Pe. David Francisquini*
Instado por amigos a expor o que penso sobre o Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) do governo Lula, sinto-me no dever de brasileiro — acrescido da responsabilidade sacerdotal de que sou revestido — de confrontá-lo sucintamente com os ensinamentos da Santa Igreja.
Não é necessário ser jurista para, logo à primeira vista, perceber nele um programa revolucionário, concebido por mentes alienadas e manipulado por hábeis mãos a fim de descristianizar o Brasil, subvertendo de maneira radical nossas raízes cristãs por meio de leis que se contrapõem à Lei de Deus, codificada nos Dez Mandamentos.
Com efeito, o Programa se propõe a “desenvolver mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União” e recomenda “o respeito à laicidade pelos Poderes Judiciário e Legislativo, e Ministério Público, bem como dos órgãos estatais, estaduais, municipais e distritais”. Trata-se do ateísmo implantado em nome da laicidade, uma nova ditadura em ascensão.
O PNDH-3 golpeia a instituição da família, fundamento de qualquer ordem social sadia. Apregoa o pecado, com suas decorrentes desordens morais, como valores inalienáveis a que ninguém pode se opor. Pretende “reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstrução da heteronormatividade”. O que até há pouco era anormal passa a ser normal; o que era pecado não o será mais; o que era antinatural passará a ser natural; o que era desordem moral se tornará inteiramente legal.
Uma sociedade assim constituída levará as pessoas à negação de Deus, da Redenção infinita de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Igreja Católica. O que se depreende disso é o seguinte: quem vive em situação antinatural terá voz e vez! Quem defende a Lei de Deus e a integridade da natureza ficará amordaçado e será escorraçado. Na verdade, isso caracteriza um regime antinatural, despótico, tirânico, como o que outrora vigorou na União Soviética. Viveremos sob o tacão desse Programa, se ele for imposto ao Brasil?
Outra investida subversiva do PNDH-3 concerne às prostitutas (nele chamadas eufemisticamente de profissionais do sexo), cuja ultrajante “profissão” pretende regulamentar com todas as garantias de um trabalhador honesto. E ainda prevê elaborar em relação a elas programas educativos — como se isso fosse educação — para que o público aceite a nova situação como normal. Propaganda com dinheiro público, inclusive para as crianças, com a finalidade de se aceitar a prostituição masculina e feminina. Uma verdadeira máquina de meretrício para todas as idades fica assim liberada.
Trata-se, caro leitor, de legalizar o pecado e eliminar o conceito de família. Pretende-se introduzir uma concepção nova do ato natural entre o homem e a mulher, que só é aceitável dentro do matrimônio monogâmico e indissolúvel, com a finalidade de propagar a espécie e garantir o mútuo auxílio. Numa palavra, é uma desordem inadmissível colocar isso em forma de decreto. Qual será depois disso a situação dos Mandamentos, que ordenam que não se deve pecar contra a castidade e não cobiçar a mulher do próximo?
Outro ponto totalmente inadmissível é o apoio ao infanticídio monstruoso que se realiza através do aborto, a ser implementado tornando seu acesso livre e fácil a quem o desejar.
Não faltou no PNDH-3 um forte ataque ao direito de propriedade, ao propor “a construção de uma sociedade igualitária”, ou seja, a construção no Brasil de uma nova Cuba, ou de uma Venezuela como a do caudilho Chávez — regimes comunistas, como o da Rússia soviética, qualificado pelo atual pontífice como “a vergonha de nosso tempo”. Nossa Senhora profetizou em Fátima que esse erro da Rússia (comunista) se propagaria pelo mundo, constituindo o grande flagelo para punir os pecados da humanidade.
Diz Santo Agostinho que a paz é a tranqüilidade na ordem. Como poderá haver paz numa desordem tão grande como a que o PNDH-3 quer implantar na Terra de Santa Cruz? Pelo contrário, ele nos levará ao caos. O mesmo Santo Agostinho nos ensina que se todos observassem o Decálogo — governantes, reis, magistrados, súditos, empregados, patrões, filhos, pais, mestres e alunos, esposos, soldados, enfim toda a sociedade —, aí sim haveria verdadeira ordem e paz social.
Muitas vezes me pergunto se tantos cataclismos, terremotos, enchentes, epidemias a que temos assistido, não são frutos decorrentes dessa profunda revolta e inversão de valores contra a ordem natural criada por Deus.
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* Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira – RJ
INFANTICÍDIO É A MÃE MATAR O RECÉM NASCIDO, LOGO APÓS O PARTO; SE OUTRO MATA O NEO NATO, ENTÃO É HOMICÍDIO.
FONTE: CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.
ESSA ÉPOCA BABILÔNICA EM QUE VIVEMOS, NÃO INCLUI NEM TENTA AQUELES QUE SE ALBERGAM NO CORPO DE CRISTO E NAVEGAM NA BARCA DE PEDRO, PARA OS QUAIS O PNDH-3 NÃO SIGNIFICA NADA.
A Voz que Clama no dezerto! –
Malditos sejam os “indiferentes” os, “neutros” e “centristas”.
São eles que alimentam os maus!
tudo o que meia dz estão querendo impor como bem falado acima só está acontencendo pelo seguinte.. enquanto essa meia dz solta o verbo por várias frentes com grande virulencia, usando a mídia prostibula e recursos públicos o outro lado , os que são contra essas excrecencias e aberrações só ficam na base discurso politicamente correto… quando um resolve falar o que deve e dando nome aos bois é taxado de grosso, violento etc.. etc… pelos proprios ditos contrários a politica de governo do pt .. essa libertinização não passa de um projeto desse partido composto por toda sorte de lixo humano….libertinos metidos a liberais…corruptos em todos os sentidos, mas não podemos reclamar .. foi o povo que os colocou lá é o povo que deixam eles fazerem o que querem….o outro lado como situação tambem nunca foram lá essas coisas nada.. devagar foram deixando a coisa acontecer.. agora tudo que é tranqueira está virando direito adquirido… o caminho está meio que sem volta…. o negócio é engolir calado.. e ou se quiser que algo seja estancado , a única coisa que resolve é usar as mesmas armas…..
Reconhece-se na presente exposição a voz do pastor que avança contra o lobo rapaz. Enunciando claramente os objetivos iníquos do prentenso laicismo do Estado. É raro ouvir da boca de sacerdote uma defesa clara e firme pela propriedade privada.