Nasceu no Castelo de Sales (Ducado de Saboia) no dia 21 de agosto de 1567 e faleceu em Lyon (França) no dia 28 de dezembro de 1622. Em memória dos 400 anos de sua morte, reproduzimos trecho de um artigo de Plinio Corrêa de Oliveira no “Legionário” de 23 de janeiro de 1938.
A condição social e a ciência são, separadamente, os dois obstáculos que os incrédulos julgam existir para a difusão da Igreja. E a Igreja responde-lhes com a vida de um São Francisco de Sales, que aliava à nobreza de sua família uma ciência invulgar, adquirida com brilhantismo nos melhores colégios de França.
São Francisco foi enviado pelo pai a Paris para estudar. Sua mãe, no entanto, que temia pela virtude do filho assim abandonado numa grande cidade, despediu-se dele recomendando-lhe insistentemente a frequência aos Sacramentos, afirmando preferir vê-lo morto a saber que um dia tivesse cometido um pecado mortal.
São Francisco progrediu rapidamente nos estudos, fazendo-se admirado pelos professores e colegas; não só pela sua inteligência, como pela virtude que conseguia manter no meio de tantos perigos, recebendo frequentemente os Sacramentos.
Terminados os estudos, São Francisco de Sales foi ordenado apesar da oposição do pai, e o Papa nomeou-o Bispo Auxiliar de Genebra, que era o centro da heresia calvinista. Desdobrou-se em atividades, procurando por todas as formas destruir a heresia. Trouxe de volta para o seio da Igreja Católica 72 mil calvinistas.
Quando a diocese passou para suas mãos, pela morte do Bispo de Genebra, visitou-a inteira a pé, exortando os fiéis à perseverança e procurando mostrar aos hereges os seus erros. Por 20 anos dirigiu-a, apesar das ciladas que armavam os calvinistas para retirar do seu caminho quem, apenas com a palavra, a mansidão e o exemplo, abria tantos claros em suas fileiras.
Aos 55 anos entregou a Deus sua alma, e 23 anos depois o Papa Alexandre VII inseriu o seu nome no catálogo dos santos. Em 1933 foi declarado Doutor da Igreja e Padroeiro da imprensa e dos jornalistas. Que São Francisco de Sales interceda junto a Nosso Senhor, conseguindo d’Ele a graça sem a qual nada poderá ser feito, e dando a todos os jornalistas católicos o espírito de sacrifício necessário para sua obra.
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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 864, dezembro/2022