As revelações de Fátima se diferenciam de outras de anos anteriores. Elas extraem derivações do tema moral e passam para o campo político. Nossa Senhora alerta que há uma crise moral prodigiosa, que no fundo é uma crise religiosa, mas que desemboca numa catástrofe política.
Ela profetizou [em 13 de julho de 1917] que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja.
Nesse prognóstico há um nítido conteúdo político. Foi uma revelação que se cumpriu e a Rússia é um flagelo para o mundo, como um criminoso que Deus solta para fustigar os bons. Isso faz cair por terra qualquer ilusão de coexistência pacífica com esse flagelo, porque flagelo é para punir.
Hoje se procura apresentar a Rússia como menos má, até como boazinha. Mas sabemos que o flagelo é o comunismo russo, e não apenas a teoria comunista.
Isso por razões naturais se poderia ver como evidente, mas os homens não viam e foi preciso Nossa Senhora falar, devido à extrema cegueira dos homens.
E para autenticar suas revelações de conteúdo político, Ela fez milagres estupendos, como o do sol que “bailou” várias vezes aos olhos de centenas de milhares de pessoas em várias regiões de Portugal.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 13 de maio de 1965. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 868, Maio/2023.