Diálogo entre São Francisco de Assis e o Sultão al-Malik al-Kamil
em 1219, perto de Damieta, Egito.
“O sultão lhe apresentou uma questão:
− “Vosso Senhor ensina no Evangelho que vós não deveis retribuir mal com mal, e não deveis recusar o manto que quem vos quer tirar a túnica, etc. Então, vós, cristãos não deveríeis invadir as nossas terras, etc.”.
“Respondeu o bem-aventurado Francisco:
− “Me parece que vós não tendes lido todo o Evangelho. Em outra parte, de fato, está dito: Se teu olho te escandaliza, arranca-o e joga-o longe de ti (Mt. 5,25).
“Com isto quis nos ensinar que também no caso de um homem que fosse nosso amigo ou parente, que nos amássemos como a pupila do olho, nós devemos estar dispostos a separa-lo, e afastá-lo de nós, até arrancá-lo de nós, se tenta nos afastar da fé e do amor de nosso Deus.
“Exatamente por isto o cristãos agem de acordo com a Justiça quando invadem vossas terras e vos combatem, porque vós blasfemais contra o Nome de Cristo e vos empenhais em afastar de Sua religião todos os homens que podeis.
“Se, pelo contrário, vós quiserdes conhecer, confessar e adorar o Criador e Redentor do mundo eles vos amariam como a si próprios”.
“Todos os presentes ficaram tomados de admiração pela resposta dele”.
(Fonte: “Fonti Francescane”, Seção terceira – Outros testemunhos franciscanos, número 2691).
Não parece ser um diálogo de tolerância para com a religião alheia e sim de legitimação da violência dos cruzados.
JOSE EYMARD JACINTHO, e
JOSE RICARDO LIRIO,
J.Eymard e J. Ricardo. Releiam o Novo Testamento e procurem alguma atitude de benevolência e de harmonia entre Nosso Senhor Jesus Cristo e os fariseus e saduceus. Vocês não encontrarão nenhuma atitude pacifista de N.Senhor em relação a eles. É combate cerrado! Nenhuma comiseração! Por quê? Porque eles não queriam saber de se converter, não tinham a mínima vontade de praticar a virtude, de analisar os argumentos de Nosso Senhor com insenção de ânimo. Pelo contrário, estavam cheios de ódio, procurando uma ocasião em que pudessem acusá-lo por contradição ou por injustiça. Mas não achavam nenhuma brecha. A argumentação de Nosso Senhor não deixava margem a isso; era soberanamente, divinamente blindada! No entanto, não tinha nada desse pacifismo entreguista que se vê hoje, infelizmente, na Igreja… Entreguismo e pacifismo que são o fruto da “fumaça de satanás” e da “autodemolição” da Igreja (termos estes empregados por Paulo VI).
A resposta de São Francisco está em inteira consonância com o Evangelho, pois Nosso Senhor é manso com os mansos, isso é, aqueles que se conformam com a vontade divina; e severo com os que são severos com Deus (isso é, contra Deus).
Jihad era e é uma realidade… querem conquistar todo o mundo, por bem ou por mal, para as crenças deles, os radicais islâmicos.
Ante todos os comentários registrados até agora; diante do embate
por esses comentários produzidos e com a PAZ E SABEDORIA adquirida
nas cruzadas certamente FRANCISCO DE ASSIS diria a cada um o que segue:
P A Z E B E M.
SEMPRE LEMBRANDO QUE COMUNISMO E MISÉRIA ANDAM DE MÃOS DADAS , E MAIS
QUE AINDA HÁ AVE RARA QUE NÃO VOA,
Paz e Bem à todos do bem.
Gostaria de saber se existe a parte anterior e posterior deste diálogo.
A resposta a questão foi digna de um Santo
QUE DIALOGO BEM DESENTOADO. SEM CONEXÃO COM A GRAÇA SALVADORA DO SENHOR JESUS CRISTO.
JOSE RICARDO LIRIO,
Certamente é a imagem de São Francisco que você tem na cabeça é que é questionável. No mais, a resposta de São Francisco responde a seu comentário. Mas, ao contrário da atitude do Sultão e dos presentes, você não parece ter ficado “tomado de admiração” pela resposta do santo cruzado.
Tendo em Francisco de Assis referência excelente para o exercício do amor e da paz,que o notabilizou, parece-me questionável o diálogo registrado, até porque a pretendida fala franciscana fere sua índole essencialmente pacificadora quando estabelece no ideário de Jesus – com certeza guia e modelo seu e da humanidade – fundamento para, à força, desconsiderar os valores e a fé alheia quando Ele mesmo, Jesus, lecionou “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, ainda que o outro nos agrida. Por outro lado, entendemos que a lição imperativa “… arranca-o (o olho) e lança-o fora de ti…” refere-se fundamentalmente às nossas mazelas morais que ainda nos dominam, impedindo-nos de vivenciar o Evangelho na experiência comum, como convém. Compreender e persuadir, nunca invadir, mas, sempre amar.