Como analisar o caos? Focalizando acontecimentos sob o prisma da Fé Católica
Fonte: Editorial da e Revista Catolicismo, Nº 877, Janeiro/2024*
Com insegurança e criminalidade generalizadas, guerras e guerrilhas pipocando um pouco por toda parte — ameaçando inclusive as nossas fronteiras, caso o ditador Maduro decida invadir a região de Essequibo —, a palavra PAZ nunca foi tão evocada nesse 2023 que acaba de expirar.
Sobretudo devido a duas terríveis guerras, que podem degenerar numa Terceira Guerra Mundial: a da Rússia contra a Ucrânia, que resiste heroicamente ao invasor russo, e a da Palestina, com a resposta de Israel aos brutais atentados perpetrados pelos terroristas do Hamas.
Entretanto, uma autêntica pacificação na Terra só será possível, se tivermos a coragem de lutar para manter a paz, e se os homens se converterem realmente a Deus. Foi o que afirmou o grande Papa São Pio X: “Querer paz sem Deus é absurdo. Onde não há Deus, não há justiça. Onde não há justiça, em vão nutre-se a esperança de paz”. Quanto desejaríamos que um Papa contemporâneo dissesse algo nesse sentido!
Enquanto essa conversão não se der, em vão os líderes pacifistas — que atuam por uma pacificação sem levar em conta a Religião verdadeira de Nosso Senhor Jesus Cristo — pregarão sua arenga infrutífera e sem fim, falando paz, paz, paz…
A posição de Catolicismo a tal respeito foi definida pelo nosso principal inspirador, Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, quando afirmou que “a ordem civil, com todos os seus frutos, não se pode manter onde a Igreja é odiada e perseguida. Assim, o problema da paz é, essencialmente e antes de tudo, um problema religioso. Por isto mesmo, não bastam para assegurá-la as providências humanas. Cumpre rezar e fazer penitência, para que a Providência nos conserve este bem precioso”.
Para solucionar os conflitos hodiernos, de nada adianta a intervenção meramente natural, com visão míope dos acontecimentos, de um líder de qualquer país. Do nosso, por exemplo, cuja pretensão megalomaníaca de se julgar estadista, intromete-se onde não é chamado e só pleiteia providências humanas, colhendo vergonhosos fracassos.
Os problemas não são simples, mas ciclópicos. O que os agrava sobremaneira é o fato de não haver na Igreja um grande líder, como um São Pio X, que os resolva definitivamente. Ademais, a própria Igreja passa por um misterioso processo autodestrutivo.
Para analisar os mais graves problemas transcorridos em 2023 e vislumbrar as perspectivas para 2024, oferecemos a nossos leitores o retrospecto do ano findo (publicado na revista Catolicismo deste mês), mas com os acontecimentos vistos sob a perspectiva da Fé católica.
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