13 de junho, comemoramos a festa do grande doutor da Igreja, Santo Antonio de Pádua, tão popular em nosso Brasil.
Nossa devoção marial se volta, especialmente, para a Segunda Aparição de Nossa Senhora, na Cova da Iria, em 13 de junho de 1917.
Maria Santíssima, nessa aparição vai inculcar a devoção ao Imaculado Coração de Maria, a porta de salvação do mundo.
***
Os trechos em itálico são as transcrições da segunda aparição. Os comentários são do Prof. Plinio.
“Antes da segunda aparição, os videntes notaram novamente um clarão, a que chamavam relâmpago, mas que não era propriamente tal, e sim o reflexo de uma luz que se aproximava. Alguns dos espectadores, que em número de aproximadamente cinqüenta tinham acorrido ao local, notaram que a luz do sol se obscureceu durante os minutos que se seguiram ao início do colóquio. Outros disseram que o topo da azinheira, coberto de brotos, pareceu curvar-se como sob um peso, um momento antes de Lúcia falar. Durante o colóquio de Nossa Senhora com os videntes, alguns ouviram um sussurro como se fosse o zumbido de uma abelha.
LÚCIA: “Vossemecê que me quer?”
NOSSA SENHORA: “Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias, e que aprendais a ler. Depois direi o que quero”.
Lúcia pediu a cura de uma pessoa doente.
NOSSA SENHORA: “Se se converter, curar-se-á durante o ano”.
LÚCIA: “Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu”.
NOSSA SENHORA: “Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono“.
LÚCIA: “Fico cá sozinha?”
NOSSA SENHORA: “Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus“.
Devoção ao Imaculado Coração de Maria
Foi no momento que disse estas últimas palavras – conta a Irmã Lúcia – que abriu as mãos e nos comunicou pela segunda vez o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus”.
Quer dizer que essa impressão é um contato com Deus, “como que submergidos em Deus”.
“A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora estava um Coração cercado de espinhos que pareciam estar nele cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação“.
Esse trecho é, naturalmente, dos culminantes das aparições. Não comporta comentários, ele se comenta por si mesmo. Eu vou comentar deles apenas coisas pequenas que talvez escapem à atenção de um observador menos meticuloso.
A primeira coisa que chama atenção aí é o que Nossa Senhora diz da devoção ao Imaculado Coração dEla. Ela promete formalmente o Céu a quem praticar essa devoção, isso está dito aí formalmente.
Não sei… é interessante ler.
“Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono“.
É categórico. A quem abraçar a devoção ao Seu Imaculado Coração, Ela promete a salvação.
Essa promessa é feita à Lúcia, é feita à Jacinta, ao Francisco, mas é feita para a Humanidade inteira, é feita para nós, é feita para aqueles que ao longo dos anos tomassem conhecimento, aqueles milhões de pessoas que tomassem conhecimento dos livros do Dr. Borelli e daí para a frente, onde essa promessa está. Onde quer que essa promessa ecoe pela Terra, essa promessa está feita. Está feita, por exemplo, nesse momento mais uma vez a todos os senhores que estão lendo isso.
Que alegria e que júbilo se nós recebêssemos essa promessa sozinhos trancados num quarto. Ela ainda é mais solene feita aqui num auditório desses diante de um tão grande número de filhos de Nossa Senhora. [Aplausos]
Mas então corramos, vamos desde logo dizer que nós aceitamos. É Ela que promete. Se Ela pedisse de nós uma promessa… mas não é. Ela pede muito menos: “Se fizerem, eu darei. Se não fizerem não quer dizer que eu não vos quererei, mas quanto mais vos quererei se fizerdes uso, se fordes sequiosos em aproveitar esta promessa do Meu Imaculado Coração. Vinde!“
Agora, nós ficarmos sentados?…
Tanta gente toma uma atitude assim diante de promessas dessas. Promessa do Sagrado Coração de Jesus das nove sextas-feiras, promessa do escapulário do Carmo de ser tirado do fogo do Purgatório no primeiro sábado, promessas magníficas com que Nossa Senhora parece que se empenha em multiplicar os meios de nos atrair para o Céu.
Mas há uma coisa qualquer maldita no homem contemporâneo, pelo qual diante das promessas mais magníficas ele se interessa menos do que nas condições de uma apólice de um seguro de saúde.
– “Está prometido é? Ãhmm?!”
Agora, vejam que linda comparação de Nossa Senhora: as almas que fizerem isto Ela colocará, no Céu, junto ao trono de Deus, como uma senhora coloca as flores no altar junto ao próprio Santíssimo Sacramento.
É uma beleza imaginar a nossa alma colocada como uma flor junto a Deus no Céu!
Haverá uma coisa comparável a essa? Mas as pessoas ouvem falar disso e passam…
Não me levem a mal se sobre isso eu faço uma pequena insistência, conclui o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira
Nossa Senhora de Fátima, os Santos Francisco e Jacinta, o grande doutor Santo Antonio de Pádua roguem por nós, pela Santa Igreja, pela vocação providencial da Terra de Santa Cruz.