O Carnaval não é um oásis, ou uma trégua; é um auge, um recrudescimento, crise delirante de um estado crônico. De fato, o Carnaval moderno não passa de uma torpe falsificação, de uma réles intrujice, de uma atroz mistificação. Sob pretexto de cultuar a alegria, o Carnaval trai a alegria. Em verdade, que é a alegria carnavalesca? Embriaguez de álcool, embriaguez de éter, embriaguez de ritmo, em suma, a completa desordem do sistema nervoso, alucinação de pessoas que desejam fugir de si mesmas, porque em si mesmas morrerão de tédio ou de náusea. Para uma humanidade falsificada, idiotizada, brutalizada, que detesta a sua alma e não quer contemplar a sua própria face, só mesmo uma alegria falsificada: o Carnaval é inumano. […]
Trecho do artigo: O Carnaval e a guerra – Legionário, 28 de fevereiro de 1943, N. 551, pag. 2
Leia o artigo completo em: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG_430228_carnaval_e_a_guerra.htm
Texto para meditar neste carnaval de 2023