).
É provável que ele seja o mesmo que aparece nomeado por São Paulo, quando escreve a Timóteo: “Saúdam-te Eubulo, Prudente, Lino e Cláudia e todos os irmãos” (2 Ti 4, 21).
O Liber Pontificalis nos diz que ele, em conformidade com São Paulo (1 Cor 11, 10) ordenou às mulheres que cobrissem com um véu a cabeça nas assembléias religiosas.
Segundo a tradição, São Lino ordenou 15 bispos e 18 sacerdotes. Era o costume primitivo, antes da organização das dioceses e paróquias que, dada à escassez de cristãos, os bispos presidissem diretamente à catequização e à celebração eucarística, servindo-se dos sacerdotes como simples auxiliares.
Foi durante o seu pontificado que se deu, no ano 70, a destruição de Jerusalém pelas tropas de Tito. Este general levou como troféu para Roma, o Livro da Lei e o candelabro de sete braços dos judeus.
Esse zeloso pontífice combatia tenazmente o paganismo, pelo que, por maquinação de seus sacerdotes, foi decapitado em Roma pelo ano 76.
Segundo ainda o Liber Pontificalis, foi sepultado junto ao túmulo de São Pedro, e seu nome incluído no cânon da Missa, logo depois do dos Apóstolos.