Já ouviu em algum lugar o seguinte pensamento, ou um semelhante? “Em uma religião que vive, nada existe que não seja variável e que não deva variar”.
Em consequência, “o dogma, a Igreja, o culto, os livros que veneramos como santos e até a mesma fé, se não queremos que tudo isto se encontre entre as coisas mortas, têm que se submeter às leis da evolução”.
Trata-se de uma frase errada, repreendida e condenada como modernista (D2094), pela encíclica Pascendi de São Pio X (1907). Ele não só condena a sentença transcrita acima, como também descreve algo que talvez já tenhamos visto: um fingimento interessado. Eis o que diz São Pio X:
Esses modernistas continuam no caminho empreendido; o continuam mesmo depois de repreendidos e condenados, cobrindo uma audácia incrível com o véu de uma submissão fingida”. Isto porque, ‘’necessitam permanecer dentro do recinto da Igreja para mudar insensivelmente a consciência coletiva” (D2095).
Ou seja, tais pessoas fingem-se de católicas para melhor influir internamente na Igreja.
Comenta Plinio Corrêa de Oliveira as palavras do início deste artigo: “Em uma Encíclica famosa, Pio X condenou violentamente este mal, e fez ver a todos os fiéis que, se as mãos de um Papa e de um Santo sabem ser maternais para cicatrizar as feridas dos que sofrem, sabem ser pesadas como montanhas, para esmagar erros e matar heresias.
“A Enciclica Pascendi Dominici Gregis, contra o Modernismo, é dos documentos mais edificantes de Pio X. Suas páginas ardem e vibram de santa indignação. Tomado de um zelo sobrenatural pela Casa de Deus, o Santo Padre denuncia com palavras de fogo o veneno que escorria sub-reptício ‘dentro das próprias veias da Cristandade’, e com uma precisão admirável ai, ponto por ponto, denunciando os subterfúgios, esmagando as alegações falsas, e deixando a nu toda a vileza dessa corrente que era, segundo suas expressões, a “súmula de todas as heresias”.[1]
[1] Legionário, 14-3-1914. “Esperada para breve a beatificação de Pio X”
COMPARANDO-SE O INCIPIENTE MODERNISMO ÀQUELA ÉPOCA, HOJE VIVEMOS EM PLENA “DITADURA DO RELATIVISMO” DO “POLITICAMENTE CORRETO”!
A Pascendi Dominici Gregis é uma encíclica papal do Papa S Pio X em que faz alusão aos múltiplos modernismos que infestavam o mundo àquela época, ainda em muito menor intensidade na sociedade e até mesmo na Igreja; seriam infiltrados arquiinimigos como os maçons e protestantes e os comunistas que aos poucos chegavam como coadjuvantes na implantação do modernismo, o qual é uma síntese de todas as heresias contemporâneas.
O Documento condena a evolução do modernismo católico aliado a elas, abarcando o marxismo, o evolucionismo, relativismo, cientificismo etc.
O papa S Pio X formulou o “juramento anti-modernista”, obrigatório para todos os padres, bispos e catequistas, mas o mitigaram ou excluíram em certas partes no Vaticano II ; daí, os católicos tradicionais acusarem que o outrora combatido modernismo tornou-se na doutrina subjacente da nova Igreja. Um dos mais influentes filósofos modernistas Teillard de Chardin agiu ao sutil estilo da esquerdista Teologia da Libertação querendo transformar a doutrina católica em sociologia de cunho marxista.
Os católicos tradicionais intuiam que tal documento e anteriormente doutros papas direcionavam para a infiltração de inimigos da Tradição no seio da Igreja, e muitos deles consideram o Papa Paulo VI um modernista – quando deu por fé de certos erros do Vaticano II era tarde – e a redação de alguns textos foram sorrateiramente elaborados como se ele os aprovasse, depois corrigiu alguns, mas outros estavam já promulgados.
O papa Paulo VI fora traído por infiltrados na Igreja da sua alta hierarquia; o caso Bugnini e Benelli e similares outros levariam a essa conclusão.
Eles erraram o caminho, não é aqui que devem estar não consigo entender para que saíram do inferno.
Essas correntes malignas como os “progressistas, modernistas e marxistas” infiltrados na Santa Igreja, utilizam-se de mentiras que seduzem os mais desavisados. Por exemplo, quando eles dizem que a Igreja tem que adaptar-se aos tempos modernos para atrair pessoas para dentro da Igreja, trata-se de uma grande mentira para “mundanizar a esposa de Cristo”. Se formos observar as Igrejas protestantes que estão, por exemplo, celebrando “casamentos gays” veremos que quanto mais progressista a Igreja for, menos fiéis ela terá (vide Igreja Anglicana). O fato é que, via de regra, o que motiva as pessoas de boa-fé a procurarem a Igreja é o desejo de encontrar-se com a verdade que provem da palavra de Deus, ou seja, a pessoa procura exatamente o contrário do que está no mundo. Quem quer as mentiras do mundo NÃO procura a Igreja, procura o mundo; salvo quando deliberadamente infiltram-se para destruí-la de dentro pra fora. Lembrem-se: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” (Hebreus 13:8)
A “Pascendi” é um verdadeiro monumento filosófico e teológico contra o veneno modernista. Quem já leu sabe.