Temas para reflexão: condição dos operários e a desigualdade social

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A esquerda faz, desde a Revolução Francesa, a campanha da igualdade, até diria a obsessão pela igualdade e ódio a toda hierarquia social. Quais os direitos fundamentais do ser humano, do operário, portanto? Como ver a desigualdade social?

"É necessário fazer a distinção entre duas coisas. Uma coisa é uma ordem social que dê aos operários, aos trabalhadores manuais tudo quanto o homem, segundo suas necessidades físicas e segundo sua dignidade espiritual, tem o direito de ter para si, para a sua família, inclusive, a estabilidade. Eu não quero dizer aqui a estabilidade de emprego, mas a estabilidade de vida."

Temos aqui uma primeira distinção: a esquerda não fala da dignidade espiritual. Ora, o homem foi criado por Deus com corpo e alma. Não basta, portanto, o pão material. Nós precisamos do Pão da Vida, das verdades eternas que essa esquerda católica se nega de dar aos operários.

Continua o Prof. Plinio: “Eu acho que qualquer regime católico deve exigir isto para os operários, para os trabalhadores manuais. Quer dizer, portanto, condições de vida tão seguras, tão normais quanto é desejável, que tenham, dada a natureza humana, dada as condições etc.”

Igualdade essencial, variedade acidental

"Agora, daí a ter a igualdade (em todos os pontos), vai uma diferença muito grande. Deus criou todos os homens fundamentalmente iguais por sua natureza, mas acidentalmente desiguais pelas suas circunstâncias, pelos seus acidentes. E a isso deve corresponder na ordem Civil uma fundamental igualdade e uma acidental desigualdade."

Vejamos alguns pontos da igualdade essencial, aquela que nos vem da natureza dada por Deus.

“As leis segundo as quais, por exemplo, se pune a morte, se pune o roubo, se pune toda sorte de crimes etc. etc. etc., devem ser as mesmas para todos os cidadãos.”

Agora vem a desigualdade que provém dos acidentes: inteligência, habilidades, talento, cultura: “mas é normal que alguns tenham mais do que os outros. Isto não é injusto, isto é justo porque desde que Deus deu a uns mais inteligência do que a outros, ou mais capacidade de trabalho do que a outros, ou alguns se tornem mais virtuosos do que outros por seu aproveitamento de seus próprios recursos (por exemplo) é normal que eles ganhem mais. Se eles não ganham mais é uma injustiça que se faz à desigualdade que existe lá.”

Pergunta final

A esquerda proporcional bem-estar ao operário em algum dos paises socialistas ou comunistas? Um operário chinês tem os privilégios da cúpula do PC chinês? Até, pode-se perguntar, se o operário não for filiado ao PC quais ajudas ele perde?

Cuba, Nicarágua, a Nomenklatura na URSS são exemplos frisantes.

Somente a Doutrina Social Católica ampara, de fato, todas as classes sociais. Ela prega esse direito fundamental de todos à igualdade fundamental (criatura de Deus) e as desigualdades acidentais que nos vêm das qualidades, das habilidades, dos talentos … todos eles, vamos recordar, foram dados por Deus. O bom ou mau uso dos talentos fica a cargo do homem.

São José, patrono da Santa Igreja, e protetor de todos os artífices, rogai por nós, rogai por uma ordem social na qual os direitos fundamentais são iguais para todos, e a variedade (desigualdade) proveniente dos acidentes seja amada, respeitada e até impulsionada. A beleza está na variedade dentro da dignidade.

Fonte: Extraído de comentarios feitos pelo Prof. Plinio para sócios e cooperadores da TFP em 1968.

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